Era uma vez um
escritor que morava numa praia tranquila, junto a uma aldeia de pescadores.
Todas as manhãs caminhava à beira do mar para se inspirar, e à tarde ficava em
casa a escrever.
Certo dia, ao
caminhar pela praia, viu um vulto que parecia dançar. Ao chegar mais perto,
reparou que se tratava de um jovem que recolhia estrelas-do-mar da areia para,
uma por uma, jogá-las novamente de volta ao oceano.
“Por que é que está
a fazer isso?”- perguntou o escritor.
“Você não vê!” – explicou o jovem – “A maré está baixa e o sol a brilhar. Irão
secar e morrer se ficarem aqui na areia”.
O escritor
espantou-se.
“Meu jovem, existem milhares de quilómetros de praias por este mundo afora, e
centenas de milhares de estrelas-do-mar espalhadas pela praia. Que diferença
faz? Deitas umas tantas de volta ao oceano, mas a maioria vai perecer de
qualquer forma”.
O jovem pegou em
mais uma estrela-do-mar e lançou-a de volta ao oceano e olhou para o escritor:
“Para esta aqui, eu fiz a diferença…”
Naquela noite o escritor
não conseguiu escrever, nem sequer dormir. Na manhã seguinte, voltou à praia,
procurou o jovem, e juntos, começaram a deitar estrelas-do-mar de volta ao
oceano.
Sejamos, portanto,
mais um dos que fazem a diferença, que querem fazer do mundo, um lugar melhor.
A todos vós, um bem hajam.
Miguel Ferreira
1 comentário:
Acredito que é possível.
É o que mais quero.
Abraço
Enviar um comentário