terça-feira, novembro 01, 2011

PEQUENA HISTÓRIA ÁRABE

Um homem morreu. 
Possuía 17 camelos e 3 filhos. Quando o seu testamento foi aberto, dizia que metade dos camelos seria do filho mais velho, um terço seria do segundo e um nono do terceiro. 
O que fazer? 
Eram dezassete camelos; metade seria dada ao mais velho. Então um dos animais deveria ser cortado ao meio? Isso não iria resolver, porque um terço deveria ser dado ao segundo filho e a nona parte ao terceiro. É claro que os filhos correram à procura do homem mais erudito da cidade: o estudioso, o matemático. 
Ele raciocinou muito e não conseguiu encontrar a solução - a matemática é matemática.
Alguém sugeriu: "É melhor procurarem alguém que conheça sobre camelos ao invés de matemática". 
Foram então ao Sheik da cidade, um homem bastante idoso, inculto, porém sábio pela sua experiência. 
 Apresentaram-lhe o problema. 
O velho riu-se e disse: "É muito simples, não se preocupem". 
Emprestou um dos seus camelos - eram agora 18 - e depois fez a divisão. Nove foram dados ao primeiro filho, que ficou satisfeito. Ao segundo coube a terça parte - seis camelos; e ao terceiro filho, foram dados dois camelos - a nona parte. 
Sobrou um camelo: o que foi emprestado. O velho então, pegou o seu camelo de volta e disse: "Agora podem ir". 
Esta história foi contada no livro "Palavras de fogo", de Rajneesh. Serve para ilustrar a diferença entre a sabedoria e a erudição. 
Ele conclui dizendo: "A sabedoria é prática, o que não acontece com a erudição. 
A cultura é abstrata, a sabedoria é terrena; a erudição são palavras e a sabedoria é experiência".


(gentilmente enviada por Maria Gonçalves)

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