sábado, fevereiro 14, 2015

O FARMACÊUTICO E A CRIANÇA


João era o dono duma farmácia bem sucedida. Era um homem bastante inteligente mas não acreditava na existência de Deus ou de qualquer outra coisa além do mundo material.
Um certo dia, estava ele a fechar a farmácia quando chegou uma criança aos prantos a dizer que a sua mãe estava muito mal e que se ela não tomasse o medicamento iria morrer.
Muito nervoso, e após a insistência da criança, resolveu reabrir a farmácia para lhe dar o medicamento. A sua insensibilidade perante aquele momento era tal que acabou por lhe dar medicamento mesmo no escuro. A criança agradeceu e saiu dali depressa. Alguns minutos depois João percebeu que tinha entregado o medicamento errado e que se aquela mãe o tomasse teria morte instantânea. Desesperado tentou alcançar a criança mas não teve êxito. Sem saber o que fazer e com a consciência pesada, ajoelhou-se e começou a chorar e a dizer que se realmente existisse um Deus que não o deixasse passar por assassino.
De repente, sentiu uma mão a tocar-lhe no ombro esquerdo e ao virar-se deparou com a criança a dizer: - Senhor, por favor não se zange comigo, mas é que cai e parti o vidro do medicamento...

Será que o senhor me poderia dar outro?

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