quinta-feira, novembro 28, 2013

Quebre o ciclo

“Os fracos nunca podem perdoar. O Perdão é atributo dos fortes" – Mahatma Gandhi
Um empresário com grande poder de decisão gritou com um director da sua empresa, porque naquele momento estava a sentir muita raiva.
O director, ao chegar a casa e ao ver um bom e farto almoço à mesa, gritou com sua mulher, acusando-a de gastar demais.
A mulher gritou com a empregada, que, assustada, quebrou um prato ao tropeçar no cão da casa. A empregada pontapeou o cão por este a ter feito tropeçar.
O cão saiu a correr e mordeu uma senhora que ia a passar pela rua, porque ela atrapalhou a sua saída pelo portão.
Essa senhora foi à farmácia para tomar uma vacina e fazer um penso, e gritou com o farmacêutico porque a vacina lhe doeu ao ser aplicada.
O farmacêutico, ao chegar a casa, gritou com sua mãe porque o jantar não estava do seu agrado.
A mãe, tolerante, com um manancial de amor e perdão, afagou os cabelos do filho e beijou-o na testa, dizendo:
- Meu Querido Filho, prometo que amanhã faço a tua sobremesa favorita. Trabalhas muito, estás cansado e precisas de uma boa noite de sono. Vou trocar os lençóis da tua cama, e pôr outros limpinhos e a cheirar bem para que durmas tranquilamente e em paz. Amanhã vais-te sentir melhor.
E ao retirar-se, abençoou-o, deixando o filho sozinho com seus pensamentos.
Naquele momento, o círculo do ódio se rompeu, porque ele esbarrou na TOLERÂNCIA, no PERDÃO e no AMOR.

Se momentânea ou permanentemente nos encontramos num círculo de intolerância, raiva, rancor ou ódio, ou se por ventura nos colocaram ali, devemos SEMPRE lembrar-nos de que apenas e só com TOLERÂNCIA, PERDÃO e AMOR o podemos quebrar!
(Adaptado do Livro “O que Podemos Aprender com os Gansos”, Alexandre Rangel)

Bem hajam

Miguel Ferreira

sábado, novembro 16, 2013

Uma Citação, uma Fábula

Uma das citações mais populares de Mahatma Gandhi é “Você deve ser a mudança que deseja ver no mundo.”
Partilho a história que se acredita verdadeira - embora não confirmada – que terá estado na origem desta citação.
Durante a década de 1930, um jovem rapaz tinha-se tornado obcecado com a ingestão de açúcar. A sua mãe tentou por todos os meios dissuadi-lo do vício mas não conseguiu. Ao constatar que o seu único filho, o seu “bem” mais precioso, começava a por a sua vida em risco, e ao saber da admiração e respeito que este tinha por Gandhi – já muito venerado em todo o país - decidiu levá-lo à presença do Mahatma (Grande Alma) na esperança que as suas palavras pudessem convencer o filho a parar de ingerir açúcar.

Viajaram durante um dia de comboio e esperaram na Gandhi's Ashram (Ermida) outro dia para falar com Gandhi. Ao chegar à sua presença a mãe desesperada pediu “Mahatma, peço-lhe que convença o meu filho a não comer mais açúcar, pois está a ‘envenenar’ o seu corpo ao ponto da sua vida começar a ficar em risco!” Gandhi deliberou por breves minutos e respondeu "Por favor volte daqui a um mês. Nessa altura falarei com o seu filho." A mãe desesperada ao ouvir estas palavras implorou “Mas Mahatma, por favor, eu viajei um dia de comboio e aguardei outro dia para poder estar aqui…” Gandhi interrompeu dizendo seriamente: “Entendo, mas terá que voltar daqui a um mês. Só nessa altura falarei com o seu filho.”

Mãe e filho levaram mais um dia para regressar de comboio à sua aldeia. Embora não tendo desistido de comer açúcar, o facto de ter estado na presença de Mahatma e, a curiosidade em voltar a visitá-lo para escutar as suas palavras, fizeram com que ele reduzisse a sua ingestão. Passado um mês voltaram de novo a viajar um dia de comboio e aguardar por mais um dia para estarem na presença de Gandhi. Ao chegarem perto dele a mãe voltou a dirigir-se-lhe “Mahatma, conforme nos pediste estamos de volta…” Gandhi respondeu “Sim, recordo-me de si e do problema do seu filho com o açúcar” e dirigindo-se a este gritou-lhe "Vais deixar de comer açúcar, JÁ!" O rapaz assustado admitiu, "Perdoe-me bapu (Pai), vou seguir de imediato o seu conselho."

A mãe perplexa perguntou, "Bapu, poderia ter solicitado ao meu filho que deixasse de comer açúcar, há um mês atrás quando o visitámos…. Porquê nos pediu para voltarmos um mês depois?" Gandhi respondeu, "Ben (Irmã), há um mês, também eu ainda comia açúcar… Você deve ser a mudança que deseja ver no mundo."

Apenas devemos exigir de alguém o que exigimos primeiro de nós próprios. Só ao sermos coerentes com os nossos valores poderemos de forma positiva deixar a nossa “marca”. Lembre-se disso ao influenciar da próxima vez…

Bem hajam,

Miguel Ferreira

terça-feira, novembro 05, 2013

Gestão semanal do tempo

É sempre bom refletir sobre a administração do tempo e do seu principal instrumento que é a agenda.
De facto, é praticamente impossível para uma pessoa que tenha vários compromissos por dia, administrar o seu tempo de forma minimamente eficiente sem uma agenda.
Existem pessoas que se vangloriam de não usar agenda, contudo uma análise mais detida desses casos notáveis, porém, vai evidenciar que ou a pessoa não precisa porque tem poucos compromissos por dia (e dá para se lembrar deles sem necessidade de anotações), ou alguém gere a sua agenda (uma secretária, por exemplo), ou tem uma memória anormalmente prodigiosa ou, então, é um desastre na conciliação dos compromissos cotidianos.
Para a grande maioria, a agenda é uma ferramenta de trabalho indispensável no dia-a-dia, juntamente com o relógio e o telemóvel formam o trio básico da administração do tempo. O relógio, por razões obvias, o telemóvel porque permite lidar de forma surpreendentemente eficaz com essa importante fonte de perturbação, se não for bem administrada, que são as ligações telefónicas, disponibilizando os extraordinários recursos tecnológicos do silencioso, do registro do número de quem ligou, além da hora da chamada e, suprema sofisticação, da agenda eletrônica ambulante.
Há agendas de todos os tipos, formas e tamanhos. Há as de papel e as eletrônicas. As portáteis e as de mesa. As de mão e as de bolso. Há, até, as de parede, misto de calendário e agenda. Qual é a melhor? Depende do uso que se pretende dar. Não há um modelo padrão que se preste a todos os usos. Se se presta bem ao registro dos compromissos do seu proprietário, é uma boa agenda.
A prática, porém, tem evidenciado alguns procedimentos mais ou menos disseminados no uso de agendas que podem ser aperfeiçoados. O principal deles é a utilização das chamadas agendas diárias, aquelas que vêm com apenas um dia em cada página. Segundo Stephen R. Covey, no seu best seller “Os 7 Hábitos das Pessoas Muito Eficazes”, tece algumas considerações interessantes sobre a questão:
“A organização com base na semana possibilita um equilíbrio maior e um contexto mais amplo que o planeamento diário. Parece haver um consenso cultural implícito de que a semana é uma unidade de tempo única, completa. O mundo dos negócios, da educação e muitas outras facetas da sociedade operam dentro do quadro dado pela semana, determinando certos dias para o trabalho e outros para o relaxamento e a inspiração.” Covey lembra, inclusive, que a tradição judaico-cristã reserva um dia em cada sete para descanso, fechando o ciclo semanal e iniciando o seguinte.
Se o mundo se organiza assim, semanalmente, a melhor forma, portanto, de programar a distribuição do tempo é usando um instrumento que permita uma visão panorâmica da semana e, não apenas, do dia. A visão apenas do dia tende a reduzir o horizonte de programação e a perspectiva do programador.
Covey destaca que uma boa programação é aquela que permite dedicar mais tempo à prevenção que à administração de crises: “Na minha opinião, a melhor maneira de fazer isso é organizar a sua vida numa base semanal. Pode continuar a fazer adaptações e ter prioridades diárias, mas a energia fundamental vai para a organização da semana.”

Bem hajam e bons agendamentos.

segunda-feira, outubro 21, 2013

O sabonete

Um garoto pobre, com doze anos de idade, vestido e calçado de forma humilde, entra na loja,
escolhe um sabonete comum e pede ao proprietário que o embrulhe para presente.
- É para minha mãe - diz, com orgulho.
O dono da loja ficou comovido diante da singeleza daquele presente. Olhou com piedade para o seu freguês e, sentindo uma grande compaixão, teve vontade de ajudá-lo. Pensou que poderia embrulhar, junto com o sabonete comum, algum artigo mais significativo. Entretanto, indeciso, ora olhava para o garoto, ora para os artigos que tinha na sua loja. Devia ou não fazer? O coração dizia sim, a mente dizia não.

O garoto, notando a indecisão do homem, pensou que ele estivesse a duvidar da sua capacidade de pagar. Colocou a mão no bolso, retirou as moedinhas que dispunha e colocou-as sobre o balcão. O homem ficou ainda mais comovido quando viu as moedas, de valor tão insignificante. Continuava o seu conflito mental. Lembrou-se da sua própria mãe. Fora pobre e, muitas vezes, na sua infância e adolescência, também desejara presentear a sua mãe.

Quando conseguiu emprego, ela já havia partido para o mundo espiritual. O garoto, com aquele gesto, estava a mexer nas profundezas dos seus sentimentos. Do outro lado do balcão, o menino começou a ficar ansioso. Alguma coisa parecia estar errada. Porque é que o homem não embrulhava logo o sabonete? Impaciente, perguntou:
- Desculpe, está a faltar alguma coisa?
- Não - respondeu o proprietário da loja - é que, de repente, lembrei-me da minha mãe, que morreu quando eu ainda era muito jovem. Sempre quis dar um presente para ela mas, desempregado, nunca consegui comprar nada.

Na espontaneidade dos seus doze anos, perguntou o menino:
- Nem um sabonete?

O homem calou-se. Refletiu um pouco e desistiu da ideia de melhorar o presente do garoto. Embrulhou o sabonete com o melhor papel que tinha na loja, colocou-lhe uma fita e despachou o freguês, sem responder mais nada.

A sós, pôs-se a pensar. Como é que nunca pensara em dar algo tão pequeno e simples para a sua mãe? Sempre entendera que um presente tinha que ser alguma coisa significativa, tanto assim que, minutos antes, sentira piedade da singela compra, e pensara em melhorar o presente daquele garoto. Comovido, entendeu que, naquele dia, tinha recebido uma grande lição. Junto com o sabonete do menino, seguia algo mais importante e grandioso, o melhor de todos os presentes: o gesto de amor! (Autor desconhecido) 

Bem hajam e sejam felizes.


segunda-feira, outubro 07, 2013

Não vá pelas aparências

Num reino antigo havia um príncipe, filho único do rei, que de repente enlouqueceu. Arrancou as suas roupas, ficou nu, entrou debaixo da mesa e começou a cocoricar como um galo. Pensava que era um galo. O rei ficou desesperado, chamou todos os médicos, mágicos e fazedores de milagre para tentarem curar o príncipe, mas de nada adiantou. O rei começou a aceitar o fato de que o seu filho tinha ficado louco para o resto da vida. Um dia, entretanto, um sábio chegou ao palácio e disse que podia curar o príncipe. O rei ficou muito desconfiado porque o homem parecia também um maluco, mais maluco ainda do que o príncipe. O sábio disse: - "Somente eu posso curar o seu filho, porque só um louco maior pode curar outro louco. Os seus médicos, mágicos e fazedores de milagres falharam porque eles não conheciam a loucura". O rei achou o argumento lógico e como o caso parecia sem jeito, resolveu experimentar. Assim que o sábio tirou as suas roupas, entrou debaixo da mesa com o príncipe e começou a cocoricar como um galo, o príncipe tomou posição de defesa: - "Quem é você? O que pensa que está a fazer"? O homem disse: - "Eu sou um galo, um galo mais experiente do que você. Você é apenas um aprendiz de galo". O príncipe aceitou: - "Se você também é um galo, está bem. Mas você parece um ser humano". - "Não vá pelas aparências", respondeu o sábio, "veja o meu espírito, a minha alma. Eu sou um galo tanto quanto você". Os dois ficaram amigos. Prometeram longa amizade e juraram que lutariam juntos contra o mundo. Passaram-se uns dias. O sábio começou a vestir-se. O príncipe replicou: - "O que está a fazer? Ficou maluco? Um galo a usar roupa de gente"! O homem respondeu: - "Estou apenas a procurar enganar aqueles tolos seres humanos. Lembre-se de que, mesmo vestido, nada mudou em mim. Sou um galináceo e ninguém pode mudar isso. Só porque estou vestido, acha que me tornei um ser humano"? O príncipe aceitou a explicação. Dias mais tarde o sábio persuadiu-o de que se vestisse, porque o inverno estava a chegar. Um dia, de repente, o sábio pediu comida do palácio. O jovem ficou atento e desconfiado gritou: - "O que é que está a fazer? Você vai comer como um ser humano qualquer. Nós somos galos e comemos como galos". O homem respondeu calmamente: - "Podes comer qualquer coisa e aproveitar qualquer coisa. No que se refere ao meu galo, não faz a menor diferença. Podes viver como um ser humano e continuar a ser um galináceo. Não vá pelas aparências". Desta maneira, o sábio, aos poucos, foi persuadindo o príncipe a voltar ao mundo da realidade, até que foi considerado normal.  
Reflictam na morar da história. Bem hajam!

Miguel Ferreira

domingo, outubro 06, 2013

CURSO BÁSICO DE PROGRAMAÇÃO NEUROLINGUÍSTICA (12 HORAS)

LISBOA, 2 sábados, 12 e 19 de outubro
                    INSCRIÇÕES ABERTAS – ÚLTIMAS INSCRIÇÕES – ATÉ 8 DE OUTUBRO
FÁTIMA/LEIRIA, 2 sábados, 19 de outubro e 26 de outubro
                    INSCRIÇÕES ABERTAS – INSCRIÇÕES LIMITADAS – ATÉ 15 DE OUTUBRO
CASTELO BRANCO, 2 sábados, 9 e 23 de novembro
                    INSCRIÇÕES ABERTAS – INSCRIÇÕES LIMITADAS – ATÉ 5 DE NOVEMBRO
ENTRONCAMENTO (V.N. BARQUINHA), 4 quintas-feiras, 7,14, 21 e 28 de novembro
                    INSCRIÇÕES ABERTAS – INSCRIÇÕES LIMITADAS – ATÉ 5 DE NOVEMBRO
PORTO, 2 sábados, 9 e 23 de novembro
                    INSCRIÇÕES ABERTAS – INSCRIÇÕES LIMITADAS – ATÉ 5 DE NOVEMBRO


PROCURAMOS PARCERIAS E PRÉ-INSCRIÇÕES PARA OUTRAS ZONAS DO PAIS – SOLICITE INFORMAÇÕES OU FAÇA A SUA PRÉ-INSCRIÇÃO, INDICANDO A PREFERÊNCIA.                


CURSO NÍVEL I – PRACTITIONER PROGRAMAÇÃO NEUROLINGUÍSTICA (130 horas)

FÁTIMA, 16 sábados,
INSCRIÇÕES ABERTAS – ATÉ FINAL DE SETEMBRO (CONSULTE A PROMOÇÃO – 914019401 / 967205066)

INICIO DO CURSO: EM NOVEMBRO

(PRÉ-INSCRIÇÕES ABERTAS PARA LISBOA E PORTO)

Local da formação: a designar.

* (faça a sua pré-inscrição e aproveitando as condições promocionais)


PROGRAMAÇÃO NEUROLINGUÍSTICA – A VIA RÁPIDA PARA O DESENVOLVIMENTO PESSOAL E PROFISSIONAL – CIÊNCIA E ARTE, DA COMUNICAÇÃO DE EXCELÊNCIA.

A PNL, é uma área da psicologia que se reveste de um de carácter muito prático e eficaz, estudando a estrutura subjectiva do ser humano, explicando a interação fundamental entre a mente (neuro) e a linguagem (linguística) e como essa dinâmica afecta o nosso corpo, comportamento e as emoções (programação). Enquanto método, a PNL oferece uma série de ferramentas pelas quais poderá traçar os seus OBJECTIVOS PESSOAIS e eliminar os OBSTÁCULOS INTERNOS que o têm impedido de alcançar os mesmos.

Como psicologia prática, é um poderoso instrumento de TRANSFORMAÇÃO PESSOAL, capaz de levar o indivíduo a conhecer-se e relacionar-se melhor, a viver com mais prazer, instalar uma performance de sucesso, superar traumas, medos e inseguranças, quebrar estados contínuos de desordem emocional e dominar a arte de projetar o futuro, iniciando e promovendo uma perspectiva inovadora na arte de promover recursos internos para a obtenção dos resultados desejados.

No campo da terapia, é fundamental perceber esta cibernética entre pensamento-emoções-fisiologia, assim como a interação com os diversos contextos em que convivemos.

E é nisto que assenta a PNL: um conjunto de princípios, pressupostos e técnicas inovadoras na criação de estados emocionais impulsionadores de acções mais adaptativas e ecológicas, respeitando a coerência interior e desenvolvimento de relacionamentos muito mais significativos à nossa volta.


FAÇA JÁ A SUA PRÉ-INSCRIÇÃO ENVIANDO OS SEUS DADOS*:

curso: Curso Básico de PNL (12 Horas) ou Curso Nível I – Practitioner em Programação Neurolinguística (130 Horas) (selecione o curso)
nome:
profissão:
idade:
telemóvel:
local de residência:
email pessoal:
local onde perfere a formação: Fátima/Leiria, Lisboa, Porto, Castelo Branco, Entroncamento (coloque a sua preferência das cidades mencionadas ou outra cidade)
nº do BI|CC:
NIF:
disponibilidade: imediata ou outra altura
objectivos da formação:

* sem qualquer cumpromisso.                                                           

INFORMAÇÕES, INSCRIÇÕES E PROMOÇÕES: * Consulte o p.f. em anexo

Tem: 91 401 94 01 / 96 720 50 66

Com os melhores cumprimentos,

A equipa (Chunkingup):

Miguel Ferreira

segunda-feira, setembro 23, 2013

COMO FUNCIONA O CEREBRO? (DANIEL GODRI)

O Fazendeiro

Houve um homem chamado Ali Hafed, no Irã. Fazendeiro, estava contente com a sua situação. A sua fazenda era excelente e rendosa, tinha esposa e filhos, criava carneiros, camelos e plantava trigo. "Se um homem tem esposa, filhos, camelos, saúde e paz de Deus", dizia ele, é um homem rico! Ali Hafed continuou rico até que, um certo dia, um sacerdote veio visitá-lo e começou a falar em diamantes. 
E o sacerdote comentou: Eles cintilam como um milhão de sóis, é na verdade, a coisa mais linda do mundo." 
De repente, Ali Hafed passou a sentir-se que o que tinha era pouco. E começou a ficar descontente com o que possuía. Perguntou ao sacerdote: "Onde se podem encontrar esses diamantes? Preciso possuí-los." 
O sacerdote respondeu: Dizem que é possível achá-los em qualquer parte do mundo. Procure um riacho de águas transparentes que corra sobre a areia branca, em região montanhosa, e ali achará diamantes." 
Ali Hafed, então tomou uma decisão, vendeu a fazenda, confiou a esposa e os filhos aos cuidados de um vizinho, e lançou-se na sua jornada à procura de diamantes. Viajou pela Palestina, depois ao longo do vale do Nilo, até que afinal, encontrou-se junto às colunas de Hércules, entrando a seguir em Espanha. 
Estava Ali, quebrado, sem recursos, e sem condições de se comunicar com a família. Num acesso de desespero, profundamente deprimido, lançou-se ao mar e morreu. Nesse ínterim, o homem que adquiriu a fazenda de Ali Hafed achou uma curiosa pedra negra, enquanto o seu camelo matava a sede num riacho da propriedade. Levou a pedra para casa, colocou-a sobre a lareira e esqueceu-se dela. Um dia apareceu o sacerdote, outra vez. Olhou acidentalmente para a pedra negra e notou um lampejo colorido brotando de um ponto de onde saíra um lasca. 
E disse ao fazendeiro: "Um diamante! Onde o achou?" 
 "Encontrei-o nas frias areias do riacho de águas claras onde levo o meu camelo para beber," disse o fazendeiro. Juntos, arrebanhando as túnicas e correndo tão depressa quanto permitiam as sandálias, dispararam rumo ao riacho. Começaram a cavar e acharam mais diamantes! Esse achado transformou-se na Mina de Diamantes Golconda - a maior mina do mundo! A mina de Golconda é de onde veio o diamante Koh-i-Noor, que faz parte das jóias da coroa da Inglaterra, e de onde veio, também, o diamante Orloff, que faz parte das jóias da coroa da Rússia. (Autor desconhecido) 

Bem hajam e olhem para o que está mais perto…

sábado, setembro 07, 2013

O mestre da paciência

Conta a lenda que um velho sábio, tido como mestre da paciência, que era capaz de derrotar qualquer adversário.
Uma certa tarde, um homem conhecido pela sua total falta de escrúpulos apareceu com a intenção de desafiar o mestre da paciência. O velho aceitou o desafio e o homem começou a insultá-lo. Chegou a mandar algumas pedras na sua direção, cuspiu na sua direção e gritou todos os tipos de insultos.
Durante horas fez tudo para provocá-lo, mas o velho permaneceu impassível.
No final da tarde, sentindo-se já exausto e humilhado, o homem deu-se por vencido e retirou-se. Impressionados, os alunos perguntaram ao mestre como ele pudera suportar tanta indignidade.
O mestre perguntou:
- Se alguém chega até vós com um presente, e não o aceitarem, a quem pertence o presente?
- A quem tentou entregá-lo. Respondeu um dos discípulos.
- O mesmo vale para a inveja, a raiva e os insultos. Quando não aceites, continuam a pertencer a quem os carregava consigo.

Bem hajam e lembre-se a paz interior depende exclusivamente de si.

Como nasce um paradigma

Um grupo de cientistas colocou cinco macacos numa jaula, em cujo centro puseram uma escada e, sobre ela, um cacho de bananas. Quando um macaco subia a escada para apanhar as bananas, os cientistas lançavam um jacto de água fria nos que estavam no chão. Depois de um certo tempo, quando um macaco ia subir a escada, os outros enchiam-no de pancadas. Passado mais algum tempo, nenhum macaco subia mais a escada, apesar da tentação das bananas.
Então, os cientistas substituíram um dos cinco macacos. A primeira coisa que ele fez foi subir a escada, sendo rapidamente retirado pelos outros, que o surraram.
Depois de algumas surras, o novo integrante do grupo não mais subia a escada.
Um segundo foi substituído, e o mesmo ocorreu, tendo o primeiro substituto participado, com entusiasmo, na surra ao novato. Um terceiro foi trocado, e repetiu-se o facto. Um quarto e, finalmente, último dos veteranos foi substituído.
Os cientistas ficaram, então, com um grupo de cinco macacos que, mesmo nunca tendo tomado um banho frio, continuavam a bater  naquele que tentasse chegar às bananas.
Se fosse possível perguntar a algum deles porque é que batiam em quem tentasse subir a escada, com certeza a resposta seria:
"Não sei, as coisas sempre foram assim por aqui..."


Bem hajam e pensem nisto.

O apoio ao mais fraco

No outono, quando se vêem bandos de aves a voar, formando um grande V no céu, indaga-se o porquê de voarem desta forma. Sabe-se que quando cada ave bate as asas, move o ar para cima, ajudando a sustentar a ave imediatamente de trás. Ao voar em forma de V, o bando beneficia-se com muito mais força de vôo do que uma ave que voa sozinha.
Pessoas que têm a mesma direcção e sentido de comunidade podem atingir os seus objectivos de forma mais rápida e fácil, pois viajam beneficiando-se de um impulso mútuo.
Sempre que uma ave sai do bando, sente subitamente o esforço e a resistência necessários para continuar a voar sozinha. Rapidamente, entra outra vez em formação para aproveitar o deslocamento de ar provocado pela ave que voa imediatamente à sua frente.
Se tivéssemos o mesmo sentido, manter-nos-íamos em formação com os que lideram o caminho para onde também desejamos seguir.
Quando a ave líder se cansa, ela muda de posição dentro da formação e outra assume a liderança.
Vale a pena nos revezarmos em tarefas difíceis, e isto serve tanto para as pessoas quanto para as aves que voam juntas. As aves de trás gritam encorajando as da frente para que mantenham a velocidade.
Finalmente quando uma ave fica doente ou, se fere, duas aves saem da formação e a acompanham para ajudá-la e protegê-la. Ficam com ela até que consiga voar novamente ou morra. Só então, levantam voo, sozinhas, ou noutra formação.
Se tivéssemos o sentido das aves também ficaríamos da mesma forma um ao lado do outro para apoiar o mais fraco.


Bem hajam e bons voos.

terça-feira, agosto 06, 2013

Programação neurolinguística - inovação na terapia


Iniciei a minha caminhada na programação neurolinguística no ano de 2004, com aquele que considerei ser o curso da minha vida, a saber: o pratitioner (nível 1 em PNL). Recordo-me que passado um mês, após a realização do primeiro módulo (4 dias seguidos), já conseguia aplicar grande parte da metodologia apreendida.


A PNL, como modelo pragmático, dava não só a possibilidade de me conhecer a fundo, como também de desenvolver no domínio da prática clínica resultados muito mais rápidos e eficazes, enriquecendo as habilidade cognitivas do paciente que, por sua vez, passaria a ter uma maior compreensão de si próprio, assim como dos outros que o rodeavam. 

Devo dizer que, simplesmente pela expansão da percepção do problema do paciente, usando as três posições perceptivas, a pessoa desenvolvia mais aceitação da realidade, nomeadamente, dos obstáculos que não lhe possibilitavam ver, que por de trás destes, estava o objetivo que realmente pretendiam alcançar, e que na maior parte dos casos nem era consciente, pois era tal o foco no obstáculo, que todo o sistema nervoso se focalizava nisso, ficando quase que totalmente associada àquilo que não queria.

Assim, com uma maior compreensão de si mesmo, dos outros e da própria vida em si, a pessoa passava a gerar mais aceitação e com isso aumentava consideravelmente o grau de tolerância e flexibilidade, ao mesmo tempo que criava estados de satisfação e serenidade. Paralelamente desenvolvia a comunicação assertiva (respeitando os seus interesses e também os dos outros), a qual implicava quase sempre a implementação de recursos fundamentais, tais como a segurança, a confiança e a tranquilidade.

Tradicionalmente, a psiquiatria estipula o tratamento da depressão nervosa, em seis meses, com o uso de psicofármacos, não garantindo eficácia. Ao longo da minha experiencia profissional tenho encontrado muitíssimos casos, vítimas da visão limitadora acerca desta desordem emocional, por muitos, chamada de “doença mental” e por outros, apenas por desordem emocional. O facto é que, os estudos comprovam que a intervenção integrada de múltiplas abordagens aumenta significativamente a eficácia dos tratamentos.

Posto isto, devo dizer que foi neste panorama de resignação que iniciei a minha carreira em clínica privada. Não obstante, não desisti e a impotência (muitas vezes maior que as estratégias de ajuda efectiva) deram lugar à PNL. Esta metodologia inovadora, cuja maior vantagem é a sua rapidez, permite, em poucas sessões, aprender novas estratégias mentais e assim resolver situações que antes levariam meses de terapia. Algo igualmente inovador foi descobrir que a depressão não passava duma estratégia mental disfuncional, inconsciente, ou seja, sem intenção da pessoa. Mas, mesmo sem intenção, o facto é que era da responsabilidade do ser pensante e como tal, passível de ser modificada, independentemente do grau de dependência de psicofármacos, como é habitual nesse tipo de tratamento. 

Desta feita, e após vários anos de experiências gratificantes, constatei que, com os métodos e técnicas revolucionárias da programação neurolinguística, a pessoa mais facilmente resolve os conflitos interiores que geram medo, ansiedade, depressão e outras emoções limitantes. Mas, não são só os estados negativos que podem ser alvo da PNL. O mesmo se passa com os estados positivos que nos realizam e impulsionam - de forma fácil e divertida - para a concretização dos nossos objetivos, despertando recursos do subconsciente e, assim, melhorar significativamente os relacionamentos afetivos, pessoais e profissionais, sobretudo, com aquela pessoa que está sempre connosco, em concreto, nós mesmos. Para além disso, com a PNL aprendemos a relaxar e a resolver situações stressantes em poucos segundos. 

Para concluir esta partilha sobre uma das minhas grandes paixões, não posso deixar de agradecer a todos aqueles que se esforçaram na busca da síntese para a eficácia, utilizando a grande ferramenta que nem sempre empregamos da melhor forma possível – a comunicação.

Bem hajam e sejam felizes.
Miguel Ferreira (Master, Pratitioner e Trainer em PNL)

sexta-feira, agosto 02, 2013

O Judeu e a Vaca

Todos os dias, da manhã até o cair da noite, Jacob Simen não fazia outra coisa senão maldizer a sorte ingrata. Blasfemava contra o destino que o forçava a viver naquela insuportável e torturante penúria. A casa em que morava era pequena, incómoda e sem conforto: não dispunha senão de dois quartos para os pequenos e de uma sala minúscula com duas janelas, onde mal podia receber, nos dias de festa, meia dúzia de amigos e vizinhos.
A paciente Sorele não concordava com as queixas e revoltas do marido. A vida para eles não era, por certo, invejável. Lá isso não era! Podia, porém, ser pior, muito pior...
- "Pior do que isso, mulher, nunca"!, clamava Jacob, arrepelando-se, irritado.
- "Repara na apertura e no desconforto em que vivemos! Não cabemos nesta casa e não vejo como nem quando será possível arranjar outra melhor".
Um dia, afinal, a cidade foi visitada por um sábio famoso que o povo apelidara Baal Schem.
Sorele sugeriu, cheia de confiança, ao esposo:
- "Por que não vais ouvir o velho Baal Schem? Dizem que ele tem feito espantosos milagres. Possivelmente poderá auxiliar-nos".
Tal lembrança parecia traduzir uma providência fácil, acertada e feliz. Nesse mesmo dia, Jacob Simon foi ter à presença do santo rabi e desafiou o rosário interminável das suas queixas e misérias: que vivia num casebre triste e miserável e seu maior sonho era possuir uma casa ampla e espaçosa.
- "Meu filho", ponderou o sábio, cheio de paciência e bondade, "posso, realmente, com a valiosa proteção dos guias invisíveis, realizar prodigioso milagre em teu benefício. Serei capaz de transformar a tua casa, pobre e acanhada, num lugar amplo, claro e confortável. Para tanto torna-se indispensável que pronuncies, agora mesmo, um juramento: vais ter que jurar, pelo nome sagrado de Moisés, e pela memória de todos os profetas, que seguirás fielmente todas as minhas determinações".
- "Juro"!, declarou Jacob com voz firme e inabalável sinceridade.
- "Muito bem. Agora uma pergunta: Tens uma vaca, não é verdade"?
- "Sim, com efeito. Tenho uma vaca".
- "Leva, então, hoje mesmo, a vaca pra dentro da tua casa"!
- "A vaca para dentro de casa"!?
- "Senhor! Na casa em que moro mal cabem os meus filhos. Onde colocarei a vaca"?
- "Lembra-te, amigo, de teu juramento! Põe a vaca dentro de casa".
Não houve remédio. Era preciso obedecer cegamente ao milagroso conselheiro. Aquela vaca, sob o teto de seu lar representava uma tortura constante. O monstruoso animal quebrava, destruía e sujava tudo. Para que os vizinhos não envolvessem o caso com os impiedosos comentários ditados pelo ridículo, a delicada Solere conservava as janelas e portas cuidadosamente fechadas durante o dia.
Decorridos três dias, voltou Jacob, a alma vencida pelo desespero, à presença do Baal Schem.
Era preciso pôr termo, o mais depressa possível, àquela situação torturante!
- "Tens uma cabra"? indagou o sacerdote, à meia voz.
- "Sim".
- "Leva também a cabra para dentro de tua casa"! ordenou, sem hesitar, o prudente rabi.
A nova determinação do milagroso guia deixou Jacob sucumbido pelo desalento. A vaca, por si só, tornava a vida, dentro da casa, insuportável. A cabra e a vaca, juntas seriam uma calamidade! Que horror!
Antes de terminar a primeira semana, Jacob receando que o desespero o levasse à loucura, voltou a implorar o auxílio do santo e virtuoso conselheiro. Sentia-se esgotado; na sua casa não havia mais sossego; as crianças sofriam. Ele preferia morrer a continuar a viver daquela maneira miserável e anti-humana.
Disse, então, o santo milagroso:
- "Retira, então hoje a cabra. Amanhã, logo que o sol nascer, farás a mesma coisa com a vaca. Procederás, a seguir, a uma cuidadosa limpeza em tua casa, arrumando os móveis como se achavam. Ao cair da tarde irei visitar-te para ver realizado o milagre"!
No dia seguinte, o sábio encontrou o judeu risonho e satisfeito. Sentia-se perfeitamente feliz em companhia da meiga Solere e de seus quatro filhos.
- "Que tal"?, indagou Baal Schem.
- "Eis a verdade, ó Rabi! Livre da vaca e livre também da cabra, a nossa casa é uma delícia! Sinto-me bem dentro dela. Já podemos respirar e viver! Há até lugar de sobra para as crianças"!
Estava feito o prodigioso milagre.
Baal Schem transformara, numa casa ampla e confortável, o mísero casebre do judeu!


Bem hajam.

terça-feira, julho 30, 2013

Mestre lenhador

Um dos desportos tradicionais do Alasca é o corte de árvores. Há lenhadores famosos com um grande domínio, habilidade e energia no uso do machado. Um jovem que queria tornar-se também num grande lenhador, ouviu falar do melhor dos lenhadores do país e decidiu ir ao seu encontro.
Quero ser seu discípulo. Quero aprender a cortar árvores como você.
O jovem aplicou-se a aprender as lições do mestre. Depois de algum tempo, acreditou que o tinha superado. Sentia-se mais forte, mais ágil, mais jovem, estava seguro de vencer facilmente o velho lenhador. Assim desafiou o seu mestre a competir oito horas, para saber qual dos dois poderia cortar mais árvores.
O mestre aceitou o desafio, o jovem lenhador começou a cortar árvores com entusiasmo e vigor. Entre uma árvore e outra olhava o seu mestre, mas a maior parte das vezes encontrava-o sentado. O jovem voltava então as suas árvores. Seguro de vencer e sentindo pena pelo seu velho mestre.
Ao cair do dia e para grande surpresa do jovem, o velho mestre tinha cortado muito mais árvores que ele.
— Como era possível? — Surpreendendo-se — Quase todas as vezes que o observei, você estava a descansar! (…)
— Não, meu filho, eu não descansava. Estava a afiar o meu machado. Essa é a razão por teres perdido.
O tempo empregue a afiar o machado é valiosamente recompensado.
O reforço no processo de aprendizagem, que dura toda a vida, é como afiar o machado.

Continue a afiar o seu nesse sítio!


Bem hajam.

domingo, julho 14, 2013

Atenção vs Amar

Uma das grandes causas da infelicidade no mundo atual é a desatenção. Estamos desatentos ao que fazemos, à(s) pessoa(s) com quem estamos, ao trabalho em que estamos envolvidos, ao momento presente. E a cura para distração... é a atenção.
Como é que nós podemos ter atenção? O que é realmente a atenção? Tudo o que nós precisamos de pensar é em como é que esperamos receber atenção da outra pessoa.
Para realizarmos o que quer que seja é importante a reflexão e a meditação.
Se tem um problema e precisa conversar com um amigo, vai procurá-lo, sentar-se com ele, explicar o que está a sentir, o que tem passado e tudo o que realmente espera dele é que lhe dê toda á sua atenção. Esta é a coisa mais importante que ele pode fazer por si naquele momento. Mas se você é interrompido após uns dois minutos e ele começa a falar dos seus próprios problemas, ou começa a dar uma solução simples e óbvia para o seu problema, então, o deixará sem se sentir melhor do que quando foi procurá-lo. Mas, se realmente ele lhe der toda a sua atenção, então recebe dele o precioso dom do seu “Ser”. É o que fazemos quando damos atenção a alguém ou alguma coisa. Ai nós a amamos, realizamos o dom de ser. Isto não é fácil de dar, mas é o que há de mais rico e gratificante para ambos.

Quando recebe o dom da atenção da outra pessoa, quando realmente, ela presta atenção a si, está realmente interessada, com o coração aberto para si, então ai sentir-se-á amado, e isso faz com que se sinta mais capaz de lidar com aqueles problemas e dificuldades que está a enfrentar.
A atenção é verdadeiramente a qualidade essencial de todos os relacionamentos humanos. Quando ama alguém você presta atenção a ela, e por norma amamos aquilo em que prestamos atenção, e isto é muito visível no amor dos pais pelos filhos, assim como em grandes problemas que nos tiram a paz, quando não temos a atenção que necessitamos.
Se deixa de amar alguém é porque não lhe consegue prestar mais atenção, ou algo o distraiu, talvez uma outra pessoa, ou o seu trabalho, ou algum entretenimento.

Podemos dizer que, aprender a dar atenção é aprender a ser inteiramente humano e a amar o outro, os filhos, os animais, a natureza, a Deus, ou o que quer seja. É a essência de toda boa obra, seja trabalho escolar, seja trabalho profissional, seja trabalho em família. Qualquer coisa que você faça, ou o trabalho que realiza depende, para a sua qualidade, sobretudo... do tipo de atenção que lhe está a dar.

Atenção significa foco... simplicidade... significa dar a sua atenção a uma coisa, pessoa ou aspeto imaginativo mental. Não se trata duma forma viciante de fixação e compulsividade. Isso não é atenção.
Trata-se de ser capaz de se dar a si mesmo naquele momento, naquele trabalho, observar o que está a fazer, observar a pessoa que está consigo.
Assim, ligado a atenção está a prática da meditação, da reflexão ou oração consciente.
Aprender a meditar é aprender a prestar atenção. É a arte da atenção na sua forma mais simples, pura e imediata. Quando se senta para meditar ou orar, deixa “partir“ as milhares de coisas diferentes que passam pela sua vida, as “cem mil” coisas que estão a acontecer na sua mente o dia todo.
E não subestime o quão distraído anda. A primeira coisa que descobrimos quando nos sentamos para meditar é o quão difícil é prestar atenção. Sentar-se, fechar os seus olhos, ficar quieto e dizer a sua palavra. Isto não é fácil e não espere que seja fácil. Mas é simples e porque é simples qualquer um pode realizar se realmente desejar e for humilde suficiente para perseverar nela e aprender aos poucos, dia a dia, como prestar atenção.
Os frutos da atenção tornam-se evidentes na sua qualidade de vida, na qualidade dos seus relacionamentos, na qualidade do seu trabalho.
E sempre que perceber que voltou a estar distraído, e isso acontece frequentemente, pois vivemos num mundo muito distraído, envolvidos constantemente pelos média, internet, amigos, atividades, viagens, estudos, trabalho, absorvidos em centenas de direcções diferentes. Sempre que percebe que está perdido, que perdeu a sua atenção, pois começa a reconhecer os sintomas, muito rapidamente, começa a sentir que está em desarmonia consigo mesmo, em desarmonia com outras pessoas, não conseguindo aproveitar as coisas simples da vida. Reconhece esses sintomas! E porque os reconhece, pode fazer algo a respeito. Sentar-se quieto, relaxar e meditar. E com este hábito diário, desenvolver a sua atenção com o seu interior, com o seu “ser”, e a partir dai, naturalmente criar a harmonia, a paz e serenidade, e com este estado, a partir do nosso cerne, conseguir conviver com mais atenção a tudo e a todos, ou seja, tratar a tudo e a todos com amor puro, que não é mais do que plena atenção consciente.

Bem hajam.


Miguel Ferreira

domingo, junho 23, 2013

A Águia e o Pardal

O sol anunciava o final de mais um dia e lá, entre as árvores, estava Andala, um pardal que não se cansava de observar Yan, a grande águia. O seu vôo preciso, perfeito, enchia os seus olhos de admiração. Sentia vontade de voar como a águia, mas não sabia como o fazer. Sentia vontade de ser forte com a águia, mas não conseguia ser assim. Todavia, não se cansava de segui-la por entre as árvores só para vislumbrar tamanha beleza. Um dia estava a voar por entre a mata a observar o vôo de Yan, e de repente a águia desapareceu da sua visão. Voou mais rápido para reencontrá-la, mas a águia tinha desaparecido. Foi quando levou um enorme susto, ao deparar de forma muito repentina com a grande águia a sua frente. Tentou conter o seu vôo, mas foi impossível, acabou por bater de frente com o belo pássaro. Caiu desnorteado no chão e quando voltou a si, pode ver aquele pássaro imenso bem ao seu lado a observa-lo. Sentiu um calafrio no peito, as suas asas ficaram arrepiadas e pôs-se em posição de luta. A águia na sua quietude apenas o olhava calma e mansamente, e com uma expressão séria, perguntou-lhe: - Porque me estás a vigiar, Andala? - Quero ser uma águia como tu, Yan. Mas o meu vôo é baixo, pois as minhas asas são curtas e vislumbro pouco por não conseguir ultrapassar os seus limites. - E como te sentes, amigo, sem poder desfrutar, usufruir de tudo aquilo que está além do que podes alcançar com as tuas pequenas asas? - Sinto tristeza. Uma profunda tristeza. A vontade é muito grande de realizar esse sonho... - O pardal suspirou olhando para o chão... E disse: - Todos os dias acordo muito cedo para vê-la voar e caçar. És tão única, tão bela. Passo o dia a observar-te. - E não voas? Ficas o tempo inteiro a observar-me? Indagou Yan. - Sim. A grande verdade é que gostaria de voar como tu voas... Mas as tuas alturas são demasiadas para mim e creio não ter forças para suportar os mesmos ventos que, com graça e experiência, tu cortas harmoniosamente... - Andala, bem sabes que a natureza de cada um de nós é diferente, e isso não quer dizer que nunca poderás voar como uma águia. Sê firme no teu propósito e deixa que a águia que vive em ti possa dar rumos diferentes aos teus instintos. Se abrires apenas uma fresta para que esta águia que está em ti te possa guiar, esta dar-te-á a possibilidade de vires a voar tão alto como eu. Acredita! - E assim, a águia preparou-se para levantar vôo, mas voltou-se novamente ao pequeno pássaro que a ouvia atentamente. Andala, apenas mais uma coisa: - Não poderás voar como uma águia, se não treinares incansavelmente por todos os dias. O treino é o que dá conhecimento, fortalecimento e compreensão para que possas dar realidade a teus sonhos. Se não pões em prática a tua vontade, o teu sonho sempre será apenas um sonho. Esta realidade é apenas para aqueles que não temem quebrar limites, crenças, conhecendo o que deve ser realmente conhecido. É para aqueles que acreditam serem livres, e quando trazes a liberdade no teu coração poderás adquirir as formas que desejares, pois já não estarás apegado a nenhuma delas. Serás livre! Um pardal poderá, sempre, transformar-se numa águia, se esta for sua vontade. Confia em ti e voa, entrega as tuas asas aos ventos e aprende o equilíbrio com eles. Tudo é possível para aqueles que compreenderam que são seres livres, basta apenas acreditar, basta apenas confiar na tua capacidade em aprender e ser feliz com tua escolha. Transforme... Quebre os limites... ACREDITE!!! SEJA LIVRE e VOE... 

Bem hajam. Miguel Ferreira

quinta-feira, junho 13, 2013

O Diamante

O Hindu chegou aos arredores de certa aldeia e aí sentou-se para dormir debaixo duma árvore. Chega então a correr, um habitante daquela aldeia e diz, quase sem fôlego:
- Aquela pedra! Eu quero aquela pedra.
- Mas que pedra? Pergunta-lhe o Hindu.
- Ontem à noite, eu vi o meu Senhor Shiva e, num sonho, disse-me que eu viesse aos arredores da cidade, ao pôr-do-sol; aí devia estar o Hindu que me daria uma pedra muito grande e preciosa que me faria rico para sempre.
Então, o Hindu mexeu na sua trouxa e tirou a pedra e foi dizendo:
- Provavelmente é desta que lhe falou; encontrei-a num trilho da floresta, alguns dias atrás; podes levá-la! E assim falando, ofereceu-lhe a pedra.
O homem olhou maravilhado para a pedra. Era um diamante e, talvez, o maior jamais visto no mundo.
Pegou, pois, o diamante e foi-se embora. Mas, quando veio a noite, ele virava de um lado para o outro na sua cama sem conseguir dormir. Então, ao romper do dia, foi ver novamente o Hindu e o despertou dizendo:
- Eu quero que me dê essa riqueza que lhe tornou possível desfazer-se de um diamante tão grande assim tão facilmente!

Bem hajam.


Miguel Ferreira

sábado, maio 25, 2013

Você é importante

Um certo homem fazia parte de um grupo. Participava activamente duma grande parte das actividades sociais do mesmo. Porém um dia permitiu ser dotado de um sentimento de "inutilidade" e distanciou-se do grupo. O líder deste grupo sentiu a sua falta e para todos aos quais o líder interpelava diziam não saber do destino daquele homem. O líder resolveu, então, ir até a casa daquele cidadão. Bateu à porta e para sua surpresa quem o atendeu era justamente o tal "homem desaparecido". O líder entrou e sentou-se ao lado do homem em frente ao calor de uma lareira. Ficaram ali por alguns instantes sem se falarem e apenas a observar a madeira a transformar-se em brasas. Foi aí que o sábio líder escolheu a brasa que em mais ardência se encontrava e retirou-a da lareira, colocou-a no chão e em poucos minutos a brasa, outrora incandescente, transformara-se num pedaço de madeira gélido. A seguir, pegou a tal madeira gélida e devolveu para junto das outras brasas. Em segundos a madeira foi tomada pelo calor das demais e voltou a ser a brasa mais incandescente da lareira. O líder olhou para os olhos do homem, sorriu e foi em direcção à porta.
 
O homem toca nas costas do líder e diz: “Irei consigo!”

Pense nisto…

Miguel Ferreira

sábado, maio 18, 2013

5 Frases de Albert Einstein

5 Frases de Buda

5 Frases de Bill Gates

5 Frases de Steve Jobs

Steve Jobs em Stanford (legendado) [parte 2]

Steve Jobs em Stanford (legendado) [parte 1]

domingo, maio 12, 2013

Ousar para mudar


Um filósofo passeava num bosque com o seu discípulo. O tema da conversa, naquela tarde, era sobre os encontros com que deparamos na nossa vida. Ensinava o filósofo que um encontro é sempre uma surpresa que nos mostra o novo, e o encanto das coisas que não conhecemos; dos caminhos que podemos descobrir. Um encontro é sempre uma oportunidade para aprender, para crescer e para ensinar. Num determinado momento, passavam em frente a um portal de aparência miserável, que contrastava com uma propriedade bem situada num parque de rara beleza. "Olha este lugar, comentou o discípulo: é mesmo como o mestre diz: muita gente está no paraíso, sem se dar conta disso. Num belo sítio como este, vive-se miseravelmente." Mas o mestre explicou: "não podemos julgar à primeira vista: precisamos verificar as causas, pois só entendemos o mundo quando entendemos as causas que o fazem mover". Bateram à porta e foram recebidos pelos moradores do casebre: um casal e três filhos, com as roupas sujas e rotas. "Vocês vivem aqui no meio da floresta, não há nenhum comércio por aqui perto", - disse o mestre ao pai da família. "Como é que conseguem viver?" “Meu amigo, respondeu o homem, - nós temos uma vaquinha, que nos dá uns litros de leite todos os dias. Vendemos uma parte do leite e compramos o que é necessário na cidade vizinha. Com a outra parte fazemos queijo e manteiga para comermos. E assim vamos vivendo e Deus é servido." O filósofo agradeceu a hospitalidade e a informação e os dois prosseguiram a sua viagem. Um pouco mais adiante, passaram ao lado de um poço. Diz o filósofo ao aluno: "Vai procurar a vaca daquele senhor e manda-a para o poço." "Como assim, se ele só tem aquela vaca para a sua sobrevivência?" Mas o filósofo não deu resposta e o aluno lá foi procurar a vaca e mandou-a para o poço. O discípulo nunca mais esqueceu aquela cena. Passados muitos anos, quando já era um empresário de sucesso, o discípulo decidiu voltar ao mesmo lugar, confessar àquela família o que tinha feito, pedir-lhe perdão e ajudá-la financeiramente. Mas qual não foi seu espanto ao ver aquele lugar transformado numa bela quinta, com árvores floridas, carro na garagem e algumas crianças a brincar no jardim. O homem ficou ainda mais desesperado pensando que aquela humilde família tinha sido obrigada a vender a propriedade para sobreviver. Apressou o passo e foi recebido por um caseiro muito simpático. "Para onde foi a família que aqui vivia há uns quinze anos?" "Continua aqui, são eles os donos da quinta", foi a resposta. Surpreendido, quis falar com o proprietário. Este logo o reconheceu e perguntou-lhe como estava o filósofo. Mas o discípulo estava ansioso por saber como é que ele tinha conseguido melhorar a quinta e mudar tudo… "Bem, disse ele - nós tínhamos uma vaca com que nos sustentávamos. Acontece, porém, que ela caiu no poço e morreu. Então para manter a família, tive que plantar uma horta com legumes. As plantas levavam tempo para crescer e vi-me obrigado a cortar madeira para vender. Ao fazê-lo tive que replantar as plantas e precisei comprar sementes. Ao comprá-las, lembrei-me da roupa dos meus filhos e pensei que pudesse cultivar algodão. Passei um ano difícil; mas, quando a ceifa chegou, eu já estava a vender legumes, algodão e ervas aromáticas. Nunca me tinha dado conta do potencial que tinha aqui. Foi uma sorte danada aquela vaca ter morrido!
Bem hajam.

Miguel Ferreira