segunda-feira, outubro 31, 2016

Terapia do Elogio



Caros, leitores, partilho hoje convosco esta forma de terapia, que todos podemos facilmente praticar e mudar o mundo a nossa volta. É muito simples e pode realmente fazer toda a diferença.
Terapeutas que trabalham com famílias, divulgaram numa recente pesquisa que os membros das famílias estão cada vez mais frios, mais distantes, o carinho é cada vez menos, não se valorizam as qualidades, facilmente se ouvem críticas.
As pessoas estão cada vez mais intolerantes e desgastam-se na valorização dos defeitos dos outros.
A ausência de elogio está cada vez mais presente nas famílias. Não vemos mais os homens a elogiar as suas mulheres ou vice-versa, não vemos os chefes a elogiar o trabalho de seus subordinados, não vemos mais pais e filhos  a elogiar-se; etc.
Só vemos futilidades:  valorizam-se artistas, cantores, jogadores, pessoas que usam a imagem para ganhar dinheiro e que, por consequência, são pessoas que tem a obrigação de cuidar do corpo, do rosto, das aparências.
A ausência de elogio afeta muito as pessoas e as famílias.
Há falta de diálogo nos lares. O orgulho e a agitação da vida impede que as pessoas digam o que sentem. Depois despejam-se essas carências muitas vezes nos consultórios.
Acabam-se casamentos, alguns procurando noutra pessoa o que não conseguem dentro de casa.
Fica pois, aqui o apelo, vamos começar a valorizar as nossas famílias, os nossos amigos, alunos ou subordinados. Vamos elogiar o bom profissional, a boa atitude, a ética, a beleza do parceiro ou parceira, o comportamento dos nossos filhos.
O bom profissional gosta de ser reconhecido, o bom filho fica feliz por ser louvado, o pai e a boa mãe sentem-se bem ao serem amados e amparados.
O amigo quer sentir-se querido.
Vivemos numa sociedade em que cada um precisa do outro; é impossível uma pessoa viver sozinha e sentir-se feliz. Os elogios são forte motivação na vida de cada um.
Quantas pessoas posso fazer hoje feliz elogiando-as de alguma forma?
Começa agora!

Bem hajam e bons elogios.

Miguel Ferreira

quarta-feira, outubro 19, 2016

A demissão da formiga desmotivada


Era uma vez, uma formiga que chegava todos os dias bem cedo ao escritório e trabalhava arduamente. A formiga era produtiva e feliz.


O gerente vespão estranhou a formiga trabalhar sem supervisão. Se ela era produtiva sem supervisão, seria ainda mais se fosse supervisionada. E colocou uma barata, que preparava belíssimos relatórios e tinha muita experiência, como supervisora.
A primeira preocupação da barata foi a de padronizar o horário de entrada e saída da formiga.
Logo, a barata precisou duma secretária para ajudar a preparar os relatórios e contratou também uma aranha para organizar os arquivos e controlar as ligações telefónicas.
O vespão ficou encantado com os relatórios da barata e pediu também gráficos com indicadores e análise das tendências que eram mostradas nas reuniões.
A barata, então, contratou uma mosca, e comprou um computador com impressora a cores.
Logo, a formiga produtiva e feliz, começou a lamentar-se de toda aquela movimentação de papéis e reuniões!
O vespão concluiu que era o momento de criar a função de gestor para a área onde a formiga produtiva e feliz, trabalhava. O cargo foi dado a uma cigarra, que mandou colocar carpete no seu escritório e comprar uma cadeira especial...
A nova gestora cigarra logo precisou dum computador e duma assistente a pulga (a sua assistente na empresa anterior) para ajudá-la a preparar um plano estratégico de melhorias e um controle do orçamento para a área onde trabalhava a formiga, que já não cantarolava mais e a cada dia se aborrecia mais.
A cigarra, então, convenceu o gerente vespão, que era preciso fazer uma análise de sector. Mas, o vespão, ao rever as finanças, deu-se conta de que a unidade na qual a formiga trabalhava já não rendia como antes e contratou a coruja, uma prestigiada consultora, muito famosa, para que fizesse um diagnóstico da situação.
A coruja permaneceu três meses nos escritórios e emitiu um volumoso relatório, com vários volumes que concluía: Há muita gente nesta empresa!
E adivinhem quem o vespão mandou demitir?
A formiga, claro, porque ela andava muito desmotivada e aborrecida.

Bem hajam, Miguel Ferreira