quinta-feira, novembro 25, 2010

A Arte de Dizer as Coisas


Talvez esta seja a nossa maior habilidade e que nos distingue de todos os outros animais, contudo, nem sempre a usamos da melhor forma. Falo pois, da linguagem e sobretudo da comunicação, que poderá ser para dentro de nós (diálogo interno) ou para os que nos rodeiam. Deixo-vos aqui uma história que por si só pode resumir, tudo aqui que vos poderiam comunicar, e no final pense no assunto. “Uma sábia e conhecida história diz que, certa vez, um sultão sonhou que havia perdido todos os dentes. Logo que despertou, mandou chamar um adivinho para que interpretasse seu sonho.- Que desgraça, senhor! - exclamou o adivinho - Cada dente caído representa a perda de um parente de vossa majestade. - Mas que insolente! - gritou o sultão enfurecido - Como te atreve dizer-me semelhante coisa? Fora daqui! Chamou os guardas e ordenou que lhe dessem cem açoites. Mandou que trouxessem outro adivinho e lhe contou sobre o sonho. Este, após ouvir o sultão com atenção, disse-lhe: - Excelso senhor! Grande felicidade vos está reservada. O sonho significa que haveis de sobreviver a todos os vossos parentes. A fisionomia do sultão iluminou-se num sorriso, e ele mandou dar cem moedas de ouro ao adivinho. Quando este saía do palácio, um dos cortesãos lhe disse admirado: - Não é possível! A interpretação que você fez foi a mesma que o seu colega havia feito. Não entendo porque ao primeiro ele pagou com cem açoites e a você com cem moedas de ouro.
- Lembra-te meu amigo - respondeu o adivinho - que tudo depende da maneira de dizer as coisas... Um dos grandes desafios da humanidade é aprender a arte de comunicar. Da comunicação depende, muitas vezes, a felicidade ou a desgraça, a paz ou a guerra. Que a verdade deve ser dita em qualquer situação, não resta dúvida. Porém, a forma com que ela é comunicada é que pode provocar grandes problemas. A verdade pode ser comparada a uma pedra preciosa. Se a lançarmos no rosto de alguém pode ferir, provocando dor e revolta, mas, se a envolvermos em delicada embalagem, e a oferecermos com ternura, certamente será aceita com felicidade.”
Muito obrigado pelas vossos email´s, e lembrem-se, talvez a diferença que possa fazer a diferença, seja mesmo a maneira como dizemos as coisas.

Bem hajam

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