sexta-feira, junho 24, 2011

Auto-conhecimento - 20 Regras de Guerdjef

Um pensador russo chamado Guerdjef, que no início do século passado já falava em auto-conhecimento e na importância de se saber viver, estabeleceu esta tese:

"Uma boa vida tem como base o sentido do que queremos para nós a cada momento e daquilo que, realmente vale como principal".
Assim sendo, traçou 20 regras de vida que foram colocadas em destaque no Instituto Francês de Ansiedade e Stress, em Paris.
Dizem os "experts" em comportamento que, quem já consegue assimilar 10, com certeza aprendeu a viver com qualidade interna. 

1) Faça pausas de dez minutos a cada duas horas de trabalho, no máximo. Repita essas pausas na vida diária e pense em si, analisando suas atitudes (medite activamente).
2) Aprenda a dizer não sem se sentir culpado ou achar que magoou. Querer agradar a todos é um enorme desgaste.
3) Planei o seu dia, e deixe sempre um bom espaço para o improviso, consciente de que nem tudo depende de si.
4) Concentre-se apenas numa tarefa de cada vez. Por mais ágeis que sejam os seus quadros mentais, você esgota-se.
5) Esqueça, de uma vez por todas, que é imprescindível. No trabalho, casa, no grupo habitual. Por mais que isto o desagrade, tudo anda sem a sua actuação, a não ser você mesmo.
6) Abra mão de ser o responsável pelo prazer de todos. Você não é a fonte dos desejos, o eterno mestre de cerimónias.
7) Peça ajuda sempre que necessário, tendo o bom senso de pedir às pessoas certas.
8) Diferencie problemas reais de problemas imaginários e elimine-os porque são pura perda de tempo e ocupam um espaço mental precioso para coisas mais importantes.
9) Desfrute do prazer de factos quotidianos como dormir, comer e tomar banho, sem também achar que é o máximo a conseguir-se na vida.
10) Evite envolver-se na ansiedade e tensão alheias enquanto há ansiedade e tensão. Espere um pouco e depois retome o diálogo, a acção.
11) Família não é você, está junto de si, compõe o seu mundo, mas não é a sua própria identidade.
12) Entenda que os princípios e convicções fechadas podem ser um grande peso, a trave do movimento e da procura.
13) É preciso ter sempre alguém em quem se possa confiar e falar abertamente ao menos num raio de cem quilómetros. Não adianta estar mais longe.
14) Saiba a hora certa de sair de cena, de retirar-se do palco, de deixar a roda. Nunca perca o sentido da importância subtil de uma saída discreta.
15) Não queira saber se falaram mal de si e nem se atormente com esse lixo mental; escute o que falaram bem, com reserva analítica, sem qualquer convencimento.
16) Competir no lazer, no trabalho, na vida a dois, é óptimo ... para quem quer ficar esgotado e perder o melhor.
17) A rigidez é boa na pedra, não no homem. A ele cabe firmeza, o que é muito diferente.
18) Uma hora de intenso prazer substitui com folga 3 horas de sono perdido. O prazer recompõe mais que o sono. Logo, não perca uma oportunidade de se divertir.
19) Não abandone suas as 3 grandes e inabaláveis amigas: a intuição, a inocência e a fé!
20) Entenda de uma vez por todas, definitiva e conclusivamente: Você é o que se fizer ser!

O futuro não nos pertence

O futuro só não nos pertence...
Quando deixamos de planeá-lo ou quando responsabilizamos os outros, por tudo que nos acontece. 

Comprar - Prazer Imediato

Sócrates, filósofo grego, também gostava de descansar a cabeça percorrendo o centro comercial de Atenas. Quando vendedores o assediavam, ele respondia:

- "Estou apenas observando quanta coisa existe de que não preciso para ser feliz !"

terça-feira, junho 21, 2011

Os sete hábitos das pessoas altamente eficazes - STEPHEN R. COVEY

Hábito é a intersecção entre o conhecimento, a capacidade e a vontade. O conhecimento é o que e o porquê fazer. A capacidade é o como fazer. E a vontade é a motivação, o desejo de fazer. Para se tornar algo um hábito, precisa-se reunir estes três elementos.
Os sete hábitos das pessoas muito eficazes tratam precisamente deste novo nível de pensamento, de uma abordagem “que vem de dentro para fora” e volta-se para a eficácia pessoal e interpessoal.

HÁBITO 1 – SER PROATIVO
Proatividade significa muito mais do que tomar a iniciativa. Implica na responsabilidade que as pessoas tem sobre as suas vidas. O comportamento resulta de decisões tomadas, e não das condições externas. Tem-se a capacidade de subordinar os sentimentos aos valores. Possui-se a iniciativa e responsabilidades suficientes para fazer com que as coisas aconteçam.
HÁBITO 2 – COMEÇAR COM O OBJETIVO EM MENTE
Começar com o objectivo em mente baseia-se no princípio de que todas as coisas são criadas em dois níveis. Há uma criação mental ou inicial, e uma criação física, ou segunda criação. Significa saber para onde se está a ir, de modo a compreender melhor onde está agora, e dar passos sempre na direcção correta. Pode-se viver  a correr, ser até muito eficiente, mas só será verdadeiramente eficaz, quando se tiver um objectivo em mente.
O autor sugere que a forma mais eficaz de se começar com o objectivo em mente é desenvolver uma declaração da missão pessoal. Ele concentra-se naquilo que a pessoa deseja ser (carácter) e fazer (contribuições e conquistas), e nos valores ou princípios nos quais o ser e o fazer estão fundados. A autoconsciência leva a examinar os próprios pensamentos. Isso é particularmente útil para a criação de uma declaração de missão pessoal.
HÁBITO 3 – PRIMEIRO O MAIS IMPORTANTE
O dois factores que definem uma actividade são: urgente e importante. A administração eficaz do dia-a-dia recomenda-nos a fazer primeiro o mais importante e não o mais urgente. Urgente significa que a actividade exige a nossa atenção imediata. As coisas urgentes impõem-se a nós. Pressionam-nos, insistem para que alguma providência seja tomada. A importância, por outro lado, tem a ver com os resultados. Se algo é importante, contribui para a missão, e metas prioritárias.
HÁBITO 4 – PENSE EM GANHA/GANHA
Ganha-ganha não é uma técnica, mas sim uma filosofia completa de interacção humana. É um estado de espírito que busca constantemente o benefício mútuo em todas as interacções humanas. Significa entender que os acordos e soluções são mutuamente benéficos, mutuamente satisfatórios. Com uma solução do tipo ganha-ganha todas as partes se sentem bem com a decisão, e comprometidas com o plano de acção. Ganha-ganha baseia-se no paradigma de que há bastante para todos, que o sucesso de uma pessoa não se conquista com o sacrifício ou exclusão da outra.
HÁBITO 5 – PROCURE COMPREENDER, DEPOIS SER COMPREENDIDO.
Quando se fala em atenção empática, a referência é à atenção com a finalidade de compreender. A atenção empática entra dentro do quadro de referências da outra pessoa. A essência da atenção empática não está em concordar com alguém, mas sim em compreender aquela pessoa profundamente, tanto no plano emocional quanto intelectual.
HÁBITO 6 – SINERGIZAR
O que é sinergia? Numa definição simples, significa que o todo é maior do que a soma das partes. A sinergia é a essência da liderança baseada em princípios, que catalisa, unifica e libera os poderes existentes dentro das pessoas.
Quando correctamente compreendida, a sinergia é a actividade mais dinâmica de toda a vida – o verdadeiro teste e a manifestação de todos os outros hábitos vistos em conjunto.
A sinergia funciona. É a eficácia numa realidade interdependente – é o trabalho em equipe, a criação conjunta, o desenvolvimento da unidade e da criatividade junto com outros seres humanos.
Pode-se valorizar as diferenças nas outras pessoas. Quando houver uma discordância, não precisa concordar, simplesmente reconhecer e procurar compreender.
Quando tiver só duas alternativas, a sua e a do outro, pode-se procurar uma terceira, a sinérgica. Quase sempre ela existe e, se for trabalhada uma filosofia vencer-vencer e realmente procurar compreender, consegue-se encontrar uma solução que será a melhor para todos.
HÁBITO 7 - AFINANDO O INSTRUMENTO
O hábito 7 significa parar para afinar o instrumento. Ele rodeia os outros hábitos do paradigma dos sete hábitos porque é o hábito que mantém todos os outros possíveis. O hábito 7 representa a capacidade de renovação pessoal. Preserva e melhora o bem mais precioso – você mesmo. Renova as quatro dimensões de sua natureza – física, espiritual, mental e social/emocional.


Descrição: http://www.dras.com.br/biblioteca/7habit1.gif
FÍSICA
Exercícios, Nutrição, Descanso
Cuidados com o corpo
Descrição: http://www.dras.com.br/biblioteca/7habit2.gif
MENTAL
Leitura, visualização positiva
Pensar, Planear, Ler e Escrever
SOCIAL EMOCIONAL
Ajuda, empatia
Sinergia, Segurança Interna
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ESPIRITUAL

Clareza de valores ,
Envolvimento, Estudo e Meditação.
Descrição: http://www.dras.com.br/biblioteca/7habit4.gif

CONCLUSÃO
Quanto mais pró-ativa a pessoa for (Hábito 1 – ser pró-ativo), mais eficaz será no exercício da sua liderança pessoal (Hábito 2 – começar com o objectivo em mente) e na administração da sua vida (Hábito 3 – primeiro o mais importante). Quanto mais eficácia na administração da sua vida, mais actividades renovadoras terá (Hábito 7 – afinar os instrumentos). Quanto mais se procura primeiro compreender (Hábito 5 – procure compreender e depois ser compreendido), mais eficaz será na busca de soluções sinérgicas (Hábitos 4 – ganha-ganha e 6 - sinergizar). Quanto mais se aprimora nos hábitos que levam à independência (Hábitos 1, 2 e 3), mais eficaz será em situações interdependentes (Hábitos 4, 5 e 6). E a renovação (Hábito 7) será o processo de revitalizar todos os outros hábitos.

As Leis da Qualidade de Vida

Segundo o PAIQ - Programa da Academia de inteligência de Qualidade de Vida - existem as 12 leis da qualidade de vida, são elas:

  1. Ser Autor da Sua História.
  2. Contemplar o Belo.
  3. Libertar a Criatividade: Superar a Rotina.
  4. Ter um Sono Restaurador.
  5. Gerir os Pensamentos.
  6. Administrar a Emoção.
  7. Trabalhar os Papéis da Memória. Reeditar o Filme do Inconsciente.
  8. A Arte de Ouvir e Dialogar.
  9. A Arte do Autodiálogo: A Mesa Redonda do "Eu".
  10. Ser Empreendedor: Trabalhar Perdas e Frustrações.
  11. Inteligência Espiritual: Superando Conflitos Existenciais
  12. Fazer da Vida Uma Festa: A Arte do Prazer de Viver.

segunda-feira, junho 20, 2011

A Lagartinha

Havia uma lagartinha que tinha muito medo de sair por aí e morrer pisoteada pelos homens. Por isso, foi-se fechando. As plantas também a rejeitavam, achando que ela só queria comer suas folhas. Mal sabiam que essa lagartinha gorda, e que rasteja, pedindo ajuda, poderia ser aquela borboleta que viria ajudar a polinizar as flores dessas mesmas plantas. 
Mas, a lagartinha só chorava, apertada, na sua tristeza, até que uma coruja, aquela ave que só consegue ver à noite, quando tudo está escuro, disse a ela:
- Pare de chorar, faça alguma coisa! Aí dentro de si mora uma linda borboleta, deixe-a sair. Ela pode voar, ser aceite pelos homens e pelas plantas, ver lá de cima o que vê daqui debaixo, mudar de jardim e tudo o mais.
A lagartinha, então, pediu ajuda. Como se poderia tornar numa borboleta? A coruja, sábia amiga, disse-lhe que era necessária uma metamorfose, de mudança, em que se precisava de fechar num casulo para empreender esforços, que viriam dores, mas só as necessárias para fazer as mudanças. Mas o que realmente era preciso era coragem e pensamento positivo. Que poderia ser livre, bem aceite, e voar leve, por onde desejasse. Que pensasse em ser borboleta o tempo todo e tudo poderia ir mudando, até que, mais rápido do que ela imaginasse, ela sairia do casulo como uma borboleta.

Carne de Língua


Uma lenda africana conta a história de um rei cuja esposa vivia triste, definhando. Um dia, ele nota que a mulher de um pobre pescador que morava próximo à corte era o próprio retrato da saúde e da felicidade. Então, dirige-se ao pescador:
- Como consegue fazê-la tão feliz?
- É fácil, responde o pescador. Dou-lhe carne de língua.
O rei imaginava que agora tem a solução. Ordena que os melhores talhantes do reino tragam língua para a sua esposa, e passa a servir uma dieta reforçada. Mas as suas esperanças são frustradas. Ela piora. O rei fica furioso, vai até o pescador e diz:
- Vamos trocar de esposa. Quero uma mulher mais alegre.
O pescador é obrigado a aceitar a proposta, apesar de fazê-lo com muito pesar.
O tempo passa e, pouco a pouco, para a aflição do rei, a sua nova esposa cai doente e definha a olhos vistos, enquanto a sua ex-esposa, que agora vivia com o pescador, transpirava saúde e alegria. Um dia, no mercado, ela passa pelo rei, que mal a reconhece, ficando este impressionado:
- Venha comigo!!!
- Jamais, responde ela. E explica: todos os dias, quando o meu novo marido chega a em casa, senta-se comigo, conta-me histórias, ouve as que tenho para contar, canta, faz-me rir, enche-me de vida. Essa é a carne de língua, alguém que conversa comigo e dedica a atenção a mim. O dia inteiro mal posso esperar que chegue a noite.
Sem atenção, não há gentileza, nem calor humano, nem proximidade, nem relacionamento. 

A sabedoria do deserto

Um jovem chegou à beira de um oásis, perto de um pequeno povoado.
Aproximou-se de um velho sábio e perguntou:
- Como são as pessoas que vivem aqui?
- Como são as pessoas que vivem no lugar de onde você vem? – perguntou o sábio.
- Oh…são muito egoístas e más, respondeu o rapaz. Estou feliz por me ter vindo embora de lá.
- O velho sábio disse-lhe: você irá encontrar aqui o mesmo tipo de pessoas!
No mesmo dia, um pouco mais tarde, um outro jovem apareceu junto do oásis. Aproximou-se do velho sábio e fez-lhe a mesma pergunta:
- Como são as pessoas que vivem aqui?
- O velho sábio respondeu com a mesma pergunta: Como são as pessoas que moram no lugar de onde você vem?
O rapaz respondeu:
- São pessoas maravilhosas, amigas, honestas, acolhedoras…Fiquei muito triste de ter de as deixar.
- O mesmo tipo de pessoas você encontrará aqui! – respondeu o velho sábio.
Um outro homem que tinha ouvido as duas conversas daquele sábio, perguntou admirado:
- Como é possível dar respostas tão diferentes à mesma pergunta?
E aquele sábio, respondeu serenamente:
- Cada um carrega no seu coração o meio em que vive. Aquele que não encontrou nada de bom nos lugares  por onde passou, não poderá encontrar outra coisa diferente neste lugar. Aquele que encontrou amigos nos lugares por onde passou, também os encontrará aqui…porque na verdade, nós só encontramos aquilo que temos capacidade de ver e nós só vemos nos outros e nos ambientes aquilo que existe dentro de nós!

Reflexão: só vemos nos outros aquilo que existe em nós, assim como os outros são o nosso espelho.

UMA MÃE COM TEMPERAMENTO EXPLOSIVO

Era uma vez uma mãe que tinha um temperamento muito explosiva para com os seus filhos…

Pedindo ajuda a um mestre, pois sabia que não estava a conseguir ajudar os seus filhos.
O mestre deu-lhe um saco cheio de pregos e uma tábua de madeira e disse-lhe que martelasse um prego na tábua cada vez que perdesse a paciência com os seus filhos.
No primeiro dia aquela mãe pregou 37 pregos na tábua
(os filhos não eram fácil).

Já nos dias seguintes, enquanto ia aprendendo a controlar a sua raiva, o número de pregos martelados por dia foram diminuindo gradualmente.
Ela descobriu que dava menos trabalho controlar a sua raiva do que ter que
ir todos os dias pregar vários pregos na tábua...

Finalmente chegou o dia em que não perdeu a paciência em nenhuma situação.
Falou então com o mestre sobre o seu sucesso e sobre como se sentia melhor por não explodir com os seus filhos, e o mestre sugeriu que retirasse todos os pregos da tábua e que a trouxesse até ele.
A mãe trouxe então a tábua, já sem os pregos, e entregou-a ao mestre.
O mestre disse "estás de parabéns, mas olha para os buracos que os
pregos deixaram na tábua, ela nunca mais será como antes".
Quando falas enquanto estas com raiva, as tuas palavras deixam marcas como essas.
Podes enfiar uma faca em alguém e depois retira-la, mas não importa
quantas vezes peças desculpas, a cicatriz ainda continuara lá.
Uma agressão verbal e tão violenta como uma agressão física.

MICHAEL O'BRIEN, UM NADADOR QUE COMPETIU NOS 1.500 METROS (1984)

(Anthony Robbins - Poder sem limtes)

Antes das Olimpíadas de 1984, trabalhei com Michael O'Brien, um nadador que competiu nos 1.500 metros, estilo livre. Ele estava a treinar, mas sentia que não estava a dar tudo o que podia para alcançar o sucesso. Tinha desenvolvido uma série de bloqueios mentais que o pareciam estar a limitar. Tinha algum medo sobre o que o sucesso pudesse significar, e, assim, a sua meta era a medalha de bronze ou a de prata. Não era o nadador cotado para ganhar a de ouro. O favorito, George Di Carlo, já vencera Michael em diversas ocasiões.
Passei uma hora e meia com Michael e ajudei-o a modelar os seus estados em desempenhos máximos, isto é, a descobrir como se pusera em fisiologia cheis de recursos, o que imaginara, o que dissera para si mesmo e o que sentira na única competição em que vencera George Di Carlo. Começamos a separar as medidas, mentais e físicas, que tomara quando vencera as competições. Ligamos o estado em que estava nestas ocasiões a um accionador automático, o som do revólver de partida a disparar. Descobri que no dia em que vencera George Di Carlo estivera a ouvir Huey Lewis and The News, bem antes do início. Assim, no dia das finais das Olimpíadas, ele repetiu as mesmas coisas, as mesmas acções que fizera no dia em que vencera, e até ouviu Huey Lewis momentos antes. Venceu George Di Carlo e ganhou a medalha de ouro por seis segundos cravados.   

DICK TOMEY TREVISAN: JOGO 22 A 0

(Anthony Robbins - Poder sem limites)

Um dos melhores motivadores que conheço é Dick Tomey Trevisan, chefe de futebol da Universidade do Havaí. Ele realmente entende como as representações internas das pessoas afectam os seus desempenhos.
Certa vez, num jogo contra a Universidade de Wyoming, a sua equipe estava a ser empurrada por todo o campo. No intervalo, a contagem era 22 a 0, e a sua equipa não parecia estar no mesmo campo que o Wyoming.
Pode imaginar em que espécie de estado os jogadores de…
Quando se reuniram no vestiário, no intervalo. Ele observou-os cabisbaixos, expressões desanimadas, e percebeu que, a menos que mudasse os seus estados, estariam perdidos no segundo tempo. Pela fisiologia em que estavam, cairiam na armadilha de se sentirem como fracassados e, a partir desse estado, não teriam os recursos para vencerem.
Dick trouxe, então, um poster de papelão de artigos mimeografados, que coleccionava há anos. Cada um dos artigos descrevia equipas que estavam a perder por uma margem igual ou maior e tinham reagido contra essa probabilidade quase impossível e ganhado o jogo. Fazendo os jogadores lerem os artigos, tentou injectar uma crença toda nova, uma crença de que poderiam, na realidade, recuperar… O que aconteceu?
No segundo tempo e jogou o jogo de sua vida, impedindo que o Wyoming marcasse mais pontos no segundo tempo inteiro, e ganhando por 27 a 22.
Fizeram isso porque ele foi capaz de mudar as representações internas deles e as suas crenças sobre o que era possível.

MEL FISHER. É O HOMEM QUE POR DEZESSETE ANOS PROCUROU UM TESOURO

Com certeza, já ouviu falar de Mel Fisher. É o homem que por dezessete anos procurou um tesouro enterrado no mar, e acabou descobrindo barras de ouro e prata valendo cerca de 400 mil dólares. Num artigo que li a respeito dele, perguntaram a um dos membros da tripulação por que Mel Fisher havia se empenhado por tanto tempo. Respondeu que Mel tinha a habilidade de manter a todos excitados. Todos os dias, Fisher dizia para si e para a tripulação: "Hoje é o dia, é no fim do dia, amanhã é o dia". Mas só dizer isso não era suficiente. Também dizia isso em harmonia com seu tom de voz, as imagens de sua mente e seus sentimentos.
Todos os dias ele se punha num estado tal que pudesse continuar a tomar medidas, até ser bem-sucedido. Ele é um exemplo clássico da Fórmula do Sucesso Final.
Conhecia o seu objectivo, tomou medidas, aprendeu o que dava certo, e, se não dava, tentava outra coisa, até ser bem-sucedido.

O MONGE E O EGO

Havia um monge que morava num mosteiro mas começou a viver atormentado por muitos problemas e dificuldades, tanto a nível pessoal com ao nível do relacionamento. Um dia não suportando mais aquela situação, resolveu fazer as suas malas e mudar-se para outro mosteiro. Quando se sentou na cama para calçar as sandálias viu ao seu lado um outro monge, também a calçar as sandálias.
-Quem é você? Perguntou admirado ao estranho.
- Eu sou o seu ego! Foi a resposta. Se é por minha causa que você está a abandonar este local, fique a saber que não adianta, para onde você for, eu irei junto consigo!

Reflexão: Para onde quer que você vá, a sua cabeça vai consigo. Se você não estiver bem consigo mesmo, não estará bem em lado nenhum.

A ARTE DE DOMESTICAR CÃES

Havia um homem, que tinha um cão que estava doente e precisava de lhe dar todos os dias um medicamento. Como o remédio não era agradável, o homem resolveu segurar a cabeça do cão entre as suas pernas e apertá-lo com firmeza, abrir a boca do cão e enfiar o remédio pela goela abaixo.
Todos os dias era um sacrifício, porque o cão estrebuchava e tentava livrar-se daquela tortura. Mas o homem insistia, pois queria salvar o cão.
Um dia o homem distraiu-se e quando administrava o remédio, o cão conseguiu escapar por entre as suas pernas e o remédio derramou-se pelo chão.
Qual não foi a sua surpresa quando o homem viu o seu cão lamber o remédio no chão. Afinal não era o remédio que o cão detestava, mas sim o modo com era administrado!

Reflexão: Esforço…talvez você esteja cansado de fazer..e de tanto esforço só ver os problemas a aumentar. Talvez o esforço tenha sido feito na direcção errada. Ou talvez, quem sabe, a solução seja precisamente…deixar de fazer esforço. Talvez a luta seja… Parar de lutar! Parar de lutar contra você mesmo!

HISTÓRIA DE KARL WALLENDA


Um dos mais convincentes exemplos de estar num estado indesejável é a história de Karl Wallenda dos Flying Wallendas, famosos equilibristas de circo. Ele representara a sua rotina no fio de arame durante anos com grande sucesso, nunca considerando a possibilidade de falha. Cair simplesmente não fazia parte de seu arranjo mental. Então, uns poucos anos atrás, principiou de repente a mencionar à sua esposa que começara a ver-se a cair.
Pela primeira vez começava concretamente a dar-se a representação de queda.
Três meses depois de ter, pela primeira vez, falado sobre isso, caiu e morreu.
Algumas pessoas diriam que tivera uma premonição. Outro ponto de vista é que deu ao seu sistema nervoso uma representação coerente, um aviso, que o deixou num estado que apoiou o comportamento de queda - ele criou um resultado. Deu ao cérebro um novo caminho para seguir e, por fim, foi o que fez. 

PNL - Aplicabilidade


Certamente já ouviu falar de muitos modelos, psicologias e metodologias relacionados à mente: Freud, Jung, Reich, Adler, Piaget, Grof e tantos outros. Também sobre a Inteligência Emocional, Inteligências Múltiplas, Inteligência Multifocal, Emotologia, Condicionamento Neuro-Associativo, isso para não mencionar as que não foram baptizadas. E por falar em multiplicidade, sabe a diferença entre Psicologia e Psiquiatria? Pois é, nem a ciência académica está integrada neste aspecto. Todas têm em comum o propósito de fornecer conhecimentos sobre a mente para obter resultados pessoais, seja com enfoque de problema, como terapia, seja com um enfoque mais generativo.

A PNL já foi descrita de várias maneiras; há que prefira entender que a PNL é uma metodologia de inteligência. Também tem princípios sobre a mente, procedimentos terapêuticos, mas a PNL tem elementos muito mais próximos de algo que podemos verificar por nós mesmos, muito mais próximos do nível concreto. Talvez nunca tenha visto, ouvido ou sentido um "id" ou uma "anima", mas certamente pode comprovar por si mesmo quando está a gerar uma imagem interna ou a ouvir uma voz vindo lá de dentro a dizer o que fez de errado. A PNL usa as nossas capacidades naturais, como a de imaginar, para obter resultados precisos, bem definidos no que se refere à mente, e em muitos casos com efeitos comprovados ao nível físico. Há outras diferenças entre a PNL e "as outras". Como convém a uma metodologia, a PNL tem os seus conceitos e princípios fundamentais bem definidos, sendo bastante estruturada. Também são bem trabalhados os objectivos a serem atingidos, o que torna o trabalho verificável: se for a um terapeuta que usa (bem) PNL, uma das primeiras etapas é definir quais os objectivos desejados. O resultado é que os recursos e métodos da PNL têm sido usados em terapia, ensino, aprendizagem, comunicação e relacionamento, vendas e inúmeras outras áreas.

Uma interessante linha possibilitada pela PNL é a modelagem de habilidades de pessoas competentes e o seu ensino a outros.

Aplicabilidade 

Os inúmeros modelos de PNL desenvolvidos até o momento permitiram, entre outros resultados: 
1. Cura rápida de fobia (até 10 minutos). 
2. Cura rápida de vícios e maus hábitos, como tabagismo e roer unhas. 
3. Modelagem de estratégias e capacidades de pessoas e ensino a outras, incluindo: - Decisão - Aprendizagem - Leitura - Memorização - Motivação - Vendas - Estabelecimento de empatia com as pessoas. 
4. Resolução de conflitos. 
5. Cura de traumas intensos, como de estupro. 
6. Cura de alergia sem medicamentos. 
7. Cura de câncer (contada por Robert Dilts no livro Crenças). 
8. Mudança de crenças e convicções limitadoras. 
9. Aperfeiçoamento de estratégias de definição de objectivos e aumento da flexibilidade de comportamento para atingi-los. 
10. Aperfeiçoamento do uso da linguagem na comunicação e na representação de informações. 
11. Padronização da hipnose para uso prático, voltado para resultados.

terça-feira, junho 14, 2011

NASCIMENTO DA EXCELÊNCIA: A CRENÇA


"O homem é o que ele acredita."
                                                                       Anton Tchecóv

No seu maravilhoso livro, Anatomy of an Illness, Norman Cousins conta uma instrutiva história sobre Pablo Casals, um dos maiores músicos do século vinte. É uma história de crença e renovação, e que todos nós podemos aprender com ela.
Cousins descreve o encontro com Casals, um pouco antes do nonagésimo aniversário do grande violoncelista. Diz ele que era doloroso olhar o velho homem quando começava o seu dia. A Sua fragilidade e artrite eram tão debilitadoras que precisava de ajuda para se vestir. O Seu enfisema era evidente na difícil respiração, andando com um arrastar de pés, curvado, cabeça inclinada para a frente. As suas mãos eram inchadas, os seus dedos apertados. Parecia um homem muito velho, velho e cansado.
Antes mesmo de comer, foi até o piano, um dos vários instrumentos em que Casals se tornara perito. Com grande habilidade, ajustou-se na banqueta. Parecia para ele um terrível esforço levar os seus dedos inchados e cerrados até o teclado.
E, então, algo de muito milagroso ocorreu. De repente, Casals transformou-se completamente ante os olhos de Cousins. Entrou num estado cheio de recursos e, conforme o fez, a sua fisiologia mudou a tal ponto que começou a mover-se, e a tocar, produzindo no seu corpo e no piano resultados que só teriam sido possíveis num pianista saudável, forte e flexível. Como Cousins descreveu, os seus dedos abriram-se lentamente e acharam as teclas como os brotos de uma planta em direcção à luz do sol e ai as suas costas endireitaram-se.
Parecia respirar com mais facilidade". O simples pensamento de tocar piano mudava todo o seu estado, e assim a eficiência do seu corpo. Casals começou com uma peça do Cravo Bem Temperado, de Bach, com grande sensibilidade e controle. Atirou-se, então, ao concerto de Brahms, e os seus dedos pareciam correr sobre o teclado. "O seu corpo inteiro parecia fundido com a música", escreveu Cousins.
"Deixava de estar rijo e encolhido, ficando mais ágil, gracioso e completamente livre das suas torceduras artríticas." Quando se afastou do piano, parecia uma pessoa bem diferente da que se sentara para tocar.
Levantou-se erecto e mais alto e andou sem sinal de arrastar os pés.
Logo se dirigiu para a mesa do café, comeu com satisfação, e então saiu para dar um passeio pela praia.
Pensamos sempre em crenças no sentido de credos ou doutrinas e muitas crenças são isso mesmo. Contudo, no sentido básico, uma crença é qualquer princípio orientador, máxima, fé ou paixão que pode proporcionar significado e direcção na vida. Estímulos ilimitados estão disponíveis para nós. Crenças são os filtros pré-arranjados e organizados para as nossas percepções do mundo. São como comandos do cérebro. Quando acreditamos com convicção que alguma coisa é verdade, é como se mandássemos um comando para o nosso cérebro, de como representar o que está a ocorrer.
Casals acreditava na música e na arte. Foi o que deu beleza, ordem e nobreza à sua vida, e é o que poderia ainda proporcionar-lhe milagres diários. Por acreditar no poder transcendente da sua arte, ele estava fortalecido de uma forma que quase desafiava o entendimento. As suas crenças transformavam-no, diariamente, de um velho homem cansado num génio de vida. No sentido mais profundo, as suas crenças mantinham-no vivo.
Certa vez, John Stuart Mill escreveu: "Uma pessoa com uma crença é igual à força de noventa e nove que só têm interesses".
É por isso que as crenças abrem a porta para a excelência. A crença envia um comando directo para o seu sistema nervoso. Quando acredita que alguma coisa é verdade, você entra mesmo no estado de que aquilo deve ser verdade.
Tratadas desta maneira, as crenças podem ser as mais poderosas forças para criar o bem na sua vida.
Por outro lado, as crenças que limitam as suas acções e pensamentos podem ser tão devastadoras como as crenças cheias de recursos podem ser fortalecedoras. Através da história, as religiões têm fortalecido milhões de pessoas dando-lhes força para fazerem coisas que pensavam que não podiam. As crenças ajudam-nos a liberar os mais ricos recursos que estão bem dentro de nós, criando-os e dirigindo-os para apoiarem os nossos resultados desejados.

As crenças são os compassos e os mapas que nos guiam na direcção das nossas metas e nos dão a certeza de saber que lá chegaremos. Sem crenças ou a capacidade de entrar nelas, as pessoas podem ser totalmente enfraquecidas. São como um barco a motor sem o motor ou leme. Com crenças orientadoras fortes, você tem o poder de tomar medidas e criar o mundo no qual quer viver. As crenças ajudam-no a ver o que quer e energizam-no para obtê-lo.
De facto, não há força directora mais poderosa no comportamento humano do que a crença. Em essência, a história humana é a história da crença humana.
As pessoas que mudaram a história - Cristo, Maomé, Copérnico, Colombo, Edison ou Einstein - foram as que mudaram as nossas crenças.
Para mudar os nossos próprios comportamentos temos de começar a alterar as nossas próprias crenças. Se quisermos modelar excelência, precisamos aprender a modelar as crenças daqueles que alcançaram excelência.

Escolha as crenças em que quer acreditar e realize de forma mais fácil os seus objectivos.
Bem hajam.
Miguel Ferreira 

(extraido do livro Poder Sem Limites - Anthony Robbins)