Um
professor de filosofia foi ter com um mestre zen, Nan-In, e fez-lhe perguntas
sobre Deus, o nirvana, meditação e muitas outras coisas. O Mestre ouviu-o
em silêncio e depois disse.
-
Pareces cansado. Escalaste esta alta montanha, vieste de um lugar longínquo.
Deixa-me
primeiro servir-te uma chávena de chá.
O
Mestre fez o chá. Fervilhando de perguntas, o professor esperou. Quando o
Mestre serviu o chá encheu a chávena do seu visitante e continuou a enche-la. A
chávena transbordou e o chá começou a cair do pires até que o seu visitante
gritou:
- Para. Não vês que o pires está cheio?
- Para. Não vês que o pires está cheio?
-
É exatamente assim que te encontras. A tua mente está tão cheia de perguntas
que mesmo que eu responda não tens nenhum espaço para a resposta. Sai, esvazia
a chávena e depois volta.
Encontramos tantas vezes pessoas na vida
que estão tão cheias delas próprias e de convicções fixas acerca de si e dos
assuntos da vida e que dificilmente conseguem encontrar espaço para aprender
novas coisas ou ter novas perspetivas.
Mesmo que queiramos mostrar outros pontos
de vista, quanto mais procuramos convence-las mais elas se justificam com as
suas ideias que vão defendendo certas formas de ser e estar que de alguma forma
as compensam ou equilibram.
De facto, necessitamos de acreditar sempre
em algo. Uns acreditam num Deus todo-poderoso, outros em diversos Deuses,
outros no Deus dinheiro, outros apenas na ciência e ainda outros que afirmam
que não acreditam em nada, nem em ninguém.
A falta de abertura é por norma sinónimo de
ignorância e esta é a porta para o fracasso em qualquer área da nossa vida, e é
claro que não sendo propositado, essa rigidez representa para muitos a
convicções defensivas, para que não se volte a sofrer, como passou no passado.
O facto de ter caído uma vez, não significa que tenha que estar sempre a cair.
Por isso, aprenda com a própria vida, pois ela mesmo está sempre a ensinarmos,
ainda que muitas vezes a lição não é clara e custe a aceitar. No entanto é
fundamental essa aprendizagem, pois de somos nós os principais responsáveis
pela forma como interpretamos e sentimos a vida, e nem sempre ela acontece da
forma como gostaríamos que acontecesse e por mais “voltas que o rio deia ele
sempre vai desaguar ao mar”.
Tenha pois um espirito aberto á vida e
pratique a gratidão. Só assim poderá estar verdadeiramente apto a tirar total
partido da vida, pois o melhor está sempre para vir.
1 comentário:
Magnífico , mesmo Magnifica Historia
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