quinta-feira, setembro 01, 2016

Assembleia na Carpintaria



Contam que na carpintaria houve uma vez uma estranha assembleia. Foi uma reunião das ferramentas para acertar as diferenças. O martelo exerceu a presidência, mas os participantes notificaram-lhe que teria que renunciar. A causa? Fazia demasiado barulho e, além do mais, passava o tempo todo golpeando. O martelo aceitou a sua culpa, mas pediu também que fosse expulso o parafuso, dizendo que ele dava muitas voltas para conseguir algo. Diante do ataque, o parafuso concordou, mas por sua vez, pediu a expulsão da lixa. Dizia que ela era muito áspera no tratamento aos demais, entrando sempre em atritos. A lixa acatou, com a condição que fosse expulso o metro, que sempre media os outros segundo a sua medida, como se fora o único perfeito.
Nesse momento entrou o carpinteiro, juntou o material e iniciou o trabalho. Utilizou o metro, a lixa, o martelo e o parafuso. Finalmente, a rústica madeira converteu-se num fino móvel. Quando a carpintaria ficou novamente só, a assembleia reativou a discussão. Foi então que o serrote tomou a palavra e disse: "Senhores, ficou demonstrado que temos defeitos, mas o carpinteiro trabalhou com os nossos pontos valiosos. Assim, não pensemos nos nossos pontos fracos, e concentremo-nos nos nossos pontos fortes".
A assembleia entendeu que o martelo era forte, o parafuso unia e dava força, a lixa era especial para limar e afinar as asperezas, o metro era preciso e exato. Sentiram-se, então, como uma equipe capaz de produzir móveis de qualidade. Sentiram alegria pela oportunidade de trabalhar juntos. Ocorre o mesmo com os seres humanos, basta observar e comprovar. Quando uma pessoa procura defeitos noutra, a situação torna-se tensa e negativa. Ao contrário, quando se procura com sinceridade o ponto forte dos outros, florescem as melhores conquistas.
É fácil encontrar defeitos. Qualquer um pode fazê-lo. Mas encontrar qualidades, isto é para os sábios.

segunda-feira, agosto 01, 2016

Pai, posso pedir-te emprestado 10 euros



Um homem chegou a casa do trabalho, cansado e irritado, quando encontrou o seu filho à espera na porta.
Filho: Papá, posso fazer-te uma pergunta?
Pai: Claro que sim, o que foi? - disse o homem
Filho: Papá, quando ganhas por hora?
Pai: Não tens nada a ver com isso. Porque é que perguntas uma coisa dessas? - disse o homem furioso
Filho: Apenas quero saber. Diz-me por favor quanto ganhas por hora?
Pai: Já que queres saber ganho 20 euros por hora.
Filho: Oh! - respondeu a criança, cabisbaixo
Filho: Papá, posso pedir-te emprestado 10 euros?
Agora, o homem estava furioso - Se a única razão pela qual tu perguntaste isso foi para te emprestar dinheiro para comprar um brinquedo qualquer sem jeito nenhum, vai já imediatamente à minha frente para o teu quarto e vai para a cama. Pensa porque és tão egoísta! Eu não ando a trabalhar todos os dias para estas palermices!
A criança foi silenciosamente para o seu quarto e fechou a porta.
O homem sentou-se e começou a ficar ainda mais chateado com as perguntas do seu filho. Como é que ele se atreve a perguntar aquelas coisas apenas para ter algum dinheiro?!
Meia hora depois, o homem acalmou e começou a pensar:
Talvez exista alguma coisa que ele queira comprar com os 10 euros e já que ele não me pede dinheiro tantas vezes, o homem dirigiu-se à porta do quarto do seu filho e abriu a porta.
Pai: Estás a dormir? - perguntou o homem
Filho: Não papá, estou acordado - respondeu a criança
Pai: Estive a pensar e acho que fui muito duro contigo. Foi um dia grande de trabalho e descarreguei em cima de ti. Aqui está a nota de 10 euros que me pediste - disse o homem
A criança sentou-se na cama a sorrir e disse: Oh papá! Muito obrigado! -exclamou
Depois, levantou a almofada e tirou duas notas de cinco euros amarrotadas.
O homem viu que a criança tinha dinheiro e começou a ficar novamente chateado.
A criança começou a contar o dinheiro e depois olhou para o seu pai.
Pai: Porque é que que queres mais dinheiro se já tens algum? - perguntou o homem furioso.
Filho: Porque não tinha suficiente, mas agora já tenho - respondeu a criança.
Filho: Papá, agora tenho 20 euros. Posso comprar uma hora do teu tempo?
Anda para casa amanhã mais cedo. Adorava jantar contigo.
O pai ficou completamente emocionado. Abraçou o seu filho e pediu-lhe desculpa.
Nota: Este é um pequeno lembrete para todos nós que trabalham muito duro na vida. Temos de agarrar o nosso tempo e passá-lo com as pessoas que são mais próximas do nosso coração. Lembra-te de partilhar os 20 euros do teu tempo com alguém que tu realmente amas.
Se morreres amanhã, a empresa onde trabalhas pode facilmente substituir-te numa questão de horas. Mas a família e os amigos que deixamos para trás vão sentir a nossa perda para o resto das suas vidas.
Bem hajam,

Miguel Ferreira

segunda-feira, julho 18, 2016

Corrida de Sapos



A fábula que vos deixo, trata-se duma corrida de sapinhos!
O objetivo era atingir o alto duma grande torre. No local estava uma multidão a assistir, a vibrar e a torcer por eles. Após ter começado a competição, observando a corrida a multidão começou a não acreditar que os sapinhos pudessem alcançar o alto daquela torre, e o que mais se ouvia era:
"Que pena!!! esses sapinhos não vão conseguir... ...não vão conseguir..."
E os sapinhos começaram a desistir.
Mas havia um que persistia e continuava a subida em busca do topo...
A multidão continuava a gritar: “... que pena !!! vocês não vão conseguir !..."
E os sapinhos estavam mesmo a desistir, um por um... menos aquele sapinho que continuava tranquilo... embora cada vez mais arfante.
Já no fim da competição, todos desistiram, menos ele... A curiosidade tomou conta de todos. Queriam saber o que tinha acontecido...
E assim, quando foram perguntar ao sapinho como é que ele tinha conseguido concluir a prova, aí sim conseguiram descobrir... que ele era surdo!