quarta-feira, dezembro 01, 2010

PNL: utilização das suas técnicas e pressupostos

O termo "Programação" vem da computação e consiste na instalação dum plano ou estratégia, ou dum programa no nosso sistema neurológico. Desta forma, condicionamos o nosso cérebro, programando-o para obter um resultado específico.
Por exemplo, para conduzir um automóvel, no inicio praticamos por partes e depois, com o tempo e com a prática, a habilidade torna-se automática.
Portanto, um programa fornece um caminho ao nosso sistema neurológico, indicando-lhe uma direcção a seguir, sendo esse caminho fortalecido pela prática e enfraquecido pela ausência desta. Assim, quer dizer que possuímos programas para tudo, inclusive para nos sentirmos felizes ou tristes.
Um exemplo extremo dum programa é a fobia (medos intensos, incontroláveis, geralmente desproporcionais aos elementos que os causam, como o medo de baratas, ratos, altura, etc). Uma fobia também acontece através de um condicionamento, em que uma emoção intensa é associada a um objecto, animal ou situação, o qual, a partir de então, terá o poder de causar aquela emoção.
O termo "Neuro" refere-se ao sistema nervoso, através do qual recebemos e processamos informações que chegam através dos cinco sentidos: visual, auditivo, táctil-proprioceptivo, olfactivo e gustativo. O termo "Linguística" diz respeito a linguagem verbal e não verbal, através das quais as informações recebidas são codificadas, organizadas e recebem significado. Inclui imagens, sons / palavras, sensações / sentimentos, sabores e odores. Simplificando muito, poderíamos dizer que é o que nos permite "traduzir" as informações recebidas.
O termo "Linguística" está relacionado também ao modelo de linguagem que um indivíduo possui, e que lhe permite interagir com o mundo exterior. Este modelo amplia ou reduz a compreensão do indivíduo em relação a realidade externa. Quando muito empobrecido, mais dificultará o contacto com o mundo e o indivíduo representará a si mesmo como tendo poucas opções para enfrentar as mais diversas situações. Isto porque não reagimos à realidade, mas sim a representação que fazemos dela. Para compreender, ampliar ou modificar o modelo de alguém, a PNL conta com o Meta Modelo de Linguagem.
Exemplificando o termo todo, olhando novamente à habilidade de conduzir automóveis. Um Programa permite-nos fazê-lo automaticamente. Neuro: nós vemos (sinais de trânsito, cruzamentos, outros carros), ouvimos (sons do motor, buzinas), sentimos (uma trepidação no volante, o contacto do pé na embreagem, etc.). Linguística: os sons, as imagens e as sensações / sentimentos são traduzidos para que tenha significado para nós. Desta forma, um som estridente é automaticamente reconhecido como o som duma buzina e lembramo-nos de que buzinas são usadas para alertar alguém. Estas associações ocorrem rapidamente e em geral não as percebemos da forma sequencial como a que estamos a utilizar neste exemplo.
Actualmente podemos observar um crescimento na utilização da PNL, assim como uma certa popularização das suas técnicas e pressupostos.
Assim esta metodologia (inicialmente desenvolvida R. Bandler e J. Grinder), mostra-nos principalmente os padrões existentes na experiência subjetiva humana, nas habilidades aprendidas, dons ou talentos de nascença. Ou seja, é enfatizado sempre um trabalho concreto na realização de objetivos. Sobretudo, a PNL interessa-se em explorar como é que se pode fazer para adquirir uma habilidade.
Vemos, portanto que não existe substituto para o trabalho real, objetivo, e que se os resultados da PNL são espantosos, todavia não são mágicos, no sentido de que seguem um caminho, uma sequência, que podem ser descritos, aprendidos e repetidos por outras pessoas.
Tais resultados são baseados na observação e descrição de padrões que são universais, ou seja, encontrados em todas as pessoas. É por este motivos que a PNL, produz bons resultados e em tempos menores que os geralmente usados por outras abordagens.

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