Era uma vez um caçador que contratou um feiticeiro para ajudá-lo a conseguir alguma coisa que pudesse facilitar o seu trabalho nas caçadas. Depois de alguns dias, o feiticeiro entregou-lhe uma flauta mágica que, ao ser tocada, enfeitiçava os animais, fazendo-os dançar.
Entusiasmado com o instrumento, o caçador organizou uma caravana com
destino à África, convidando dois outros amigos. Logo no primeiro dia de
caçada, o grupo deparou-se com um tigre feroz. De imediato, o caçador pôs-se a
tocar a flauta e, milagrosamente, o tigre começou a dançar. Foi fuzilado à
queima-roupa.
Horas depois, um sobressalto. A caravana foi atacada por um leopardo
que saltava duma árvore. Ao som da flauta, contudo, o animal transformou-se: de
agressivo, ficou manso e dançou. Os caçadores não hesitaram: mataram-no com
vários tiros.
E foi assim até o final do dia, quando o grupo encontrou um leão
faminto. A flauta soou, mas o leão não dançou, mas atacou um dos amigos do
caçador flautista, devorando-o. Logo depois, devorou o segundo. O tocador de
flauta, desesperadamente, fazia soar as notas musicais, mas sem resultado. O
leão não dançava. E enquanto tocava e tocava, o caçador foi devorado. Dois
macacos, em cima duma árvore próxima, a tudo assistiam. Um deles observou com
sabedoria:
- Eu sabia que eles se iam dar mal quando encontrassem um animal
surdo...
Não confie cegamente nos métodos que deram sempre certo, pois um dia
podem não dar. Tenha sempre planos de contingência, prepare alternativas para
as situações imprevistas, analise as possibilidades de erro. Esteja atento às
mudanças e não espere as dificuldades para agir.
Cuidado com o “leão surdo”.
Bem hajam!
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