O compositor austríaco
Wolfgang Amadeus Mozart como génio compositor da música clássica, foi alvo duma
teoria que nasceu na década de 1990 e que levou a acreditar que tocar peças do
músico para crianças melhoraria o desenvolvimento do seu cérebro, tornando-as
mais inteligentes.
Muitas vezes, os mitos são criados com
base em factos reais, contudo este em particular teve origem num estudo
publicado pela revista científica Nature em 1993. A pesquisa descreveu uma
experiência aplicada em estudantes duma universidade na Califórnia na realizaram
duma série de tarefas. Os voluntários que ouviram atentamente uma peça de
Mozart antes de fazer os testes saíram-se um pouco melhor do que os que ouviram
músicas para relaxamento ou não ouviram nada.
O efeito positivo da sonata de Mozart
sobre o desempenho dos estudantes desapareceu após cerca de 15 minutos.
Dois anos mais tarde,
os mass-média tinham transformado as observações do estudo numa teoria segundo
a qual tocar Mozart para crianças jovens melhorava a sua inteligência.
As editoras começaram a vender CDs do génio
austríaco a famílias com crianças. Em 1998, nos Estados Unidos, o Estado da
Geórgia distribuiu CDs de Mozart para mães com bebés recém-nascidos.
Muitos outros estudos, criaram teorias
de que as estruturas musicais das composições de Mozart exerciam uma influência
biológica sobre as conexões nervosas do cérebro e em estudos posteriores, a
verdade acabou por se mostrar bem mais prosaica, concluído os especialistas que
qualquer música estimulante tocada antes duma série de exercícios mentais ajuda-nos
a criar um estado de alerta e entusiasmado, e logo uma melhoria no desempenho.
O estado de alerta e concentração é uma
habilidade como qualquer uma e a frequência da música clássica ou new age, é
sem dúvida uma boa maneira de activa essa habilidade.
Bem hajam e boas audições.
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