Este artigo é baseado numa das grande referências actuais da PNL: Robert Dilts.
1° Geração
A Primeira Geração da PNL desenvolveu-se nos anos 70 da mão de seus criadores, Bandler e Grinder, derivado do estudo e modelagem de terapeutas brilhantes e eficazes como Milton Erickon (hipnose), Gregory Bateson (Escola de Palo Alto), Virginia Satir (Terapia Sistêmica) e Fritz Perls (Gestalt). Centrava-se fundamentalmente no indivíduo e pressupunha uma relação terapêutica um a um. A maioria das técnicas desta primeira geração enfocavam na solução de problemas nos níveis de comportamentos e capacidades.
2° Geração
A Segunda Geração da PNL, nos anos 80, abrange temas mais à frente do campo terapêutico e orienta-se para objectivos e estratégias para consegui-los, enfatizando muito mais as relações com outros e com nós mesmos. A Modelagem e as suas ferramentas começam a ser utilizadas em áreas de negociações, liderança, motivação, vendas, saúde e educação.
As suas técnicas enfocavam-se em níveis mais elevados como crenças, valores e meta-programas. As suas ferramentas integram a linha do tempo, o jogo com distintas posições perceptivas e a integração de conflitos.
3° Geração
A Terceira Geração da PNL começou a desenvolver-se desde meados dos 90. As suas aplicações são mais sistémicas e centram-se em níveis mais altos de aprendizagem, interação e desenvolvimento. As suas técnicas enfocam-se em esclarecer os níveis mais profundos: a identidade, a visão, a missão e o espiritual. Pretende criar espaço para toda a pessoa, reconhecê-la na sua totalidade. Enfatiza a mudança do campo unificado do sistema e aplica-o ao desenvolvimento de organizações, culturas, equipes e indivíduos. Incorporam-se como princípios fundamentais a auto-organização e o alinhamento de planos e níveis. “Se não nos alinharmos duma visão além de nós mesmos as pessoas estancam-se no seu ego. Formamos parte de algo mais amplo que nós mesmos”. O é que alguém necessita para adquirir uma visão mais ampla, para se sentir completamente vivo? Despertar, despertar à experiência emergente de estar vivo.
Cada nível precisa de diferentes instrumentos para se expressar e cada geração honra às outras e complementam a anterior.
Pode-se afirmar que a actual PNL não só procura explorar como pensa a inteligência cognitiva mas também como vive o que vive da inteligência emocional (como aceita, dá espaço e apadrinha essas emoções), como somatiza a inteligência corporal ou somática (se flui, bloqueia, tensa…), que repercussões tem na inteligência do campo energético, no sistema onde atuamos e tratando sempre de encontrar a “direção” na nossa Sabedoria Essencial.
Não podemos mudar o que não conhecemos. É necessário ter consciência de como dirigimos estas inteligências para poder sobreviver da melhor maneira que soubermos e é hora de aprender a sonhar melhor. É possível. Tão somente terá que ficar em progressão. Geraram-se instrumentos para trabalhar cada uma destas inteligências visto que cada uma tem a sua forma particular de processar.
Uma colocação analítica não é sempre o melhor para encontrar a solução. Organiza muito os factores mas não reorganiza nossa realidade total. Se além disso pensamos em termos somáticos, considerando o que sente o corpo e também em termos energéticos, do campo de movimento e vibração que produz algo, podemos encontrar poderosas chaves de solução ao conectar com um Tudo integrado. Um pensamento “brilhante” do ponto de vista analítico que gera uma tensão profunda de cervicais não está integrado no sistema por mais “brilhante” que aparente ser. Pode ser que não esteja alinhado com o resto de nosso Ser.
Uma presença serena, brincalhona e plena no Aqui e Agora, uns olhos brilhantes nos que te podes mergulhar como num oceano, uma escuta activa que não julga e potência o melhor do que fala, um sorriso que acolhe e uma risada que se contagiou em várias ocasiões a toda a sala.
É este o fruto vivo do trabalho da PNL.
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