Numa altura em que a democracia demonstrou a força do povo grego (embora fica-se comprovado na não-democracia em que vivemos na Europa), será bom refletir da tremenda desumanização que a máquina materialista vai impondo a esta massacrada humanidade. É altura de despertar e lutar pela liberdade do povo, que está farto de estar preso a sistemas obsoletos que pouco ou nada lutam pelos direitos humanos.
Deixo-vos aqui um texto do famoso Charlie Chaplin que embora do século passado, me parece muitíssimo atual:
“Todos nós desejamos ajudar uns aos outros. Os seres humanos são assim. Desejamos viver para a felicidade do próximo - não para o seu infortúnio. Porque havemos de odiar e desprezar uns aos outros? Neste mundo há espaço para todos. A Terra, que é boa e rica, pode prover a todas as nossas necessidades.
O caminho da vida pode ser o da liberdade e da beleza, porém extraviamo-nos. A cobiça envenenou a alma dos homens, levantou no mundo as muralhas do ódio e tem-nos feito marchar a passo de ganso para a miséria e os morticínios. Criamos a época da velocidade, mas sentimo-nos enclausurados dentro dela. A máquina, que produz abundância, tem-nos deixado na penúria. Os nossos conhecimentos fizeram-nos céticos; a nossa inteligência tornou-nos empedernidos e cruéis. Pensamos em demasia e sentimos muito pouco. Mais do que de máquinas, precisamos de humanidade. Mais do que inteligência, precisamos de afeição e doçura. Sem estas virtudes, a vida será de violência e tudo será perdido.
A aviação e o rádio (média) aproximou-nos. A própria natureza dessas coisas é um apelo eloquente à bondade do homem, um apelo à fraternidade universal, a união de todos nós. Neste mesmo instante a minha voz chega a milhares de pessoas pelo mundo afora. Milhões de desesperados: homens, mulheres, criancinhas, vítimas de um sistema que tortura seres humanos e encarcera inocentes. Aos que me podem ouvir eu digo: não desespereis! A desgraça que tem caído sobre nós não é mais do que o produto da cobiça em agonia, da amargura de homens que temem o avanço do progresso humano. Os homens que odeiam desaparecerão, os ditadores sucumbem e o poder que do povo arrebataram há-de retornar ao povo. Sei que os homens morrem, mas a liberdade não perecerá jamais.”
Charles Chaplin
Basta de crueldade.
Bem hajam.
Miguel Ferreira
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