Iniciei a minha
caminhada na programação neurolinguística no ano de 2004, com aquele que
considerei ser o curso da minha vida, a saber: o pratitioner (nível 1 em PNL).
Recordo-me que passado um mês, após a realização do primeiro módulo (4 dias
seguidos), já conseguia aplicar grande parte da metodologia apreendida.
A PNL, como
modelo pragmático, dava não só a possibilidade de me conhecer a fundo, como
também de desenvolver no domínio da prática clínica resultados muito mais
rápidos e eficazes, enriquecendo as habilidade cognitivas do paciente que, por
sua vez, passaria a ter uma maior compreensão de si próprio, assim como dos
outros que o rodeavam.
Devo dizer que, simplesmente
pela expansão da percepção do problema do paciente, usando as três posições
perceptivas, a pessoa desenvolvia mais aceitação da realidade, nomeadamente,
dos obstáculos que não lhe possibilitavam ver, que por de trás destes, estava o
objetivo que realmente pretendiam alcançar, e que na maior parte dos casos nem
era consciente, pois era tal o foco no obstáculo, que todo o sistema nervoso se
focalizava nisso, ficando quase que totalmente associada àquilo que não queria.
Assim, com uma
maior compreensão de si mesmo, dos outros e da própria vida em si, a pessoa
passava a gerar mais aceitação e com isso aumentava consideravelmente o grau de
tolerância e flexibilidade, ao mesmo tempo que criava estados de satisfação e
serenidade. Paralelamente desenvolvia a comunicação assertiva (respeitando os
seus interesses e também os dos outros), a qual implicava quase sempre a
implementação de recursos fundamentais, tais como a segurança, a confiança e a tranquilidade.
Tradicionalmente,
a psiquiatria estipula o tratamento da depressão nervosa, em seis meses, com o
uso de psicofármacos, não garantindo eficácia. Ao longo da minha experiencia
profissional tenho encontrado muitíssimos casos, vítimas da visão limitadora acerca
desta desordem emocional, por muitos, chamada de “doença mental” e por outros,
apenas por desordem emocional. O facto é que, os estudos comprovam que a
intervenção integrada de múltiplas abordagens aumenta significativamente a
eficácia dos tratamentos.
Posto isto, devo dizer que foi neste panorama de
resignação que iniciei a minha carreira em clínica privada. Não obstante, não
desisti e a impotência (muitas vezes maior que as estratégias de ajuda
efectiva) deram lugar à PNL. Esta metodologia inovadora, cuja maior vantagem é a
sua rapidez, permite, em poucas sessões, aprender novas estratégias mentais e
assim resolver situações que antes levariam meses de terapia. Algo igualmente
inovador foi descobrir que a depressão não passava duma estratégia mental
disfuncional, inconsciente, ou seja, sem intenção da pessoa. Mas, mesmo sem
intenção, o facto é que era da responsabilidade do ser pensante e como tal,
passível de ser modificada, independentemente do grau de dependência de
psicofármacos, como é habitual nesse tipo de tratamento.
Desta feita, e após vários anos de experiências
gratificantes, constatei que, com os métodos e técnicas revolucionárias da
programação neurolinguística, a pessoa mais facilmente resolve os conflitos
interiores que geram medo, ansiedade, depressão e outras emoções limitantes. Mas,
não são só os estados negativos que podem ser alvo da PNL. O mesmo se passa com
os estados positivos que nos realizam e impulsionam - de forma fácil e
divertida - para a concretização dos nossos objetivos, despertando recursos do
subconsciente e, assim, melhorar significativamente os relacionamentos afetivos,
pessoais e profissionais, sobretudo, com aquela pessoa que está sempre connosco,
em concreto, nós mesmos. Para além disso, com a PNL aprendemos a relaxar e a resolver
situações stressantes em poucos segundos.
Para concluir esta partilha sobre uma das minhas
grandes paixões, não posso deixar de agradecer a todos aqueles que se
esforçaram na busca da síntese para a eficácia, utilizando a grande ferramenta
que nem sempre empregamos da melhor forma possível – a comunicação.
Bem hajam e sejam felizes.
Miguel Ferreira