domingo, fevereiro 02, 2014

Motivação: O problema da “cenoura”

Na natureza humana, existe uma forte tendência de motivar através de recompensas, “fazes isto e eu dou-te aquilo”, acontecendo nos diversos contextos da vida social, organizacional e educacional. Contudo, os bonus financeiros e outras premiações não trazem necessariamente motivação e, podem até acarretar efeitos negativos.
A maioria dos esquemas motivacionais é baseada no enfoque da cenoura – um desempenho excepcional é recompensado. Esta é a base de todos os esquemas de bónus, financeiros e de outros incentivos. Parece razoável recompensar alguém, como agradecimento pelos serviços prestados, acima e além de suas obrigações. Há um forte argumento, contudo, no sentido de que as recompensas motivam só em circunstâncias limitadas, e podem até ser contraprodutivas.
Sito estes autores, McDermott e O’Connor (2000), que referem algumas razões pelas quais uma recompensa extra e mais bónus são ineficazes e podem ser desmotivadores: recompensas oferecidas não são o que as pessoas valorizam. A maior parte das recompensas não é financeira e, contrário ao conceito geral, o dinheiro não aparece na lista dos três valores que as pessoas mais prezam; As recompensas podem azedar as relações, e frequentemente não fazem nada pela colaboração e cooperação das equipes. Em particular, naquelas épocas em que as recompensas rareiam, e somente uma pessoa ou equipe pode ganhar, cria-se uma luta ao invés de cooperação; Por fim, as recompensas podem transformar as tarefas em meios para o fim. Se for prometida uma recompensa por uma tarefa, faz sentido terminá-la o mais rápido e urgente possível. A pessoa tenderá a evitar as partes mais difíceis da tarefa devido ao alto risco de falhas, desestimulando a criatividade.

Bem hajam e cuidado com as recompensas que oferecem, 

2 comentários:

Teresa Pereira disse...

Recompensas?! Muitas vezes não passam de presentes envenenados!

Maria disse...

Identifico-me com aquilo que li neste texto.
Fazer seja o que for para obter uma recompensa, não é o meu lema.

Grata.