Os metaprogramas surgiram no final da década de 70, como um segmento da PNL. Sugeridos por Richard Bandler, os metaprogramas eram padrões pelos quais as pessoas mantinham uma certa coerência nos seus processos mentais. Os metaprogramas guiam e direccionam as pessoas para uma certa linearidade de padrões e pensamentos, tornando-os típicos e característicos da nossa personalidade. As diferenças existentes nos metaprogramas podem variar de acordo com a cultura e com a socialização.
Os padrões de metaprogramas são fundamentais para o entendimento de como filtramos a realidade e como optamos por certas escolhas. As submodalidades também influenciam na percepção do mundo a nossa volta contribuindo para o nosso desenvolvimento cognitivo. Desta forma podemos sob uma mesma situação, obter diversos pontos de vista. Cada um vê à sua maneira e tira as suas conclusões individualmente. Considera-se em PNL, que cada pessoa tem o seu mapa de mundo, determinado pela história pessoal de cada um.
Os metaprogramas podem ajudar-nos a descobrir como foi construída a nossa estrutura cognitiva ao longo da nossa existência. A composição de cada mapa é determinada pela arquitectura física e genética de cada um, somando-se a sua história pessoal.
Os metaprogramas determinam o que há de diferente entre a experiência e o que absorvemos dela. O que fica armazenado e o que é omitido pelos nossos filtros mentais.
O nosso foco e a nossa atenção estão directamente ligados aos nossos interesses e demandas do nosso inconsciente. Os filtros agem de acordo com a nossa proposta de vida. O que queremos aprender, ou o que nos será útil no futuro ou ainda o que nós já temos que, comparado ao novo fica melhor. Todos estes questionamentos são feitos rapidamente, uma vez que os filtros de percepção actuam como uma peneira, eliminando o que para nós não é útil. É claro que não só assimilamos coisas boas, mas maus pensamentos, nocivos a nossa saúde, que acabam por passar despercebidos, podendo posteriormente causar transtornos.
É importante saber lidar com isto quando acontece.
Numa mesma situação podemos aplicar diversos metaprogramas e os mesmos metaprogramas nas mais diferentes situações. O nosso leque de opções abre-se quando nos deparamos perante uma experiência. Podemos, por questão de padrão escovar os dentes para nos livrarmos das cáries ou para tê-los mais saudáveis e branquinhos. Neste exemplo o Metaprograma utilizado foi o de “fugir de coisas negativas” ou ir em “busca de coisas positivas”. Se escovamos os dentes para nos livrarmos das cáries, estamos a fugir do negativo, porém ao escovarmos os dentes para termos uma boa saúde estamos a ir na busca do positivo.
Com a variação dos contextos os metaprogramas também variam. Nós não somos 100% este ou aquele padrão. No exemplo acima, se por acaso utilizássemos sempre o padrão de evitar coisas negativas, poderíamos criar uma neurose de sempre fugir das coisas e das responsabilidades, caso seja o oposto, podemos ter uma pessoa que sempre esteja a assumir os riscos por uma busca de prazer excessiva. A condição ideal é o balanceamento e a análise individual de cada situação.
As soluções dum problema podem ser também obtidas com a utilização de um conjunto de meta-programas. Quando se está, por exemplo, numa reunião com uma equipa de trabalho podemos ter uma divisão entre tarefas e pessoas, ou experiências de referências passadas com estimativas futuras, ou ainda, ir na direcção duma solução ou apenas se evitar uma crise. A integração destes elementos, certamente irão dar apoio a decisões acertadas. Desta maneira, gerir pessoas com diferentes culturas e objectivos torna-se mais fáceis quando conhecemos a forma de pensar do outro e o que o leva a tomar certas decisões.
Segundo a Programação Neurolinguística os padrões neurológicos consistem em percepções sensoriais, que são aprendidos e armazenados através dos nossos sistemas de representação (VACOG). Podemos dizer também que os metaprogramas fazem parte desta percepção quando analisados de forma consciente. A percepção é a forma pela qual organizamos a informação e a tornamos acessíveis sempre que precisamos dela. A realidade é incorporada através da nossa percepção.
As distinções existentes nos metaprogramas e a nossa estrutura cognitiva de pensamento para se obter o que desejamos podem ser entendidas também como um série de testes que definimos inconscientemente para o nosso alvo. Em PNL chamamos isso de Modelo T.O.T.S. traduzido do inglês T.O.T.E. (Test Operate – Test Exit), que significa que obedecemos a certos critérios para sabermos se estamos a atingir ou não a nossa meta. O teste consiste em parar e analisar se o que estamos a fazer está de acordo com o planeado. Caso estejamos seguimos em frente, ao contrário, paramos e reformulamos para depois seguir em adiante. Caso isso se repita muitas vezes, caímos em um “loop” e talvez seja necessário reformular a nossa meta desse ponto em diante.
Uma vez que conhecemos os nossos padrões de Metaprogramas podemos conscientemente fazer as modificações que desejamos. Muitas vezes precisamos de tomar uma decisão contrária a um padrão previamente estabelecido, porém ela pode ser útil para empresa ou pode melhorar o nosso relacionamento com a esposa e os filhos.
Veja, em baixo um quadro comparativo entre os estilos de pensamento:
Fonte: Enciclopédia da PNL
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