domingo, maio 22, 2011

O Padrão do Perdão

(Connirae e Steve Andreas)

Este padrão foi desenvolvido por Connirae e Steve Andreas, juntamente com os participantes de um seminário intensivo de seis dias, realizado em Março de 1990. É útil para qualquer pessoa que esteja com raiva ou ressentida, principalmente se for uma situação duradoura e se o indivíduo que praticou a ofensa já tenha falecido ou afastado da vida da pessoa. O esquema deste padrão pressupõe um considerável treino em PNL, particularmente em submodalidades e mudança (e alinhamento) de posições perceptivas.
Significado Geral. O objectivo deste padrão é trazer paz e solução à pessoa que está a sentir raiva ou ressentimento. Perdoar os outros (ou a si próprio) não significa aceitar o comportamento que nos prejudicou (ou prejudicou a outros), nem a renúncia aos valores que foram violados. Uma parte importante do padrão consiste em reafirmar os seus próprios valores e critérios e usá-los para desenvolver maneiras de lidar com eles, com recursos. A solução e integração criadas pelo perdão tornará mais fácil a tomada de atitude para manter os seus valores e padrões no futuro.

1. Ressentimento/Raiva. Identifique a pessoa e o incidente que o faz permanecer com raiva ou ressentido, em relação aos quais gostaria de chegar a um sentimento de perdão e solução. Verifique de que maneira pensa sobre essa pessoa ou incidente agora. (Calibre as respostas não verbais do cliente).

2. Perdão. Identifique uma experiência de perdão que teve no passado. Existem duas escolhas principais para esta experiência de recursos:

        a) Uma vez ficou ressentido com alguém, mas quando pensa nessa pessoa agora, tem um sentimento de perdão e compaixão.

        b) Alguém o prejudicou e você perdoou-o imediatamente, porque reconheceu que ele o prejudicou acidentalmente, ou que estava a fazer o melhor que podia, etc. Por exemplo, uma criança que o magoou, e você instantaneamente reconheceu que ela não podia agir de modo diferente, ou compreender as consequências daquilo que fez. (Calibre as respostas não verbais do cliente).

3. Análise contrastante. Compare as experiências dos passos 1. e 2. para determinar as diferenças de submodalidades entre as duas, particularmente a localização.

4. Teste as diferentes submodalidades. Uma de cada vez, mude as submodalidades a respeito da experiência de ressentimento/raiva, para torná-la semelhante à experiência de perdão. Verifique quais as submodalidades "impulsionadoras" mais poderosos para mudar o ressentimento/ raiva em perdão. (Tipicamente, a localização será a mais forte).

5. Verifique a Ecologia. "Alguma parte de si tem objecção a perdoar essa pessoa?" As objecções mais comuns são de dois tipos:

         6. Significado. O perdão significaria concordar com o comportamento prejudicial que     violou os valores e padrões da pessoa, ou algo sobre o próprio cliente. Ressignifique.

      7. O perdão eliminaria uma função positiva, por exemplo, evitar a repetição de tal evento. Separe a função positiva da raiva ou do perdão, e ofereça respostas comportamentais específicas para realizar essa função protectora sem necessidade de se zangar.
Satisfaça todas as objecções – pelo menos condicionalmente –
antes de passar para o passo 7.

8. Passe para "Outra" Posição. Primeiro fique na posição de observador, observando a si próprio e a pessoa que o "prejudicou" de fora, no contexto em que foi prejudicado. Depois entre na outra pessoa, notando o que pode aprender de novo sobre a experiência dela. Que informação conseguiu sobre a maneira como essa pessoa vê, ouve, sente, e compreende os eventos? (Isso será muito mais fácil e mais efectivo após o alinhamento das posições perceptivas.) "Você dá-se conta de que esta pessoa (e você mesmo) estava a fazer o melhor que podia nessa situação, considerando as suas experiências anteriores, conhecimento limitado, ou motivação, etc.?" Certifique-se de que este pressuposto está presente.

9. Transforme o Ressentimento/Raiva em Perdão. Faça isso "mapeando" todas as submodalidades, iniciando com os impulsionadores mais poderosos identificados no passo 4. (Muitas vezes, a mudança de lugar pode ser suficiente). À medida que faz isso, seja sensível a todas as objecções emergentes, ou relutância, e satisfaça-as antes de continuar.

10. Teste. "Pense na pessoa contra a qual tinha ressentimento/raiva. Como se sente agora em relação a ela?" Calibre as respostas não-verbais, comparando com aquilo que observou previamente, nos passos 1. e 2. Geralmente, agora o incidente que o prejudicou pertence ao passado, enquanto a pessoa que foi perdoada está no presente e/ou futuro, e com um sentimento de neutralidade ou compaixão.

11. (Opcional) Generalização na Linha do Tempo. Se a pessoa teve muitas experiências de ressentimento/raiva, poderá ser útil fazer a experiência de saber como perdoar, entrar na linha do tempo, depois voltar na linha do tempo antes dessas experiências de ressentimento e raiva terem ocorrido. Deixe-se andar no tempo até o presente, enquanto o seu inconsciente transforma essas experiências. Esse processo de "re-escolha" pode ter um impacto dramático sobre um grande número de experiências passadas e também instalar o perdão como uma capacidade "através do tempo" que vem a tornar-se parte do sentido de si mesma da pessoa, no presente e no futuro.

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