terça-feira, junho 15, 2010

O que Aristóteles ensinou a Alexandre, o Grande

Podemos resumir os ensinamentos do Estagirita (como também é conhecido Aristóteles, que nasceu na cidade de Estagira) nos seguintes itens:

1º) – é preciso ter objectivos bem definidos em termos de prazo, quantidade, requisitos de qualidade; enfim, tudo aquilo que nos permita verificar se eles foram atingidos;

2º) – traduzir os objectivos em imagens mentais em termos de resultados;

3º) – colocar emoções no atingir dos resultados, ou seja, dar-lhes emoção (projectá-los);

4º) – nunca duvidar que irá obter os resultados, pois dúvida vem de dois e se há dois caminhos, o cérebro não sabe qual seguir;

5º) – estar disposto a pagar o preço.

Alexandre teve outros professores: em primeiro lugar, a sua mãe, Olímpia, que criou as condições para que desenvolvesse a sua autoconfiança desde cedo; em segundo lugar, o seu pai, Filipe II, rei da Macedónia, que escolheu Aristóteles para seu educador; nas técnicas militares recebeu ensinamentos de Lisímaco.

Alexandre sabia que não se administra senão pessoas; por isso, era exímio na arte de conduzir o seu exército, com a ideia de que só podia atingir os seus resultados com a colaboração dos seus comandados. Ao estudar as estratégias e tácticas de Alexandre, poderemos verificar o que é a inteligência em acção.

Alexandre foi um excelente administrador, especializado em recursos humanos, no sentido de despertar nos seus comandados a certeza da conquista dos resultados, criando as condições para que cada um elevasse sua própria auto-estima.

Na história das vitórias de Alexandre, e especialmente como “as conseguia”, encontramos inúmeros exemplos de aplicação das potencialidades humanas através da utilização de recursos mentais, que demonstravam como os seus comandados mobilizavam as suas reservas cerebrais para atingir objectivos que pareciam impossíveis. Num dos seus episódios: em setembro de 325 a. C., ao atravessar um dos mais inóspitos desertos do planeta, na marcha para o sul da Gedrósia, o exército de Alexandre ficou sem água. Os seus comandados tornaram-se tão leais que decidiram juntar o pouco de água que lhes restava, espremendo as últimas gotas dos seus cantis feitos de bexiga de cabra, para oferecer ao seu rei a quantidade conseguida. Então, diante do seu exército, Alexandre derramou na areia a água que lhe fora oferecida num capacete de prata. Com esse gesto, transmitiu a mensagem: “O meu destino será o mesmo que o vosso”. É incrível como o exército conseguiu sobreviver. Só há uma explicação: aquele que voluntariamente se priva de água pode viver duas vezes mais do que aquele que é forçado a ficar sem beber por vários dias. Provou-se, mais uma vez, que o ser humano normalmente usa pouco as suas reservas mentais.

Desenvolver as potencialidades humanas é vivenciar as infinitas possibilidades existentes em cada um de nós, é redescobrir-se nos aspectos psicológico/mental e emocional retomando a sua forma natural de viver para atingir resultados eficazes nas mais diversas áreas da sua vida. É viver em sincronia com a mais genuína realidade interior, propiciando a habilidade de manter-se centrado em qualquer circunstância e ampliar perspectivas com atitudes sempre positivas. Os grandes campeões, líderes e mestres da humanidade fizeram desta habilidade a sua marca registada, exercitando o seu melhor e vivendo sua totalidade.

2 comentários:

Unknown disse...

Olá, boa noite.

Me chamo Vagner, tenho algumas dúvidas quanto a sua postagem.

Você poderia divulgar a fonte que utilizou de referência?

Grato.

Miguel Ferreira disse...

Bom dia, caro Vagner Silva.
Que dúvidas tem especificamente?

Se procurar no google, irá encontrar montes de informações sobre este assunto.

Abraço,

MF