quinta-feira, dezembro 30, 2010

Propulsores

Propulsores são declarações da necessidade, por exemplo, "Tenho que terminar este artigo." "Preciso arrumar a minha casa." "Devo visitar o meu amigo."
Nenhuma destas afirmações implica que a pessoa que as menciona realmente queira fazer estas coisas.
Para a maioria das pessoas, "tenho que", "preciso" e "devo" vêm sempre acompanhados duma sensação de tensão. "Preciso arrumar a minha casa." "Devo visitar o meu amigo." Estas palavras são características de comportamento dirigido por propulsores, e muitas vezes a "propulsão" vem doutra pessoa, mesmo que seja alguém do passado, os pais ou talvez um professor. Talvez “eles” acreditassem que deveria manter a sua casa limpa.
Resultados contendo palavras como "preciso", "devo" ou "tenho que" perdem o poder, pois as palavras sugerem resultados que pertencem a outra pessoa. Os seus verdadeiros resultados contêm palavras como "realmente quero" e "posso". As palavras utilizadas por si são expressão da sua experiência. Ocasionam diferentes tipos de sentimentos, que, por sua vez, influenciam o seu potencial e sua capacidade de conseguir o que realmente deseja.

terça-feira, dezembro 28, 2010

Estar do lado da Causa - Assuma a responsabilidade.

Um famoso provérbio diz que “O homem planeia, e Deus ri”. Talvez você conheça esta sensação? A música Ironic, de Alanis Morissette, é repleta de bons exemplos: chuva no dia do seu casamento, congestionamento quando se está atrasado… E daí Alanis resume tudo na sua conclusão: “Well, life has a funny way of sneaking up on you. When you think everything’s okay and everything’s going right” (“Bem, a vida tem uma maneira engraçada de nos pregar partidas. Quando pensa que está tudo bem e que tudo está correndo da maneira certa”).
As pesquisas mostram que a noção que as pessoas têm de controlo sobre as suas próprias vidas é um dos factores primordiais para o seu bem-estar psicológico. Mas se “o homem planeia e Deus ri”, isso não quer dizer que não temos controlo nenhum? Se não podemos controlar o comportamento dos outros, os seus pensamentos e sentimentos, nem as forças da natureza, o tráfico, as notícias, como é que podemos ter algum senso de controlo sobre nossas vidas?
A resposta, é claro, pois o facto é que temos pleno controlo sobre as nossas próprias acções, pensamentos e sentimentos. Quando está a conduzir, não tem controlo sobre os outros condutores, sobre as poças de óleo ou os buracos na estrada, mas controla o seu próprio veículo.
Isso, à primeira vista, parece bastante óbvio, mas pense um pouco e verá que isto não é tão trivial assim. É sempre mais fácil culpar os outros e as circunstâncias do que assumir as responsabilidades.
Isto faz-me lembrar a história daquela esposa que me contava: “quando o meu marido se irrita, eu tento acalmá-lo. Muitas vezes, ele responde-me: “Não me consigo acalmar, TU deixaste-me irritado”. Invariavelmente esta situação repetia-se e o desfecho essa quase sempre o mesmo: “TU deixaste-me irritado”. Ao fim de algum tempo, esta senhora compreendeu, ela sabia que ele não podia controlar as suas acções e a sua forma de falar com ele, e se foram as suas acções que o deixaram irritado, então era da sua responsabilidade mudar tudo! Bem, o facto é que o seu marido poderia controlar os seus pensamentos e sentimentos que as suas acções lhe provocavam e com isso controlar a maneira como iria reagir. Mas isso parece tão mais difícil que “Vou ficar furioso e então ela vai deixar-me ter o meu espaço e continuar o meu futebol na TV”. Parece sempre, ser mais fácil mudar as outras pessoas e mudar a realidade do que assumir a responsabilidade, mas não é bem assim.
Da próxima vez em que reclamar dos outros ou da falta de sorte, experimente este exercício simples: escreva num papel cinco coisas que poderia fazer que estejam sob o seu controle. Escolha uma e ponha-a em prática. Para mim funciona sempre. Lembre-se sempre que as coisas que não pode controlar, também podem agir a seu favor! Como também refere a cantora Alanis na sua música: “And life has a funny way of helping you out. When you think everything’s gone wrong and everything blows up in your face” (“E a vida tem uma maneira engraçada de ajudá-lo. Quando pensa que tudo deu errado e tudo explode na sua cara”).
A frase “há males que vêm por bem” é bem conhecida e não conheço ninguém que nunca tenha vivenciado algo que pudesse se explicar como indesejado, inconveniente, incómodo ou simplesmente negativo mas que acabou num resultado extremamente positivo.
A vontade de controlar tudo à nossa volta vem do nosso ego, que mimado e vaidoso, não quer que absolutamente nada corra mal ou ocorra de maneira diferente do esperado. Este seria um assunto extensivo e complicado demais para abordarmos aqui e agora!
A mensagem que quero deixar é de que acima de tudo a responsabilidade sobre como nos vamos sentir sobre os acontecimentos nas nossas vidas é nossa e não têm argumento contra isto, porque afinal de contas, quem é que escolhe ficar triste, enervado, deprimido, frustrado ou no outro oposto, alegre, motivado, tranquilo ou entusiasmado somos nós mesmos. É a compreensão desse facto que acaba por fazer toda a diferença em psicoterapia. Enquanto que o “reclamão” (aquele que reclama de tudo e de todos) acha que são os outros e o “destino” que determinam como é que ele se sente e o que faz na vida, aquele que é “pró-activo” e que escolhe não se deixar afectar pelo que os outros fazem e pelas circunstâncias, acaba ganhar por 10-0 a esses outros e mesmo sem querer, é mais produtivo, mais motivado e consequentemente alcança mais e melhores resultados na vida. Faça o favor de assumir a responsabilidade pela forma como vive a sua vida.

Bem Hajam e bons resultados.

sexta-feira, dezembro 17, 2010

Ser feliz..." - Fernando Pessoa


"Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes, mas não me esqueço que a minha vida é a maior empresa do mundo.
E que posso evitar que ela vá à falência.
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise…
Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e tornar-se no protagonista da própria história…
É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma…
É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida…
Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos…
É saber falar de si próprio…
É ter coragem para ouvir um "não"…
É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta…
Pedras no caminho?
Guardo-as todas... e um dia vou construir um castelo..."

quarta-feira, dezembro 15, 2010

Stresse – o grande vilão.

O stresse, que costuma ser visto como o grande vilão das nossas vidas, nada mais é do que a pressão imposta a cada um de nós no dia-a-dia. Em si, o stresse é altamente positivo, pois é a mola que nos impele a fazer o que é necessário e nos coloca no melhor do nosso desempenho nos momentos em que somos exigidos.
Esse stresse é natural ao organismo, sendo ele que nos faz agir perante determinada situação, produzindo estimulantes na nossa corrente sanguínea. É graças ao stresse que a espécie humana se perpetuou ao longo da história desde os primórdios, quando os nossos ancestrais tinham de correr ou defenderem-se dos predadores que apareciam de repente.
Esse processo de fabricação de hormonas estimulantes, que nos deixa de repente eufóricos ou capazes de não sentir dores numa situação de risco, é altamente benéfico, sendo muitas vezes um recurso extremo do organismo para nos por a salvo.
É claro, o grande problema é quando o stresse se torna crónico, e nessa altura, torna-se o nosso pior inimigo, um “vilão” capaz de minar a nossa saúde.
A vida do homem moderno parece um “videoclipe”, cheio de luzes, poluição e perigo por todos os lados. É evidente que, neste fluxo incessante de acontecimentos, não há tempo para que o homem se possa adaptar.
A sociedade perdeu o sentido do ser, vivemos em pânico, no meio do caos, querendo ganhar cada vez mais, trabalhar cada vez mais, produzir cada vez mais. O homem pressionado por tantas solicitações esquece-se dele próprio e projecta-se para as coisas à sua volta. É só competir, competir, competir. Estamos a viver um momento em que o “deus mercado” transforma indivíduos em consumidores.
Tudo está voltado para o consumo e o ser humano acaba por se consumir nesta história. Resultado: o homem vive stressado, e uma pessoa stressada tem as portas abertas para qualquer tipo de doença. Assim, se pudermos fugir desse stresse, podemos curar-nos de quase tudo. Ninguém se pode isolar do mundo moderno, mas podemos adoptar atitudes e comportamentos que nos levem de volta ao aconchego e ao silêncio restaurador de cada final de dia.
Os nossos ancestrais não tinham luz eléctrica. A luz constante é um factor de estímulo. Experimente chegar a casa, apagar as luzes, e acender algumas velas: com isso, já diminuiu um pouco do seu grau de stresse. Todos nós temos necessidade do escuro total.
O homem antigo dormia e acordava com o dia. Evite ligar a televisão, um factor altamente stressante, colocando antes uma música calma. Obviamente que é bom procurar o estímulo, mas também o repouso, realizar trabalho, mas também o descanso. Trabalhar, não faz mal, trabalhar muito não faz mal, trabalhar demais também não faz mal. O que não pode é trabalhar indefinidamente, de forma sempre contínua. Lembre-se do exemplo do elástico. Pode esticá-lo, mas lembre-se de o afrouxar para que o possa esticar novamente, pois se o esticar indefinidamente, depois de algum tempo ele pode-se partir e aí não tem remédio! Acho que é assim que deveria ser o dia-a-dia de qualquer pessoa. Muito trabalho não faz mal, desde que possa ser interrompido por momentos de descanso, por períodos de lazer - para que a sua saúde não perca o poder de permitir essa flexibilidade, para que, quando for envolvido no trabalho, a produção possa ser aumentada e assim não correr riscos. Veja o exemplo do coração: trabalha e relaxa durante o tempo todo. O coração é uma filosofia de vida que poucos percebem, ele pode contrair 3 milhões e 500 mil vezes, mas relaxará outros 3 milhões e 500 mil vezes.
Até há bem pouco tempo, as empresas ainda se comunicavam com as suas filiais solicitando algum tipo de informação por telegrama. Tinham que esperar que aquela máquina lenta e barulhenta enviasse a mensagem e depois recebesse a resposta. Era um momento de relax natural porque demorava. Nessas alturas, a pessoa tinha tempo de se esticar, espreguiçar-se e até bocejar. Havia tempo para ir ter com os colegas e até conversar um pouco de banalidades. Podia-se olhar a paisagem e sentir o local em que se estava. Podia sentir a sua vida. É claro que esta pessoa tinha maior poder de concentração, produzindo mais e mantendo um melhor nível de saúde, pois fazia esse importante mecanismo do elástico reduzir um pouco para depois poder esticá-lo novamente. Depois veio o fax, que veio tirar um pouco do sossego das pessoas, pois, ao mesmo tempo que se colocava um papel no fax transmissor, o fax receptor já estava a receber. Era impressionante, como é que um monte de letras que saíam através do fio do telefone pudesse chegar ao outro lado do mundo instantaneamente. De facto, podíamos pensar, isso era muito louco, pois as letrinhas atravessavam oceanos imensos rapidamente e chegavam sem nenhum embaralho. Em termos de tecnologia, isso era o máximo, porém, já era o aumento das solicitações de atenção da pessoa no trabalho, porque, se se passa um fax, de seguida vem outro fax como resposta. Estas coisas instalam-se com tanta facilidade na nossa vida que é difícil imaginar a sua inexistência há tão pouco tempo. Desta maneira o stresse vai-se instalando e a humanidade nem se dá conta. Hoje, de olhos esbugalhados em frente a um microcomputador, o elástico é esticado a toda a hora. Mal se envia esse tal de “e-mail” e já se tem a resposta. Aqueles momentos de relaxamento, em que se tinha a oportunidade de soltar o elástico, já não existem.
Precisamos convencer-nos e aos nossos chefes, definitivamente, de que o ser humano não é uma máquina e, embora os estímulos não cessem, o homem pode reaprender que parar é essencial, resgatando intimamente o seu ancestral que acendia a fogueira no fim do dia para repensar a vida, integrar o pensado, compreender o aprendido e, enfim, descansar. Dormir profundamente. Deixar brotar o novo dia, para, aí sim, se entregar de novo à nova batalha...

Bem hajam e boas festas.

sábado, dezembro 11, 2010

Nasrudin e o ovo

Certa manhã, Nasrudin colocou um ovo embrulhado num lenço, foi para o meio da praça da sua cidade, e chamou aqueles que estavam ali.

- Hoje vamos ter um importante concurso! A quem descobrir o que está embrulhado neste lenço eu dou de presente o ovo que está dentro!

As pessoas se olharam, intrigadas, e responderam:

- Como podemos saber? Ninguém aqui é capaz de fazer esse tipo de previsões!

Nasrudin insistiu:

- O que está neste lenço tem um centro que é amarelo como uma gema, cercado de um líquido da cor da clara, que por sua vez está contido dentro de uma casca que se parte facilmente. É um símbolo de fertilidade, e lembra-nos dos pássaros que voam para seus ninhos. Então, quem é que me pode dizer o que está aqui escondido?

Todos os habitantes pensavam que Nasrudin tinha um ovo na sua mão, mas a resposta era tão óbvia, que ninguém quis passar vergonha diante dos outros.

E se não fosse um ovo, mas algo muito importante, produto da fértil imaginação mística dos sufis? Um centro amarelo podia significar algo do sol, o líquido em seu redor talvez fosse um preparado alquímico. Não, aquele louco estava a querer fazer alguém passar por ridículo.

Nasrudin perguntou mais duas vezes, e ninguém respondeu.

Então ele abriu o lenço e mostrou a todos o ovo.

- Todos vocês sabiam a resposta - afirmou. - E ninguém ousou reponder.

"É assim a vida daqueles que não tem coragem de arriscar: as soluções são dadas generosamente por Deus, mas estas pessoas sempre procuram explicações mais complicadas, e terminam não fazendo nada."

terça-feira, dezembro 07, 2010

Cuidado com o que pensa

A linguagem dirige os nossos pensamentos para direções específicas e, de alguma maneira, ajuda-nos a criar a nossa realidade, potencializando ou limitando as nossas possibilidades. A habilidade de usar a linguagem com precisão é essencial para nos comunicarmos melhor. A seguir estão algumas palavras e expressões a que devemos estar atentos quando falamos, porque nos podem atrapalhar:

1) Cuidado com a palavra NÃO, a frase que contém "não", para ser compreendida, traz à mente o que está junto com ela. O "não" existe apenas na linguagem e não na experiência. Por exemplo, pense em "não"... (não vem nada à mente). Agora vou pedir-lhe "não pense na cor vermelha", eu pedi para não pensar no vermelho e você pensou. Procure falar no positivo, o que você quer e não o que você não quer;

2) Cuidado com a palavra MAS, que nega tudo que vem antes. Por exemplo, "o Pedro é um rapaz inteligente, esforçado, mas.....". Substitua MAS por E quando indicado;

3) Cuidado com a palavra TENTAR que pressupõe a possibilidade de falha. Por exemplo, "vou tentar encontrar-me contigo amanhã às 8 horas". Tenho grande hipotese de não ir, pois, vou "tentar". Evite "tentar", FAÇA;

4) Cuidado com as palavras DEVO, TENHO QUE ou PRECISO, que pressupõem que algo externo controla a sua vida. Em vez delas, use QUERO, DECIDO, VOU;

5) Cuidado com NÃO POSSO ou NÃO CONSIGO, que dão a idéia de incapacidade pessoal. Use NÃO QUERO, DECIDO NÃO, ou NÃO PODIA, NÃO CONSEGUIA, que pressupõe que vai poder ou conseguir;

6) Fale dos problemas ou das descrições negativas de si mesmo utilizando o verbo no tempo passado. Isto libera o presente. Por exemplo, "eu tinha dificuldade de fazer isso";

7) Fale das mudanças desejadas para o futuro utilizando o tempo presente do verbo. Por exemplo, em vez de dizer "vou conseguir", diga "estou a conseguir";

8) Substitua SE por QUANDO. Por exemplo, em vez de falar "se eu conseguir ganhar dinheiro vou viajar", fale "quando eu conseguir ganhar dinheiro vou viajar". Quando pressupõe que você está a decidir;

9) Substitua ESPERO por SEI. Por exemplo, em vez de falar, "eu espero aprender isso", fale: "eu sei que eu vou aprender isso". Esperar suscita dúvidas e enfraquece a linguagem;

10) Substitua o CONDICIONAL pelo PRESENTE. Por exemplo, em vez de dizer "eu gostaria de agradecer a vocês", diga "eu agradeço a vocês". O verbo no presente fica mais concreto e mais forte.


OBJETIVOS E PROBLEMAS

Resultados, alvos, metas, objetivos todas essas palavras expressam a idéia de ir daqui para lá – de uma situação presente que está, de certa maneira, insatisfatória para uma situação desejada melhor que a actual.

Um objetivo não é o mesmo que uma tarefa.

Um objetivo ou resultado é o que quer.

Uma tarefa é o que tem que fazer para alcançá-lo.

Existem dois aspectos em relação aos objetivos:

- Reflexão sobre o objetivo – decidir o que quer numa dada situação.

- Orientação para o objectivo – pensar consistentemente nos objectivos e assim ter uma direcção geral e um propósito na vida. Até saber o que quer, o que fizer será a mesmo e os seus resultados serão aleatórios. A reflexão sobre o objetivo dá-lhe controle sobre para onde se dirige e é essencial na empresa.

A reflexão sobre o objetivo muda a pergunta de O que está errado?" para "O que eu quero?"

A reflexão sobre o objetivo é mais do que uma reflexão sobre a solução. Uma vez que definiu o problema, isso leva-o em direção à solução de uma maneira estruturada.

Perguntas com uma orientação para o objetivo são:

- O que é que quer?

- O que é que quer ao invés da situação actual?

- Que recursos é que tem?

- Como é que se sentirá quando resolver o problema?

O oposto de pensar no objectivo é pensar na situação a ser resolvida. Isso concentra-o no que está errado. Muitas pessoas ficam perdidas num labirinto de problemas, buscando a história, custo, consequências e quem é o culpado.

Pensar no problema gera perguntas como:

- O que está errado?

- Quão grande é esse problema?

- Há quanto tempo o problema está a acontecer?

- Porque é que não o resolveu ainda?

- Porque é que o tolera?

- Qual é o pior exemplo desse problema?

- De quem é a culpa?

Essas perguntas ou focalizam no passado ou no presente. Elas também fazem com que a pessoa fique completamente associada ao problema e se sinta mal com isso.

Focalizar no problema, frequentemente, induz a um estado sem recursos que o torna ainda mais difícil de lidar.

Focalize no que deseja e o universo irá conspirar para que o consiga.

Mas tem que acreditar.

Adaptado de Joseph O'Connor

quarta-feira, dezembro 01, 2010

PNL: utilização das suas técnicas e pressupostos

O termo "Programação" vem da computação e consiste na instalação dum plano ou estratégia, ou dum programa no nosso sistema neurológico. Desta forma, condicionamos o nosso cérebro, programando-o para obter um resultado específico.
Por exemplo, para conduzir um automóvel, no inicio praticamos por partes e depois, com o tempo e com a prática, a habilidade torna-se automática.
Portanto, um programa fornece um caminho ao nosso sistema neurológico, indicando-lhe uma direcção a seguir, sendo esse caminho fortalecido pela prática e enfraquecido pela ausência desta. Assim, quer dizer que possuímos programas para tudo, inclusive para nos sentirmos felizes ou tristes.
Um exemplo extremo dum programa é a fobia (medos intensos, incontroláveis, geralmente desproporcionais aos elementos que os causam, como o medo de baratas, ratos, altura, etc). Uma fobia também acontece através de um condicionamento, em que uma emoção intensa é associada a um objecto, animal ou situação, o qual, a partir de então, terá o poder de causar aquela emoção.
O termo "Neuro" refere-se ao sistema nervoso, através do qual recebemos e processamos informações que chegam através dos cinco sentidos: visual, auditivo, táctil-proprioceptivo, olfactivo e gustativo. O termo "Linguística" diz respeito a linguagem verbal e não verbal, através das quais as informações recebidas são codificadas, organizadas e recebem significado. Inclui imagens, sons / palavras, sensações / sentimentos, sabores e odores. Simplificando muito, poderíamos dizer que é o que nos permite "traduzir" as informações recebidas.
O termo "Linguística" está relacionado também ao modelo de linguagem que um indivíduo possui, e que lhe permite interagir com o mundo exterior. Este modelo amplia ou reduz a compreensão do indivíduo em relação a realidade externa. Quando muito empobrecido, mais dificultará o contacto com o mundo e o indivíduo representará a si mesmo como tendo poucas opções para enfrentar as mais diversas situações. Isto porque não reagimos à realidade, mas sim a representação que fazemos dela. Para compreender, ampliar ou modificar o modelo de alguém, a PNL conta com o Meta Modelo de Linguagem.
Exemplificando o termo todo, olhando novamente à habilidade de conduzir automóveis. Um Programa permite-nos fazê-lo automaticamente. Neuro: nós vemos (sinais de trânsito, cruzamentos, outros carros), ouvimos (sons do motor, buzinas), sentimos (uma trepidação no volante, o contacto do pé na embreagem, etc.). Linguística: os sons, as imagens e as sensações / sentimentos são traduzidos para que tenha significado para nós. Desta forma, um som estridente é automaticamente reconhecido como o som duma buzina e lembramo-nos de que buzinas são usadas para alertar alguém. Estas associações ocorrem rapidamente e em geral não as percebemos da forma sequencial como a que estamos a utilizar neste exemplo.
Actualmente podemos observar um crescimento na utilização da PNL, assim como uma certa popularização das suas técnicas e pressupostos.
Assim esta metodologia (inicialmente desenvolvida R. Bandler e J. Grinder), mostra-nos principalmente os padrões existentes na experiência subjetiva humana, nas habilidades aprendidas, dons ou talentos de nascença. Ou seja, é enfatizado sempre um trabalho concreto na realização de objetivos. Sobretudo, a PNL interessa-se em explorar como é que se pode fazer para adquirir uma habilidade.
Vemos, portanto que não existe substituto para o trabalho real, objetivo, e que se os resultados da PNL são espantosos, todavia não são mágicos, no sentido de que seguem um caminho, uma sequência, que podem ser descritos, aprendidos e repetidos por outras pessoas.
Tais resultados são baseados na observação e descrição de padrões que são universais, ou seja, encontrados em todas as pessoas. É por este motivos que a PNL, produz bons resultados e em tempos menores que os geralmente usados por outras abordagens.