terça-feira, maio 31, 2011

O Mestre e o Samurai


Certo dia, um Samurai, que era um guerreiro muito orgulhoso, veio ver um Mestre Zen.

Embora fosse muito famoso, ao olhar o Mestre, a sua beleza e o encanto daquele momento, o samurai sentiu-se repentinamente inferior.

Ele então disse ao Mestre:
- "Por que me estou a sentir inferior? Apenas um momento atrás, tudo estava bem. Quando aqui entrei, subitamente senti-me inferior e jamais me sentira assim antes. Encarei a morte muitas vezes, mas nunca experimentei medo algum.

Por que me estou a sentir assustado agora?"

O Mestre falou:
- "Espere. Quando todos tiverem partido, responderei."

Durante todo o dia, pessoas chegavam para ver o Mestre e o samurai estava a ficar mais e mais cansado de esperar.

Ao anoitecer, quando o quarto estava vazio, o samurai perguntou novamente:

- "Agora você pode-me responder porque me sinto inferior?"

O Mestre levou-o para fora. Era uma noite de lua cheia e a lua estava justamente surgindo no horizonte. Ele disse:

- "Olhe para estas duas árvores: a árvore alta e a árvore pequena ao seu lado.

Ambas estiveram juntas ao lado de minha janela durante anos e nunca houve problema algum. A árvore menor jamais disse à maior:

"Por que me sinto inferior diante de você?"

Esta árvore é pequena e aquela é grande - este é o facto e nunca ouvi sussurro algum sobre isso."

O samurai então argumentou:

- "Isto dá-se porque elas não se podem comparar."

E o Mestre replicou:

"Então não precisa perguntar-me. Você sabe a resposta. Quando você não compara, toda a inferioridade e superioridade desaparecem. Você é o que é e simplesmente existe. Um pequeno arbusto ou uma grande e alta árvore, não importa, você é você mesmo. Uma folhinha da relva é tão necessária quanto a maior das estrelas. O canto de um pássaro é tão necessário quanto qualquer Buda, pois o mundo será menos rico se este canto desaparecer.

Olhe simplesmente à sua volta. Tudo é necessário e tudo se encaixa. É uma unidade orgânica: ninguém é mais alto ou mais baixo, ninguém é superior ou inferior.
Cada um é incomparavelmente único. Você é necessário e basta. Na natureza, o tamanho não importa.

Tudo é expressão igual de vida.

Como se organiza para liderar


Penny Tompkins e James Lawley

O mau líder é aquele que as pessoas desprezam.
O bom líder é aquele que as pessoas elogiam.
O grande líder é aquele que as pessoas dizem "Nós fizemo-lo".
(parafraseado de Lao Tzu)

Hoje em dia muito se fala sobre liderança no mundo empresarial. Será que é por isso que o conceito de liderança é um dos mais difíceis de definir? Esse artigo combina a PNL com outras abordagens para explorar as substantivações que rotulamos como liderança e administração.
Combinando o conceito de Produtor, Gerente e Líder de Stephen Covey com o modelo dos Níveis Neurológicos de Robert Dilts, encontraremos um excelente modelo que nos poderá ajudar a criar uma maneira útil de acompanhar e liderar a comunidade empresarial, permitindo introduzir as ideias de "papéis funcionais" e "níveis de processo" numa linguagem facilmente assimilada em qualquer ambiente organizacional. A relação entre a organização, o papel funcional e os indivíduos pode ser expressa esquematicamente como:

Organização
Função
Indivíduo
Cultura
Líder
Crenças e valores
Processos
Gerente
Capacidades
Produção
Produtor
Comportamento

Bem no início dos treinos, apresentamos estas ideias para que proporcionem um excelente ponto de partida para explorar a questão: "O que é um líder?" Estas ideias também fornecem uma estrutura que pode ser comparada e contrastada com outros modelos. Há uma variedade de exercícios (muitas vezes utilizando a classificação espacial) que podem ajudar as pessoas a terem uma representação completa de cada função. Elas podem, então, analisar se as funções estão relacionadas ao contexto, o tempo que elas atribuem a cada função e os efeitos sobre aqueles ao seu redor. O nosso objectivo é que os participantes compreendam que têm escolha sobre as suas acções e no aumento da flexibilidade comportamental.
Um dos aspectos mais úteis desse modelo é identificar como os níveis mais elevados impactam sobre os níveis mais baixos e vice-versa. Descobrimos que uma meta consistente dos indivíduos e das organizações é semelhante a operar com todos os níveis alinhados.
Abaixo está um artigo que introduz estas ideias sem usar a linguagem da PNL. Foi publicado pela primeira vez de forma resumida na revista The Know, publicada pela Excel Communications (HRD) Ltd.
Uma resposta comum à pergunta "Qual é a diferença entre um produtor, um gerente e um líder?" é "os produtores produzem, os gerentes administram e os líderes... bem, dizem às pessoas o que fazer."
Essa resposta pode ter sido correcta no passado. No entanto, com a sempre crescente mudança tecnológica, a contínua redução do tempo em que as empresas permanecem como entidades, e com os factores de transformação ambiental, político e social que mudam de um dia para o outro, isto já não é bem assim.
Todas as definições antigas, rígidas e práticas de trabalho, estão a dar lugar a novos paradigmas da organização, da força de trabalho e mais definitivamente da liderança.

Pensamento limitador

Ao pensar nas pessoas como produtores, gerentes ou líderes deixamos escapar o que é realmente importante. Estas são funções que todos precisamos desempenhar em diferentes épocas e em diferentes situações. Quando ocupamos habitualmente qualquer uma destas funções, limitamo-nos... e aos outros.
Adoptar esta nova perspectiva leva-nos a perguntar: "Qual a função mais apropriada para que se dê uma maior contribuição numa determinada situação, num determinado momento?"
As decisões e as acções que se tomam baseados na resposta a esta questão são passíveis de terem consequências profundas para si e para a sua organização. Então vamos olhar estas funções mais detalhadamente.

A função Produtor

O Produtor está preocupado principalmente em gerir o seu próprio comportamento para fazer mudanças no ambiente externo. Noutras palavras, os Produtores focam-se no resultado e podem usar ferramentas para aumentar a produtividade. Enquanto eu estiver sentado, a escrever ao computador a escrever este artigo, eu estou no modo Produtor. No aspecto negativo, os Produtores raramente delegam e, portanto, estão limitados pela quantidade que eles próprios podem fazer, podendo ficar sobrecarregados e muitas vezes ressentidos com uma suposta falta de apoio. Os Produtores são, por vezes, conhecidos por dizer: "É mais rápido fazer sozinho do estar a explicar a alguém como fazê-lo."

A função Gerente

O Gerente está focado em gerir as capacidades das pessoas e dos sistemas em que está envolvido. Como diz Stephen Covey: "Os gerentes entendem a necessidade da estrutura e dos sistemas – particularmente o treino, a comunicação, a informação e os sistemas de remuneração – e a necessidade dos procedimentos e das práticas padrões. Grande parte da produção pode ser feita no piloto automático. Os Gerentes tendem a focar-se na eficiência ao invés da eficácia - fazer certo as coisas em vez de fazer as coisas certas."

A função do Líder

O Líder está interessado em alinhar as crenças e os valores das pessoas com os objectivos gerais e a visão da organização. Na função como Líder, pode efectuar mudanças ao fornecer orientação, ao colocar um exemplo, ao motivar por inspiração, por formar equipas com base no respeito e na confiança. Um Líder está focado em resultados em vez de métodos, sistemas e procedimentos. Os Líderes perguntam-se "Qual é a finalidade?" e "Quais são as consequências para o sistema como um todo?"
Muitas pessoas que trabalham por conta própria estão a aprender a importância de alocar um tempo suficiente para elas mesmas executarem cada função. Sem um Produtor nada é feito. Sem um Gerente, tempo e recursos preciosos são desperdiçados. Sem Liderança, o Produtor e o Gerente oscilam de um objectivo a curto prazo para outro, muitas vezes esvaziando o reservatório de motivação no processo.
Assim, desempenhar estas funções não é sobre a posição que ocupa, é sobre a sua capacidade de se mover entre elas. Quanto mais alto na estrutura organizacional, mais influência potencial tem, mas está a exercer esta influência como um Produtor, um Gerente ou um Líder? Deixe-me contar sobre o George...

Santo George!

George era um operador de máquinas experiente. Era o tipo de pessoa que não se prestava atenção. Só depois dum desastre no seu bloco habitacional é que as suas qualidades foram reconhecidas e, mais tarde, utilizadas.
Houve um incêndio no qual morreram os três filhos de um casal que também perdeu todos os seus pertences... tudo. Estavam desolados e em estado de choque. Sem fazer alarde e despretensiosamente, George contactou os serviços sociais e organizou o apoio para estas pessoas: um lugar para ficarem, vizinhos para ajudarem e uma colecta por toda cidade para repor os seus pertences queimados.
As crianças do bairro queriam contribuir em memória dos amigos que tinham morrido e vieram falar com George. Este sugeriu que formassem equipas e se mobilizassem para limpar a área e reparar o parque infantil. Todos eles fizeram isto e o espírito de comunidade, gerado e estimulado como resultado das acções do George, fez do loteamento um lugar mais feliz e mais seguro para todos.
De volta ao trabalho, George recebeu a admiração dos seus colegas. Logo foi inscrito num curso de treino para operador qualificado. E a última vez que sobre dele, estava como o encarregado principal da fabricação de máquinas. Assim, o Produtor George também foi o Líder George e agora é o Gerente George. George ainda é o George. O que mudou para liberar as suas habilidades latentes foi o contexto. Este por sua vez influenciou as atitudes e um círculo virtuoso foi criado.

Vazando valores e liderando os valores

Outro exemplo, de um fabricante escocês, irá mostrar a influência subtil, porém poderosa, que a aplicação destas funções pode ter em toda uma empresa.
Diversas válvulas fornecidas às plataformas do Mar do Norte estavam a vazar por defeito nos anéis de vedação. Uma plataforma teve de parar completamente a produção e outras pareciam propensas a seguirem o mesmo caminho. Eram necessárias, rapidamente, novas válvulas de reposição a para preservar a reputação da empresa e manter os pedidos no futuro.
Toda a força de trabalho foi convidada a mudar para um sistema de turnos de 24 horas para fabricar as válvulas de reposição. Isto incluiu a Direcção que se juntou à equipe da produção no chão de fábrica. Às vezes, os trabalhadores do chão de fábrica podiam ser vistos a mostrar aos Directores o que fazer, sugerindo a melhor forma para concluir o trabalho. As válvulas foram produzidas em tempo recorde, a empresa obteve um aumento nos pedidos e tornou-se líder mundial neste campo.
Podemos notar que, neste caso os Directores tornaram-se Produtores e os operadores de máquinas tornaram-se Gerentes. Bem, então quem eram os Líderes?

Administração de crise ou liderança com princípios

Num certo nível, este exemplo pode ser visto como "combate ao incêndio" ou "administração de crise", a menos que olhe para as consequências mais profundas.
  • Em primeiro lugar, nesta parte da Escócia em meados da década de 1970, a mão-de-obra não estava acostumada a ver os Directores, muito menos trabalhar ao lado deles como uma equipa.
  • Em segundo lugar, o fornecedor responsável pelos anéis defeituosos não foi repreendido. Em vez disso, receberam apoio para planear melhores procedimentos para garantir que o produto fosse fabricado segundo as normas de qualidade exigidas.
  • Em terceiro, a atitude dos trabalhadores com os "chefes" e com toda a empresa mudou visivelmente após este episódio. As crenças e os valores dos Directores, embora nunca documentados ou descritos anteriormente, foram visivelmente demonstrados. Isto por sua vez influenciou as crenças e os valores de todos os trabalhadores. E foi apenas o começo do novo modo dos Directores desta empresa manifestarem a sua função como Líderes.
A empresa nunca mais teve este problema e, na década seguinte, pode orgulhar-se de possuir as melhores relações de trabalho de todas as indústrias da região.

CQT ou LCQ?

A administração de crises geralmente produz cinismo e desaprovação. Então, qual foi a diferença que fez a diferença neste caso? Para nós, foi a intenção, o compromisso e a congruência (alinhamento dos valores) daqueles mostrando a liderança. Neste exemplo, toda a força de trabalho foi influenciada sem um único seminário de Controle da Qualidade Total (CQT) ou um regulamento bem definido.
É óbvio que os programas de controle de qualidade são valiosos, e nós mesmos já nos envolvemos em alguns deles. No entanto, é nossa opinião de que esses programas irão terminar em slogans vazios se uma Liderança Consistente em Qualidade (LCQ!) não for demonstrada.

Excelentes líderes

Para saber a diferença entre um Produtor, um Gerente e um Líder, pode começar a perguntar-se: "Qual é AGORA a função mais adequada?" Todos nós temos o potencial para assumir as três funções. No entanto, será que tem a capacidade de reconhecer quando uma função é exigida e ser capaz de mudar de acordo com a sua vontade?
Robert Dilts realizou uma pesquisa fascinante sobre liderança com a Fiat em Itália. Utilizando os princípios da Programação Neurolinguística (PNL), ele estudou qual é a diferença entre quem é um excelente líder e quem é apenas competente.
Os líderes "naturais" têm inúmeras coisas em comum: expõem com precisão as visões comuns, definem os valores pelos quais operam, alinham-se congruentemente com a visão e os valores deles, e agem com sabedoria, isto é, avaliando com precisão as consequências para o sistema maior. Noutras palavras, os líderes naturais, não nascem, são construídos de dentro para fora. Como diz Peter Senge:
"A maioria dos destacados líderes com quem trabalhei não eram nem altos nem especialmente bonitos. Muitas vezes eram oradores medíocres, não se destacavam numa multidão, e nem hipnotizavam uma plateia com a sua genialidade ou a eloquência. Ao contrário, o que os distinguia era a sua clareza e o poder de persuasão das suas ideias, a profundidade do seu comprometimento e a sua franqueza para continuamente aprenderem mais."

A cerca de 30 anos que a PNL tem fornecido as técnicas e as metodologias para a transferência dos padrões de excelência de um indivíduo para uma infinidade de outros. Enquanto a maioria das outras abordagens supre "o que fazer", a PNL está estabelecida somente para fornecer "o como fazer".

No nosso trabalho com os líderes e os gerentes de diversos tipos de indústrias, temos visto os benefícios da aplicação da tecnologia da PNL. Os aumentos resultantes na produtividade, na eficiência e na eficácia precisam ser experimentados para serem aceitos.

James Lawley e Penny Tompkins são psicoterapeutas registrados na Grã Bretanha pela United Kingdom Council for Psychotherapy (UKCP). Residem em Londres e ensinam no mundo inteiro. São os autores de Metaphors in Mind: Transformation through Symbolic Modelling.

Crenças Limitadoras


Era uma vez uma gaivota que pôs um ovo num galinheiro e depois teve que voar para longe. As galinhas chocaram o ovo e adoptaram a pequena gaivota como se fosse uma delas. A pequena gaivota foi crescendo e fazia como todas as outras: andava pelo galinheiro, debicava o chão, imitava as outras em tudo. Mas um dia viu uma gaivota a voar no céu. Excitada chamou a atenção das outras galinhas para aquele objecto estranho e nunca visto. Ninguém lhe ligou e continuaram indiferentes. Mas a pequena gaivota estava com pulos no coração e insistiu, insistiu: vejam aquela coisa, que espectáculo, também gostava de fazer. Deixa-te disso, disseram as galinhas, aquilo não é para nós. Nós não voamos, somos galinhas! Come e cala-te! A história pode ter dois finais:

A) A pequena gaivota conformou-se, continuou a debicar o chão e nunca voou, apesar de estar apetrechada para isso :-(

B) A pequena gaivota respirou fundo e acreditou nos pulos do seu coração. Um pouco afastada das outras galinhas começou a ensaiar pequenos voos. Falhou nas primeiras tentativas mas persistiu no seu sonho, apesar dos risinhos de algumas galinhas. Por fim conseguiu voar, aproveitou uma abertura na porta do galinheiro e lançou-se no ar. :-)

Cada um que escolha as suas "galinhas" que quer transformar em "gaivotas".
Na realidade, todos temos uma gaivota dentro de nós que quer voar!
Mas muitas vezes escolhemos ouvir as galinhas (crenças limitadoras) da nossa vida! Podem ser a nossa família, a sociedade, religião, etc... Algo em que escolhemos acreditar! Se acreditas que não podes voar! Então nunca irás voar! Se escolhes voar? Tenta, tenta muito. Falha, falha muito. Mas acredita que vais voar! E um dia! Um dia isso vai acontecer...

Bem hajam e bons voos.
Miguel Ferreira
Psicopedagogo Clínico,
Master Practitioner Trainer em Programação Neurolinguística (PNL).

sábado, maio 28, 2011

Só você pode oferecer a si mesmo a liberdade


Se tem algo que o(a) apoquenta, uma convicção limitadora, uma sensação desagradável num determinado contexto,
se tem amor à (sua) Verdade e quer conhecer a (sua) Verdade pode fazer-se 4 perguntas:
1. É verdade?
2. Está absolutamente seguro(a) de que sabe que é verdade?
3. Como reage quando pensa assim?
4. Que pessoa seria sem esse pensamento?
(Ofereça ao problema a possibilidade de se exprimir)