terça-feira, setembro 22, 2015

Um punhado de sal

"O velho Mestre pediu a um jovem triste que colocasse uma mão cheia de sal em um copo d'água e bebesse.
- Qual é o gosto? - perguntou o Mestre.
- Mau. - disse o jovem sem pensar duas vezes.
O Mestre sorriu e pediu ao jovem que pegasse outra mão cheia de sal e que a levasse junto com ele ao lago. Os dois caminharam em silêncio, e quando chegaram lá o mestre mandou que o jovem deita-se o sal no lago. O jovem então fez como o mestre disse.
De seguida, o velho disse:
- Beba um pouco dessa água.
O jovem assim o fez e enquanto a água escorria do queixo do jovem o Mestre perguntou:
- Qual é o gosto?
- Bom! – disse o jovem sem pestanejar.
- Você sente o gosto do sal? - perguntou o Mestre.
- Não - disse o jovem.
O Mestre então sentou-se ao lado do jovem, pegou nas suas mãos e disse:
- A dor na vida duma pessoa não muda. Mas o sabor da dor depende de onde a colocamos. Quando sentir dor, a única coisa que deve fazer é aumentar o sentido de tudo o que está à sua volta. É dar mais valor ao que tem em detrimento ao que ao que perdeu. Noutras palavras: é deixar de ser copo, para tornar-se um lago."

Bem hajam.

sábado, setembro 05, 2015

o Poder das Palavras

Um homem sentado na calçada tinha uma placa que dizia:
"Vejam como sou feliz! Sou um homem próspero, sei que sou bonito, sou muito importante, tenho uma bela residência, vivo confortavelmente, sou um sucesso, sou saudável e bem humorado."
Alguns passantes olhavam-no intrigados, outros achavam-no doido e outros até lhe davam dinheiro. Todos os dias, antes de dormir, ele contava o dinheiro e notava que a cada dia a quantia era maior.
Numa bela manhã, um importante e arrojado executivo, que já o observava há algum tempo, aproximou-se e disse-lhe:
- Você é muito criativo! Não gostaria de colaborar numa campanha da empresa?
- Vamos lá. Só tenho a ganhar! - respondeu o mendigo.
Após um caprichado banho e com roupas novas, foi levado para a empresa.
Daí para frente a sua vida foi uma sequência de sucessos e a certa altura tornou-se um dos sócios maioritários.
Numa entrevista coletiva à imprensa, esclareceu a forma como conseguira sair da mendicância para tão alta posição.
Contou ele:
- Bem, houve uma época em que eu me costumava sentar nas calçadas com uma placa ao lado, que dizia:
"Não sou nada neste mundo! Ninguém me ajuda! Não tenho onde morar! Sou um homem fracassado e maltratado pela vida! Não consigo um mísero emprego que me renda alguns trocados! Mal consigo sobreviver!"
As coisas iam de mal a pior quando, mas numa certa noite, achei um livro e nele atentei para um trecho que dizia:
"Tudo o que fala a seu respeito vai-se reforçando. Por pior que esteja a sua vida, diga que vai tudo bem. Por mais que não goste da sua aparência, afirme-se bonito. Por mais pobre que seja, diga a si mesmo e aos outros que é próspero."
- Aquilo tocou-me profundamente e, como nada tinha a perder, decidi trocar os dizeres da placa para:
"Vejam como sou feliz! Sou um homem próspero, sei que sou bonito, sou muito importante, tenho uma bela residência, vivo confortavelmente, sou um sucesso, sou saudável e bem humorado."
- E a partir desse dia tudo começou a mudar, a vida trouxe-me a pessoa certa para tudo o que eu precisava, até que cheguei onde estou hoje. Tive apenas que entender o Poder das Palavras. O Universo sempre apoiará tudo o que dissermos, escrevermos ou pensarmos a nosso respeito e isso acabará por se manifestar na nossa vida como realidade. Enquanto afirmarmos que tudo vai mal, que a nossa aparência é horrível, que os nossos bens materiais são ínfimos, a tendência é que as coisas fiquem piores ainda, pois o Universo as reforçará. Ele materializa na nossa vida todas as nossas crenças.
Uma repórter, ironicamente, questionou:
O senhor está querendo dizer que algumas palavras escritas numa simples placa modificaram a sua vida?
Respondeu o homem, cheio de bom humor:
- Claro que não, minha ingênua amiga! Primeiro eu tive que acreditar nelas!


Bem hajam,

domingo, agosto 02, 2015

Desperta Povo

Numa altura em que a democracia demonstrou a força do povo grego (embora fica-se comprovado na não-democracia em que vivemos na Europa), será bom refletir da tremenda desumanização que a máquina materialista vai impondo a esta massacrada humanidade. É altura de despertar e lutar pela liberdade do povo, que está farto de estar preso a sistemas obsoletos que pouco ou nada lutam pelos direitos humanos. Deixo-vos aqui um texto do famoso Charlie Chaplin que embora do século passado, me parece muitíssimo atual: 

“Todos nós desejamos ajudar uns aos outros. Os seres humanos são assim. Desejamos viver para a felicidade do próximo - não para o seu infortúnio. Porque havemos de odiar e desprezar uns aos outros? Neste mundo há espaço para todos. A Terra, que é boa e rica, pode prover a todas as nossas necessidades. O caminho da vida pode ser o da liberdade e da beleza, porém extraviamo-nos. A cobiça envenenou a alma dos homens, levantou no mundo as muralhas do ódio e tem-nos feito marchar a passo de ganso para a miséria e os morticínios. Criamos a época da velocidade, mas sentimo-nos enclausurados dentro dela. A máquina, que produz abundância, tem-nos deixado na penúria. Os nossos conhecimentos fizeram-nos céticos; a nossa inteligência tornou-nos empedernidos e cruéis. Pensamos em demasia e sentimos muito pouco. Mais do que de máquinas, precisamos de humanidade. Mais do que inteligência, precisamos de afeição e doçura. Sem estas virtudes, a vida será de violência e tudo será perdido. A aviação e o rádio (média) aproximou-nos. A própria natureza dessas coisas é um apelo eloquente à bondade do homem, um apelo à fraternidade universal, a união de todos nós. Neste mesmo instante a minha voz chega a milhares de pessoas pelo mundo afora. Milhões de desesperados: homens, mulheres, criancinhas, vítimas de um sistema que tortura seres humanos e encarcera inocentes. Aos que me podem ouvir eu digo: não desespereis! A desgraça que tem caído sobre nós não é mais do que o produto da cobiça em agonia, da amargura de homens que temem o avanço do progresso humano. Os homens que odeiam desaparecerão, os ditadores sucumbem e o poder que do povo arrebataram há-de retornar ao povo. Sei que os homens morrem, mas a liberdade não perecerá jamais.” 

Charles Chaplin 

Basta de crueldade. 

Bem hajam. Miguel Ferreira

sábado, julho 18, 2015

O verdadeiro sábio...

Um homem perguntou a um sábio se deveria ficar com a sua esposa ou com a sua amante.
O sábio pegou em duas flores, uma em cada mão. Uma com uma rosa e a outra com um cacto e perguntou ao homem:- Se eu lhe der uma dessas flores qual delas escolhe? 
O homem sorriu e disse:- A rosa é lógico! És imprudente – respondeu o sábio. 
Às vezes os homens são movidos por beleza externa ou pelo mundano e escolhem o que lhes parece brilhar mais.

A rosa é mais bela, mas morre logo. O cacto, por sua vez, independentemente do tempo ou clima permanece o mesmo, verde com espinhos, e um dia vai-lhe dar a flor mais bonita que já viu.
A sua esposa conhece os seus defeitos, as suas fraquezas, os seus erros. Com ela você grita nos seus maus momentos e ela está sempre pronta a ajudar-te.
A sua amante quer o seu dinheiro, a sua felicidade, os seus espaços, fantasias e o seu sorriso, na primeira dificuldade não hesitará em trocar-te por outro amante jovem, feliz e com dinheiro. Agora diga-me homem, com quem quer ficar?


domingo, junho 07, 2015

O Farmacêutico e a Criançaa

João era o dono duma farmácia bem sucedida. Era um homem bastante inteligente mas não acreditava na existência de Deus ou de qualquer outra coisa além do mundo material.
Um certo dia, estava ele a fechar a farmácia quando chegou uma criança aos prantos a dizer que a sua mãe estava muito mal e que se ela não tomasse o medicamento iria morrer.
Muito nervoso, e após a insistência da criança, resolveu reabrir a farmácia para lhe dar o medicamento. A sua insensibilidade perante aquele momento era tal que acabou por lhe dar o medicamento mesmo no escuro. A criança agradeceu e saiu dali depressa. Alguns minutos depois João percebeu que tinha entregado o medicamento errado e que se aquela mãe o tomasse teria morte instantânea. Desesperado tentou alcançar a criança mas não teve êxito. Sem saber o que fazer e com a consciência pesada, ajoelhou-se e começou a chorar e a dizer que se realmente existisse um Deus que não o deixasse passar por assassino.
De repente, sentiu uma mão a tocar-lhe no ombro esquerdo e ao virar-se deparou com a criança a dizer: - Senhor, por favor não se zangue comigo, mas é que cai e parti o vidro do medicamento...

Será que o senhor me poderia dar outro?

terça-feira, maio 26, 2015

O Zelador da Fonte

Conta uma lenda austríaca que num determinado povoado havia um pacato habitante da floresta que foi contratado pelo conselho municipal para cuidar das piscinas naturais que guarneciam a fonte de água da comunidade. O cavalheiro com silenciosa regularidade, inspeccionava as colinas, retirava folhas e galhos secos, limpava o limo que poderia contaminar o fluxo da corrente de água fresca. Ninguém lhe observava as longas horas de caminhada ao redor das colinas, nem o esforço para a retirada de entulhos. Aos poucos, o povoado começou a atrair turistas. Cisnes graciosos passaram a nadar pela água cristalina. Rodas d´água de várias empresas da região começaram a girar dia e noite. As plantações eram naturalmente irrigadas, a paisagem vista dos restaurantes era de uma beleza extraordinária.

Os anos foram passando. Certo dia, o conselho da cidade reuniu-se, como fazia semestralmente. Um dos membros do conselho resolveu inspeccionar o orçamento e colocou os olhos no salário pago ao zelador da fonte. De imediato, alertou aos demais e fez um longo discurso a respeito de como aquele velho estava sendo pago há anos, pela cidade. E para quê? O que é que ele fazia, afinal? Era um estranho guarda da reserva florestal, sem utilidade alguma. O seu discurso a todos convenceu. O conselho municipal dispensou o trabalho do zelador.

Nas semanas seguintes, nada de novo. Mas no outono, as árvores começaram a perder as folhas. Pequenos galhos caíam nas piscinas formadas pelas nascentes. Numa certa tarde, alguém notou uma coloração meio amarelada na fonte. Dois dias depois, a água estava escura. Mais uma semana e uma película de lodo cobria toda a superfície ao longo das margens. O mau cheiro começou a ser exalado. Os cisnes emigraram para outras bandas. 

As rodas d´água começaram a girar lentamente, depois pararam. Os turistas abandonaram o local. A enfermidade chegou ao povoado. O conselho municipal tornou a reunir-se, em sessão extraordinária e reconheceu o erro grosseiro cometido. Imediatamente, tratou de novamente contratar o zelador da fonte. Algumas semanas depois, as águas do autêntico rio da vida começaram a clarear. As rodas d´água voltaram a funcionar. Voltaram os cisnes e a vida foi retomando seu curso...

Bem hajam,

domingo, maio 10, 2015

Crenças e convicções que stressam

Crenças e convicções que stressam...

O Stress é muitas vezes resultado das crenças tradicionais que nos foram passadas desde tempos remotos, e que seguimos de forma inconsciente sem questionar a veracidade dos fatos.
Poderíamos denominar como as nossas, leis, normas e regras às quais nos obrigamos a seguir e que muitas vezes são a “forca” que criamos ao longo da vida, querendo sempre que isso aconteça e o pior é que isso não depende unicamente de nós mais da realidade á nossa volta, o que é muito desagradável, pois quando tal não acontece, automaticamente geramos sentimentos negativos que não nos facilitam a vida.
De acordo com o Academic Resource Center do Sweet Briar College dos EUA, eis algumas dessas "tradições", que servem de combustível para nos tentar "arrastar" de vez ao precipício.
Assim enumeramos essas “tradições” ou crenças irracionais:
  1. Devemos ser amados por todos, e todos, sem exceção, devem aprovar todos os nossos atos.
  2. Devemos ser absolutamente competentes, capazes, bem sucedidos, articulados, admiráveis, adequados e inteligentes, e o mais importante, conseguirmos respeito de todos em tudo que fizermos.
  3. Certas atitudes ou atos são errados, desprezíveis ou prejudiciais, e as pessoas que cometem tais ações deverão ser severamente punidas.
  4. Podemos considerar como uma verdadeira catástrofe quando as coisas não acontecem como gostaríamos.
  5. Infelicidade é o resultado de eventos estranhos, e acontecimentos que são dirigidos exclusivamente a nós e sobre os quais não temos nenhum controle.
  6. Devemos preocupar-nos com coisas que são perigosas ou que nos causam temor, e devemos fixar os nossos pensamentos em tais "eventos", até que o perigo tenha passado.
  7. É mais fácil evitar as dificuldades e responsabilidades da vida do que enfrentá-las.
  8. Precisamos de alguém ou algo mais forte que nós para nos dar confiança.
  9. Porque algo nos influenciou de forma marcante no passado, isto deve determinar o nosso comportamento presente: A influência do passado é uma espécie de determinismo e não pode ser desfeita.
  10. O que as outras pessoas fazem tem importância vital para nós, e devemos fazer todo esforço possível para mudá-las, para que então pensem como nós.
  11. Existe uma solução única e perfeita para todo e qualquer problema, e se não for encontrada, os resultados serão desastrosos.
  12. Seguir a tradição e suas regras, mitos, tabus e rituais, cada um desses pontos sem questionar, é coisa fundamental, pois os antigos sempre sabiam o que estavam a fazer.
  13. O sofrimento é o único e verdadeiro caminho necessário à nossa felicidade e sem ele não temos a menor hipótese de alcançarmos o contentamento nem a paz de espírito.
  14. Ser bem-sucedido significa conseguir alcançar um ponto onde nenhum outro jamais colocou os pés. Sem isso a felicidade é impossível.
  15. Ser perfeito é possível, afinal de contas, existem pessoas perfeitas, especialmente os gurus religiosos, que podem nos servir de guias.

Se por acaso, reconhece em si algumas destas crenças, saiba que todas elas são irracionais e as principais determinantes pela nossa visão negativa e limitadora da realidade. Vale a pena questioná-las e desembaraçar-se delas, pois caso contrário a sua vida será um martírio.

Continuem a procurar a felicidade. Se a vida é simples porque complicar!
Bem hajam

Miguel Ferreira

domingo, abril 26, 2015

O Chapéu de Chuva à Porta

Um vez um Mestre mandou que chamassem determinado discípulo, que se encontrava recluso na sua cabana, nos arredores de um mosteiro Zen. Este discípulo já estava com este Mestre há anos, treinando sob a sua direção. Como o Mestre tinha muitos discípulos, era difícil de se conseguir uma entrevista particular com ele. O discípulo achou invulgar o facto do Mestre o estar a chamar para uma conversa. Começou a ficar excitado, pensando: "o que será que o Mestre deseja de mim?", "será que me vai perguntar alguma coisa sobre o Dharma, para testar-me?", "será que deseja atribuir-me algum cargo ou tarefa?". Com a mente repleta de pensamentos, pôs-se a andar. Como estava a chover, levou o seu guarda-chuva.   Ao chegar à casa do Mestre, fechou o guarda-chuva e colocou-o a um canto. Pôs as suas sandálias molhadas ao lado do guarda-chuva. Na frente do Mestre, fez as reverências como mandam a etiqueta monástica e sentou-se. O Mestre então foi logo perguntou:  - Quando entrou aqui, de que lado do guarda-chuva deixou as suas sandálias? O monge discípulo não se conseguiu lembrar com certeza. Então o Mestre declarou:  - Volte para a sua cabana e medite!   Desta maneira, o Mestre quis dizer que a meditação e a vida quotidiana são uma única realidade. Não podemos separar a nossa vida diária do ato de atenção com que devemos fazer todas as coisas. O discípulo estava separado, e ao ver que ainda não estava preparado o suficiente o Mestre recomendou que voltasse para a sua cabana e meditasse mais.
Esta é a prática budista no dia-a-dia e efetivamente, mesmo na nossa vida ocidental, sempre muito ocupada, quando praticada com algum rigor, dá-nos uma grande qualidade de vida, pois o acto de ter os sentidos despertos ao exterior, para além de reter mais informação, também nos possibilita viver a vida em tudo o vimos, ouvimos, sentimos, saboreamos e cheiramos com mais intensidade e satisfação, tendo com isso constantes experiência simples e ao mesmo tempo realizadoras.Não pense tanto e viva mais a realidade, tal como ele é, sem preconceitos nem críticas. Tudo à sua volta ganha mais sentido.

Bem hajam!

domingo, abril 12, 2015

A vida como o “Beber Chá”

Muitas vezes nos interrogamos, qual a melhor forma de estar na vida, sendo que cada um tem a sua própria forma de se reenquadrar nela.
O barómetro poderá estar na forma como nos damos conta que estamos, ou como nos sentimos a cada momento, pois não somos mais que meros intérpretes da vida e cada um interpreta a sua maneira. É isso que nos distingue também dos animais. Será que já viram algum cão ou gato triste por estar a “chover”, por exemplo ou irritado por estar “preso” a qualquer coisa. Pois é, todos nós podemos escolher a forma como queremos ver a vida, os outros e a nós próprios.
É como beber um chá, temos que estar totalmente despertos para apreciar o chá como deve ser. Temos que estar no momento presente. Apenas com a consciência no presente, as nossas mãos podem sentir o agradável calor da chávena. Apenas no presente podemos apreciar o aroma, sentir a doçura e saborear a delicadeza. Se estamos a lembrar o passado ou preocupados com o futuro, perdemos por completo a experiência de apreciar a chávena de chá. Olharemos para a chávena e o chá terá já terminado.
A vida é assim. Se não estamos totalmente no presente, quando olharmos à nossa volta esta terá desaparecido.
Quando pararmos de pensar no que já aconteceu, quando pararmos de nos preocupar com o que poderá nunca vir a acontecer, então estaremos no momento presente. Só então começaremos a experimentar a alegria de viver...

Bem hajam e desfrutem o momento simplesmente pela sua simplicidade.


Miguel Ferreira

domingo, abril 05, 2015

O Pedreiro

Um velho pedreiro que construía casas estava pronto para se reformar. Informou o chefe, do seu desejo de se reformar e passar mais tempo com a sua família. Ainda disse que sentiria falta do salário, mas realmente queria refomar-se.
A empresa não seria muito afetada pela saída do pedreiro mas o chefe estava triste ao ver um bom funcionário a partir e pediu ao pedreiro para trabalhar em mais um projeto como um favor.
O pedreiro não gostou mas acabou por concordar. Foi fácil verificar que o mesmo não estava entusiasmado com a ideia. Assim lá prosseguiu a fazer um trabalho de segunda qualidade e a usar materiais inadequados. Foi uma forma negativa de terminar a carreira. Quando o pedreiro acabou, o chefe veio fazer a inspeção da casa construída.
Depois deu a chave da casa ao pedreiro e disse: "Esta é a sua casa. É o meu presente para si". O pedreiro ficou muito surpreendido.
Que pena! Se ele soubesse que estava a construir a sua própria casa, teria feito tudo diferente....
O mesmo acontece connosco. Construímos a nossa vida, um dia de cada vez e muitas vezes a fazer menos que o melhor possível na sua construção. Depois, com surpresa, descobrimos que precisamos de viver na casa que nós próprios construímos. Se pudéssemos fazer tudo de novo, faríamos tudo diferente.
Tu és o pedreiro. Todo dia martelas pregos, ajustas tábuas e constróis paredes.
Alguém já disse: "A vida é um projeto que você mesmo constrói".
As tuas atitudes e escolhas de hoje estão a construir a "casa" em que vai morar amanhã. Portanto construa-a com sabedoria!


Bem hajam!

segunda-feira, março 16, 2015

As Abóboras

Era uma vez um cocheiro que conduzia uma carroça cheia de abóboras.
A cada solavanco da carroça, olhava para trás e via que as abóboras estavam todas desarrumadas.
Então parava, descia e colocava-as novamente no lugar. Mal reiniciava a sua viagem, lá vinha outro solavanco e... tudo se desarrumava novamente. Então começou a ficar desanimado e pensou:
"Jamais vou conseguir terminar a minha viagem! É impossível seguir nesta estrada de terra, conservando as abóboras arrumadas!”
Enquanto estava a pensar, passou à sua frente outra carroça cheia de abóboras, e observou que o cocheiro seguia em frente e nem olhava para trás: as abóboras que estavam desarrumadas organizavam-se sozinhas no próximo solavanco.
Foi quando compreendeu que, se colocasse a carroça em movimento na direção do local onde queria chegar, os próprios solavancos da carroça fariam com que as abóboras se acomodassem nos seus devidos lugares.
Assim também é a nossa vida: quando paramos demais para olhar os problemas, perdemos tempo e distanciamo-nos das nossas metas.


Bem hajam!

quarta-feira, março 11, 2015

Mais Devagar

Um jovem atravessou o Japão em busca da escola de um famoso praticante de artes marciais. Chegando ao dojo, foi recebido em audiência pelo Sensei. 
- O que quer de mim? perguntou-lhe o mestre 
- Quero ser seu aluno e tornar-me o melhor karateca do país. Quanto tempo preciso estudar?
- Dez anos, pelo menos.
- Dez anos é muito tempo respondeu o rapaz. E se eu praticasse com o dobro da intensidade dos outros alunos? 
- Vinte anos. 
- Vinte anos!  E se eu praticar noite e dia, dedicando todo o meu esforço?
- Trinta anos.
- Mas, eu lhe digo que vou dedicar-me em dobro, e o senhor me responde que a duração será maior? 
- A resposta é simples. Quando um olho está fixo aonde se quer chegar, só resta um para se encontrar o caminho.


Bem hajam!

sábado, fevereiro 28, 2015

Aceitar o "espinho" alheio...p

Durante a Era Glacial, muitos animais morriam por causa do frio. Os porcos-espinhos, percebendo esta situação, resolveram juntar-se em grupos, assim se agasalhavam e protegiam mutuamente.
Mas os espinhos de cada um feriam os companheiros mais próximos, justamente os que lhes forneciam calor. E, por isso tornavam a afastar-se uns dos outros. Voltaram a morrer congelados e precisavam fazer uma escolha: Desapareceriam da face da Terra ou aceitavam os espinhos do semelhante.
Com sabedoria, decidiram voltar e ficar juntos. Aprenderam, assim, a conviver com as pequenas feridas que uma relação muito próxima podia causar, já que o mais importante era o calor do outro.
Sobreviveram!
O melhor grupo não é aquele que reúne membros perfeitos, mas aquele onde cada um aceita os defeitos do outro e consegue aceitação dos próprios defeitos.

Bem hajam.

sábado, fevereiro 14, 2015

Agora apenas dormo para sonhar


Assim, depois de muito esperar, um dia como qualquer outro decidi triunfar? Decidi não ficar à espera das oportunidades e fui procurá-las Decidi ver cada problema como a oportunidade de encontrar uma solução Decidi ver cada deserto como a oportunidade de encontrar um oásis Decidi ver cada noite como um mistério a resolver Decidi ver cada dia como a oportunidade de ser Feliz Aquele dia, Descobri que o meu único rival eram apenas as minhas debilidades e que estas são a única e melhor forma de me superar Aquele dia deixei de ter medo de perder e comecei a ter medo de não ganhar Descobri que não era o melhor e que talvez nunca o tenha sido Deixou de me importar quem ganhara ou quem perdera Agora simplesmente me importa ser melhor que ontem Aprendi que o difícil não é chegar ao topo, mas sim nunca deixar de subir Aprendi que o maior sucesso que posso alcançar é o ter direito de chamar a alguém de "AMIGO" Descobri que o amor é mais do que uma simples paixão. O amor é uma filosofia de vida Aquele dia deixei de ser o reflexo dos meus poucos sucessos alcançados e comecei a ser a minha própria luz do meu presente Aprendi de que nada serve ser luz se não for para iluminar também o caminho da Humanidade Naquele dia decidi mudar tanta coisa? Aprendi que os sonhos são apenas para transformar em realidade e desde esse dia que Não durmo para descansar? Agora apenas durmo para sonhar.


Walt Disney

Carroças vazias


Certa manhã, meu pai convidou-me para dar uma volta numa carroça pelo bosque. Ao ouvir um ruído meu pai parou e perguntou-me: Para alem do barulho dos pássaros que outros barulhos ouves? Ouço o barulho de uma carroça – respondi-lhe. Muito bem –disse meu pai – uma carroça vazia! Como sabes que é uma carroça vazia? Perguntei-lhe, ao que ele me respondeu: É uma carroça vazia porque quando estão vazias fazem mais barulho. Cresci, fiz-me adulto e hoje quando ouço certo tipo de pessoas que falam sem respeitarem os outros, elevam a sua voz querendo dar a ideia de que são os donos da verdade e da sabedoria, que são agressivos com intenção de intimidar, lembro-me sempre do meu pai quando dizia: As carroças vazias são sempre as que mais barulho fazem!

O mestre da paciência


Conta a lenda que um velho sábio, tido como mestre da paciência, era capaz de derrotar qualquer adversário.

Certa tarde, um homem conhecido por sua total falta de escrúpulos apareceu com a intenção de desafiar o mestre da paciência. O velho aceitou o desafio e o homem começou a insultá-lo. Chegou a jogar algumas pedras em sua direção, cuspiu em sua direção e gritou todos os tipos de insultos.

Durante horas fez tudo para provocá-lo, mas o velho permaneceu impassível.

No final da tarde, sentindo-se já exausto e humilhado, o homem se deu por vencido e retirou-se.

Impressionados, os alunos perguntaram ao mestre como ele pudera suportar tanta indignidade.
O mestre perguntou:- Se alguém chega até você com um presente, e você não o aceita, a quem pertence o presente?
- A quem tentou entregá-lo. Respondeu um dos discípulos.
- O mesmo vale p/ a inveja, a raiva e os insultos. Quando não aceitos, continuam pertencendo a quem os carregava consigo. A sua paz interior depende exclusivamente de você.
As pessoas não podem lhe tirar a calma.....a não ser que você permita!!!!!!