quinta-feira, dezembro 30, 2010

Propulsores

Propulsores são declarações da necessidade, por exemplo, "Tenho que terminar este artigo." "Preciso arrumar a minha casa." "Devo visitar o meu amigo."
Nenhuma destas afirmações implica que a pessoa que as menciona realmente queira fazer estas coisas.
Para a maioria das pessoas, "tenho que", "preciso" e "devo" vêm sempre acompanhados duma sensação de tensão. "Preciso arrumar a minha casa." "Devo visitar o meu amigo." Estas palavras são características de comportamento dirigido por propulsores, e muitas vezes a "propulsão" vem doutra pessoa, mesmo que seja alguém do passado, os pais ou talvez um professor. Talvez “eles” acreditassem que deveria manter a sua casa limpa.
Resultados contendo palavras como "preciso", "devo" ou "tenho que" perdem o poder, pois as palavras sugerem resultados que pertencem a outra pessoa. Os seus verdadeiros resultados contêm palavras como "realmente quero" e "posso". As palavras utilizadas por si são expressão da sua experiência. Ocasionam diferentes tipos de sentimentos, que, por sua vez, influenciam o seu potencial e sua capacidade de conseguir o que realmente deseja.

terça-feira, dezembro 28, 2010

Estar do lado da Causa - Assuma a responsabilidade.

Um famoso provérbio diz que “O homem planeia, e Deus ri”. Talvez você conheça esta sensação? A música Ironic, de Alanis Morissette, é repleta de bons exemplos: chuva no dia do seu casamento, congestionamento quando se está atrasado… E daí Alanis resume tudo na sua conclusão: “Well, life has a funny way of sneaking up on you. When you think everything’s okay and everything’s going right” (“Bem, a vida tem uma maneira engraçada de nos pregar partidas. Quando pensa que está tudo bem e que tudo está correndo da maneira certa”).
As pesquisas mostram que a noção que as pessoas têm de controlo sobre as suas próprias vidas é um dos factores primordiais para o seu bem-estar psicológico. Mas se “o homem planeia e Deus ri”, isso não quer dizer que não temos controlo nenhum? Se não podemos controlar o comportamento dos outros, os seus pensamentos e sentimentos, nem as forças da natureza, o tráfico, as notícias, como é que podemos ter algum senso de controlo sobre nossas vidas?
A resposta, é claro, pois o facto é que temos pleno controlo sobre as nossas próprias acções, pensamentos e sentimentos. Quando está a conduzir, não tem controlo sobre os outros condutores, sobre as poças de óleo ou os buracos na estrada, mas controla o seu próprio veículo.
Isso, à primeira vista, parece bastante óbvio, mas pense um pouco e verá que isto não é tão trivial assim. É sempre mais fácil culpar os outros e as circunstâncias do que assumir as responsabilidades.
Isto faz-me lembrar a história daquela esposa que me contava: “quando o meu marido se irrita, eu tento acalmá-lo. Muitas vezes, ele responde-me: “Não me consigo acalmar, TU deixaste-me irritado”. Invariavelmente esta situação repetia-se e o desfecho essa quase sempre o mesmo: “TU deixaste-me irritado”. Ao fim de algum tempo, esta senhora compreendeu, ela sabia que ele não podia controlar as suas acções e a sua forma de falar com ele, e se foram as suas acções que o deixaram irritado, então era da sua responsabilidade mudar tudo! Bem, o facto é que o seu marido poderia controlar os seus pensamentos e sentimentos que as suas acções lhe provocavam e com isso controlar a maneira como iria reagir. Mas isso parece tão mais difícil que “Vou ficar furioso e então ela vai deixar-me ter o meu espaço e continuar o meu futebol na TV”. Parece sempre, ser mais fácil mudar as outras pessoas e mudar a realidade do que assumir a responsabilidade, mas não é bem assim.
Da próxima vez em que reclamar dos outros ou da falta de sorte, experimente este exercício simples: escreva num papel cinco coisas que poderia fazer que estejam sob o seu controle. Escolha uma e ponha-a em prática. Para mim funciona sempre. Lembre-se sempre que as coisas que não pode controlar, também podem agir a seu favor! Como também refere a cantora Alanis na sua música: “And life has a funny way of helping you out. When you think everything’s gone wrong and everything blows up in your face” (“E a vida tem uma maneira engraçada de ajudá-lo. Quando pensa que tudo deu errado e tudo explode na sua cara”).
A frase “há males que vêm por bem” é bem conhecida e não conheço ninguém que nunca tenha vivenciado algo que pudesse se explicar como indesejado, inconveniente, incómodo ou simplesmente negativo mas que acabou num resultado extremamente positivo.
A vontade de controlar tudo à nossa volta vem do nosso ego, que mimado e vaidoso, não quer que absolutamente nada corra mal ou ocorra de maneira diferente do esperado. Este seria um assunto extensivo e complicado demais para abordarmos aqui e agora!
A mensagem que quero deixar é de que acima de tudo a responsabilidade sobre como nos vamos sentir sobre os acontecimentos nas nossas vidas é nossa e não têm argumento contra isto, porque afinal de contas, quem é que escolhe ficar triste, enervado, deprimido, frustrado ou no outro oposto, alegre, motivado, tranquilo ou entusiasmado somos nós mesmos. É a compreensão desse facto que acaba por fazer toda a diferença em psicoterapia. Enquanto que o “reclamão” (aquele que reclama de tudo e de todos) acha que são os outros e o “destino” que determinam como é que ele se sente e o que faz na vida, aquele que é “pró-activo” e que escolhe não se deixar afectar pelo que os outros fazem e pelas circunstâncias, acaba ganhar por 10-0 a esses outros e mesmo sem querer, é mais produtivo, mais motivado e consequentemente alcança mais e melhores resultados na vida. Faça o favor de assumir a responsabilidade pela forma como vive a sua vida.

Bem Hajam e bons resultados.

sexta-feira, dezembro 17, 2010

Ser feliz..." - Fernando Pessoa


"Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes, mas não me esqueço que a minha vida é a maior empresa do mundo.
E que posso evitar que ela vá à falência.
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise…
Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e tornar-se no protagonista da própria história…
É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma…
É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida…
Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos…
É saber falar de si próprio…
É ter coragem para ouvir um "não"…
É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta…
Pedras no caminho?
Guardo-as todas... e um dia vou construir um castelo..."

quarta-feira, dezembro 15, 2010

Stresse – o grande vilão.

O stresse, que costuma ser visto como o grande vilão das nossas vidas, nada mais é do que a pressão imposta a cada um de nós no dia-a-dia. Em si, o stresse é altamente positivo, pois é a mola que nos impele a fazer o que é necessário e nos coloca no melhor do nosso desempenho nos momentos em que somos exigidos.
Esse stresse é natural ao organismo, sendo ele que nos faz agir perante determinada situação, produzindo estimulantes na nossa corrente sanguínea. É graças ao stresse que a espécie humana se perpetuou ao longo da história desde os primórdios, quando os nossos ancestrais tinham de correr ou defenderem-se dos predadores que apareciam de repente.
Esse processo de fabricação de hormonas estimulantes, que nos deixa de repente eufóricos ou capazes de não sentir dores numa situação de risco, é altamente benéfico, sendo muitas vezes um recurso extremo do organismo para nos por a salvo.
É claro, o grande problema é quando o stresse se torna crónico, e nessa altura, torna-se o nosso pior inimigo, um “vilão” capaz de minar a nossa saúde.
A vida do homem moderno parece um “videoclipe”, cheio de luzes, poluição e perigo por todos os lados. É evidente que, neste fluxo incessante de acontecimentos, não há tempo para que o homem se possa adaptar.
A sociedade perdeu o sentido do ser, vivemos em pânico, no meio do caos, querendo ganhar cada vez mais, trabalhar cada vez mais, produzir cada vez mais. O homem pressionado por tantas solicitações esquece-se dele próprio e projecta-se para as coisas à sua volta. É só competir, competir, competir. Estamos a viver um momento em que o “deus mercado” transforma indivíduos em consumidores.
Tudo está voltado para o consumo e o ser humano acaba por se consumir nesta história. Resultado: o homem vive stressado, e uma pessoa stressada tem as portas abertas para qualquer tipo de doença. Assim, se pudermos fugir desse stresse, podemos curar-nos de quase tudo. Ninguém se pode isolar do mundo moderno, mas podemos adoptar atitudes e comportamentos que nos levem de volta ao aconchego e ao silêncio restaurador de cada final de dia.
Os nossos ancestrais não tinham luz eléctrica. A luz constante é um factor de estímulo. Experimente chegar a casa, apagar as luzes, e acender algumas velas: com isso, já diminuiu um pouco do seu grau de stresse. Todos nós temos necessidade do escuro total.
O homem antigo dormia e acordava com o dia. Evite ligar a televisão, um factor altamente stressante, colocando antes uma música calma. Obviamente que é bom procurar o estímulo, mas também o repouso, realizar trabalho, mas também o descanso. Trabalhar, não faz mal, trabalhar muito não faz mal, trabalhar demais também não faz mal. O que não pode é trabalhar indefinidamente, de forma sempre contínua. Lembre-se do exemplo do elástico. Pode esticá-lo, mas lembre-se de o afrouxar para que o possa esticar novamente, pois se o esticar indefinidamente, depois de algum tempo ele pode-se partir e aí não tem remédio! Acho que é assim que deveria ser o dia-a-dia de qualquer pessoa. Muito trabalho não faz mal, desde que possa ser interrompido por momentos de descanso, por períodos de lazer - para que a sua saúde não perca o poder de permitir essa flexibilidade, para que, quando for envolvido no trabalho, a produção possa ser aumentada e assim não correr riscos. Veja o exemplo do coração: trabalha e relaxa durante o tempo todo. O coração é uma filosofia de vida que poucos percebem, ele pode contrair 3 milhões e 500 mil vezes, mas relaxará outros 3 milhões e 500 mil vezes.
Até há bem pouco tempo, as empresas ainda se comunicavam com as suas filiais solicitando algum tipo de informação por telegrama. Tinham que esperar que aquela máquina lenta e barulhenta enviasse a mensagem e depois recebesse a resposta. Era um momento de relax natural porque demorava. Nessas alturas, a pessoa tinha tempo de se esticar, espreguiçar-se e até bocejar. Havia tempo para ir ter com os colegas e até conversar um pouco de banalidades. Podia-se olhar a paisagem e sentir o local em que se estava. Podia sentir a sua vida. É claro que esta pessoa tinha maior poder de concentração, produzindo mais e mantendo um melhor nível de saúde, pois fazia esse importante mecanismo do elástico reduzir um pouco para depois poder esticá-lo novamente. Depois veio o fax, que veio tirar um pouco do sossego das pessoas, pois, ao mesmo tempo que se colocava um papel no fax transmissor, o fax receptor já estava a receber. Era impressionante, como é que um monte de letras que saíam através do fio do telefone pudesse chegar ao outro lado do mundo instantaneamente. De facto, podíamos pensar, isso era muito louco, pois as letrinhas atravessavam oceanos imensos rapidamente e chegavam sem nenhum embaralho. Em termos de tecnologia, isso era o máximo, porém, já era o aumento das solicitações de atenção da pessoa no trabalho, porque, se se passa um fax, de seguida vem outro fax como resposta. Estas coisas instalam-se com tanta facilidade na nossa vida que é difícil imaginar a sua inexistência há tão pouco tempo. Desta maneira o stresse vai-se instalando e a humanidade nem se dá conta. Hoje, de olhos esbugalhados em frente a um microcomputador, o elástico é esticado a toda a hora. Mal se envia esse tal de “e-mail” e já se tem a resposta. Aqueles momentos de relaxamento, em que se tinha a oportunidade de soltar o elástico, já não existem.
Precisamos convencer-nos e aos nossos chefes, definitivamente, de que o ser humano não é uma máquina e, embora os estímulos não cessem, o homem pode reaprender que parar é essencial, resgatando intimamente o seu ancestral que acendia a fogueira no fim do dia para repensar a vida, integrar o pensado, compreender o aprendido e, enfim, descansar. Dormir profundamente. Deixar brotar o novo dia, para, aí sim, se entregar de novo à nova batalha...

Bem hajam e boas festas.

sábado, dezembro 11, 2010

Nasrudin e o ovo

Certa manhã, Nasrudin colocou um ovo embrulhado num lenço, foi para o meio da praça da sua cidade, e chamou aqueles que estavam ali.

- Hoje vamos ter um importante concurso! A quem descobrir o que está embrulhado neste lenço eu dou de presente o ovo que está dentro!

As pessoas se olharam, intrigadas, e responderam:

- Como podemos saber? Ninguém aqui é capaz de fazer esse tipo de previsões!

Nasrudin insistiu:

- O que está neste lenço tem um centro que é amarelo como uma gema, cercado de um líquido da cor da clara, que por sua vez está contido dentro de uma casca que se parte facilmente. É um símbolo de fertilidade, e lembra-nos dos pássaros que voam para seus ninhos. Então, quem é que me pode dizer o que está aqui escondido?

Todos os habitantes pensavam que Nasrudin tinha um ovo na sua mão, mas a resposta era tão óbvia, que ninguém quis passar vergonha diante dos outros.

E se não fosse um ovo, mas algo muito importante, produto da fértil imaginação mística dos sufis? Um centro amarelo podia significar algo do sol, o líquido em seu redor talvez fosse um preparado alquímico. Não, aquele louco estava a querer fazer alguém passar por ridículo.

Nasrudin perguntou mais duas vezes, e ninguém respondeu.

Então ele abriu o lenço e mostrou a todos o ovo.

- Todos vocês sabiam a resposta - afirmou. - E ninguém ousou reponder.

"É assim a vida daqueles que não tem coragem de arriscar: as soluções são dadas generosamente por Deus, mas estas pessoas sempre procuram explicações mais complicadas, e terminam não fazendo nada."

terça-feira, dezembro 07, 2010

Cuidado com o que pensa

A linguagem dirige os nossos pensamentos para direções específicas e, de alguma maneira, ajuda-nos a criar a nossa realidade, potencializando ou limitando as nossas possibilidades. A habilidade de usar a linguagem com precisão é essencial para nos comunicarmos melhor. A seguir estão algumas palavras e expressões a que devemos estar atentos quando falamos, porque nos podem atrapalhar:

1) Cuidado com a palavra NÃO, a frase que contém "não", para ser compreendida, traz à mente o que está junto com ela. O "não" existe apenas na linguagem e não na experiência. Por exemplo, pense em "não"... (não vem nada à mente). Agora vou pedir-lhe "não pense na cor vermelha", eu pedi para não pensar no vermelho e você pensou. Procure falar no positivo, o que você quer e não o que você não quer;

2) Cuidado com a palavra MAS, que nega tudo que vem antes. Por exemplo, "o Pedro é um rapaz inteligente, esforçado, mas.....". Substitua MAS por E quando indicado;

3) Cuidado com a palavra TENTAR que pressupõe a possibilidade de falha. Por exemplo, "vou tentar encontrar-me contigo amanhã às 8 horas". Tenho grande hipotese de não ir, pois, vou "tentar". Evite "tentar", FAÇA;

4) Cuidado com as palavras DEVO, TENHO QUE ou PRECISO, que pressupõem que algo externo controla a sua vida. Em vez delas, use QUERO, DECIDO, VOU;

5) Cuidado com NÃO POSSO ou NÃO CONSIGO, que dão a idéia de incapacidade pessoal. Use NÃO QUERO, DECIDO NÃO, ou NÃO PODIA, NÃO CONSEGUIA, que pressupõe que vai poder ou conseguir;

6) Fale dos problemas ou das descrições negativas de si mesmo utilizando o verbo no tempo passado. Isto libera o presente. Por exemplo, "eu tinha dificuldade de fazer isso";

7) Fale das mudanças desejadas para o futuro utilizando o tempo presente do verbo. Por exemplo, em vez de dizer "vou conseguir", diga "estou a conseguir";

8) Substitua SE por QUANDO. Por exemplo, em vez de falar "se eu conseguir ganhar dinheiro vou viajar", fale "quando eu conseguir ganhar dinheiro vou viajar". Quando pressupõe que você está a decidir;

9) Substitua ESPERO por SEI. Por exemplo, em vez de falar, "eu espero aprender isso", fale: "eu sei que eu vou aprender isso". Esperar suscita dúvidas e enfraquece a linguagem;

10) Substitua o CONDICIONAL pelo PRESENTE. Por exemplo, em vez de dizer "eu gostaria de agradecer a vocês", diga "eu agradeço a vocês". O verbo no presente fica mais concreto e mais forte.


OBJETIVOS E PROBLEMAS

Resultados, alvos, metas, objetivos todas essas palavras expressam a idéia de ir daqui para lá – de uma situação presente que está, de certa maneira, insatisfatória para uma situação desejada melhor que a actual.

Um objetivo não é o mesmo que uma tarefa.

Um objetivo ou resultado é o que quer.

Uma tarefa é o que tem que fazer para alcançá-lo.

Existem dois aspectos em relação aos objetivos:

- Reflexão sobre o objetivo – decidir o que quer numa dada situação.

- Orientação para o objectivo – pensar consistentemente nos objectivos e assim ter uma direcção geral e um propósito na vida. Até saber o que quer, o que fizer será a mesmo e os seus resultados serão aleatórios. A reflexão sobre o objetivo dá-lhe controle sobre para onde se dirige e é essencial na empresa.

A reflexão sobre o objetivo muda a pergunta de O que está errado?" para "O que eu quero?"

A reflexão sobre o objetivo é mais do que uma reflexão sobre a solução. Uma vez que definiu o problema, isso leva-o em direção à solução de uma maneira estruturada.

Perguntas com uma orientação para o objetivo são:

- O que é que quer?

- O que é que quer ao invés da situação actual?

- Que recursos é que tem?

- Como é que se sentirá quando resolver o problema?

O oposto de pensar no objectivo é pensar na situação a ser resolvida. Isso concentra-o no que está errado. Muitas pessoas ficam perdidas num labirinto de problemas, buscando a história, custo, consequências e quem é o culpado.

Pensar no problema gera perguntas como:

- O que está errado?

- Quão grande é esse problema?

- Há quanto tempo o problema está a acontecer?

- Porque é que não o resolveu ainda?

- Porque é que o tolera?

- Qual é o pior exemplo desse problema?

- De quem é a culpa?

Essas perguntas ou focalizam no passado ou no presente. Elas também fazem com que a pessoa fique completamente associada ao problema e se sinta mal com isso.

Focalizar no problema, frequentemente, induz a um estado sem recursos que o torna ainda mais difícil de lidar.

Focalize no que deseja e o universo irá conspirar para que o consiga.

Mas tem que acreditar.

Adaptado de Joseph O'Connor

quarta-feira, dezembro 01, 2010

PNL: utilização das suas técnicas e pressupostos

O termo "Programação" vem da computação e consiste na instalação dum plano ou estratégia, ou dum programa no nosso sistema neurológico. Desta forma, condicionamos o nosso cérebro, programando-o para obter um resultado específico.
Por exemplo, para conduzir um automóvel, no inicio praticamos por partes e depois, com o tempo e com a prática, a habilidade torna-se automática.
Portanto, um programa fornece um caminho ao nosso sistema neurológico, indicando-lhe uma direcção a seguir, sendo esse caminho fortalecido pela prática e enfraquecido pela ausência desta. Assim, quer dizer que possuímos programas para tudo, inclusive para nos sentirmos felizes ou tristes.
Um exemplo extremo dum programa é a fobia (medos intensos, incontroláveis, geralmente desproporcionais aos elementos que os causam, como o medo de baratas, ratos, altura, etc). Uma fobia também acontece através de um condicionamento, em que uma emoção intensa é associada a um objecto, animal ou situação, o qual, a partir de então, terá o poder de causar aquela emoção.
O termo "Neuro" refere-se ao sistema nervoso, através do qual recebemos e processamos informações que chegam através dos cinco sentidos: visual, auditivo, táctil-proprioceptivo, olfactivo e gustativo. O termo "Linguística" diz respeito a linguagem verbal e não verbal, através das quais as informações recebidas são codificadas, organizadas e recebem significado. Inclui imagens, sons / palavras, sensações / sentimentos, sabores e odores. Simplificando muito, poderíamos dizer que é o que nos permite "traduzir" as informações recebidas.
O termo "Linguística" está relacionado também ao modelo de linguagem que um indivíduo possui, e que lhe permite interagir com o mundo exterior. Este modelo amplia ou reduz a compreensão do indivíduo em relação a realidade externa. Quando muito empobrecido, mais dificultará o contacto com o mundo e o indivíduo representará a si mesmo como tendo poucas opções para enfrentar as mais diversas situações. Isto porque não reagimos à realidade, mas sim a representação que fazemos dela. Para compreender, ampliar ou modificar o modelo de alguém, a PNL conta com o Meta Modelo de Linguagem.
Exemplificando o termo todo, olhando novamente à habilidade de conduzir automóveis. Um Programa permite-nos fazê-lo automaticamente. Neuro: nós vemos (sinais de trânsito, cruzamentos, outros carros), ouvimos (sons do motor, buzinas), sentimos (uma trepidação no volante, o contacto do pé na embreagem, etc.). Linguística: os sons, as imagens e as sensações / sentimentos são traduzidos para que tenha significado para nós. Desta forma, um som estridente é automaticamente reconhecido como o som duma buzina e lembramo-nos de que buzinas são usadas para alertar alguém. Estas associações ocorrem rapidamente e em geral não as percebemos da forma sequencial como a que estamos a utilizar neste exemplo.
Actualmente podemos observar um crescimento na utilização da PNL, assim como uma certa popularização das suas técnicas e pressupostos.
Assim esta metodologia (inicialmente desenvolvida R. Bandler e J. Grinder), mostra-nos principalmente os padrões existentes na experiência subjetiva humana, nas habilidades aprendidas, dons ou talentos de nascença. Ou seja, é enfatizado sempre um trabalho concreto na realização de objetivos. Sobretudo, a PNL interessa-se em explorar como é que se pode fazer para adquirir uma habilidade.
Vemos, portanto que não existe substituto para o trabalho real, objetivo, e que se os resultados da PNL são espantosos, todavia não são mágicos, no sentido de que seguem um caminho, uma sequência, que podem ser descritos, aprendidos e repetidos por outras pessoas.
Tais resultados são baseados na observação e descrição de padrões que são universais, ou seja, encontrados em todas as pessoas. É por este motivos que a PNL, produz bons resultados e em tempos menores que os geralmente usados por outras abordagens.

domingo, novembro 28, 2010

Reflexão: Causa e Efeito

«Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes, mas não esqueço de que minha vida é a maior empresa do mundo. E que posso evitar que ela vá à falência.
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história.
É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma.
É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.
Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos.
É saber falar de si mesmo.
É ter coragem para ouvir um não. É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.»

Augusti Cury

quinta-feira, novembro 25, 2010

A Arte de Dizer as Coisas


Talvez esta seja a nossa maior habilidade e que nos distingue de todos os outros animais, contudo, nem sempre a usamos da melhor forma. Falo pois, da linguagem e sobretudo da comunicação, que poderá ser para dentro de nós (diálogo interno) ou para os que nos rodeiam. Deixo-vos aqui uma história que por si só pode resumir, tudo aqui que vos poderiam comunicar, e no final pense no assunto. “Uma sábia e conhecida história diz que, certa vez, um sultão sonhou que havia perdido todos os dentes. Logo que despertou, mandou chamar um adivinho para que interpretasse seu sonho.- Que desgraça, senhor! - exclamou o adivinho - Cada dente caído representa a perda de um parente de vossa majestade. - Mas que insolente! - gritou o sultão enfurecido - Como te atreve dizer-me semelhante coisa? Fora daqui! Chamou os guardas e ordenou que lhe dessem cem açoites. Mandou que trouxessem outro adivinho e lhe contou sobre o sonho. Este, após ouvir o sultão com atenção, disse-lhe: - Excelso senhor! Grande felicidade vos está reservada. O sonho significa que haveis de sobreviver a todos os vossos parentes. A fisionomia do sultão iluminou-se num sorriso, e ele mandou dar cem moedas de ouro ao adivinho. Quando este saía do palácio, um dos cortesãos lhe disse admirado: - Não é possível! A interpretação que você fez foi a mesma que o seu colega havia feito. Não entendo porque ao primeiro ele pagou com cem açoites e a você com cem moedas de ouro.
- Lembra-te meu amigo - respondeu o adivinho - que tudo depende da maneira de dizer as coisas... Um dos grandes desafios da humanidade é aprender a arte de comunicar. Da comunicação depende, muitas vezes, a felicidade ou a desgraça, a paz ou a guerra. Que a verdade deve ser dita em qualquer situação, não resta dúvida. Porém, a forma com que ela é comunicada é que pode provocar grandes problemas. A verdade pode ser comparada a uma pedra preciosa. Se a lançarmos no rosto de alguém pode ferir, provocando dor e revolta, mas, se a envolvermos em delicada embalagem, e a oferecermos com ternura, certamente será aceita com felicidade.”
Muito obrigado pelas vossos email´s, e lembrem-se, talvez a diferença que possa fazer a diferença, seja mesmo a maneira como dizemos as coisas.

Bem hajam

sábado, novembro 13, 2010

Para si... que é especial

Qualificadores Cognitivos

ALEGREMENTE... CURIOSAMENTE... INTERESSANTEMENTE... SEGURAMENTE... SURPREENDENTEMENTE... COMPREENSIVELMENTE...

Alegremente, John McWhirter descreveu um exemplo linguístico fascinante e subtil de como a mente pode ser ajustada previamente para responder de uma maneira particular que, tristemente, outros não notaram antes. Um "qualificador cognitivo" é um advérbio de "comentário" que aparece no início de uma sentença ou frase referente a um estado cognitivo ou emocional, como "alegremente" ou "tristemente" na sentença anterior. O qualificador cognitivo prepara a mente para responder de uma maneira específica a qualquer palavra que apareça depois dele.
Para experimentar esse efeito, pense numa sentença descritiva ordinária como: "A árvore verde está a ser iluminada pela luz do sol" ou "Eu estou sentado a frente da escrivaninha" e imagine-se a dizer esta sentença para si próprio...
Agora, imagine-se a dizer exactamente a mesma sentença, mas precedida pela palavra "tristemente", e note como isso muda sua experiência...
Depois diga a mesma sentença, mas precedida pela palavra "alegremente" e, novamente, preste atenção à sua experiência...
Os qualificadores cognitivos dirigem a nossa mente para pensar nos aspectos da experiência especificados pelo tipo de qualificador usado.
Imagine como seria a sua esposa se iniciasse cada sentença, e cada pensamento, com a palavra "infelizmente" ou "lamentavelmente." Essa é uma maneira muito eficaz para entrar em depressão, e algumas pessoas realmente fazem isso! Ao contrário, imagine como seria sua esposa se cada sentença ou frase fosse precedida por "felizmente" ou "afortunadamente."
É compreensível que nos possamos sentir incongruentes sobre o uso do qualificador "alegremente" em alguns eventos desagradáveis, mas felizmente existe um recurso alternativo. Tanto "tristemente" como "alegremente" referem-se a estados emocionais, e a maioria das emoções são avaliadoras, lidam com o agradável e o desagradável, o positivo ou o negativo. Esses qualificadores de avaliação às vezes parecem inadequados para o conteúdo de um determinado pensamento ou sentença.
Existe um conjunto de estados cognitivos/emocionais bastante diferentes, e que não apresentam aspectos negativos ou desagradáveis.
Curiosamente, todos eles se situam ao redor de um estado de interesse, curiosidade, atenção ou compreensão: "interessantemente", "curiosamente", "surpreendentemente", "compreensivelmente", etc. Algo desagradável pode ser tão interessante quanto algo agradável – o estado de interesse ou fascinação, em si mesmo, é sempre positivo e agradável. Provavelmente nunca ouviu ninguém queixar-se por ser curioso. "Ah, eu ontem tive uma grande curiosidade – foi horrível!"
Uma vez que esses qualificadores cognitivos milagrosamente nunca têm associados estados negativos, realmente são recursos universais, que podem ser usados com qualquer experiência. E, uma vez que um estado de curiosidade ou interesse é um excelente estado de recursos para a aprendizagem e a mudança, esta espécie de qualificador cognitivo é um estado maravilhoso a ser usado no início, para que se possa compreender e processar uma dificuldade.
Por exemplo, pense nalguma experiência da sua vida que descreva como um problema ou dificuldade, e forme uma sentença simples para descrevê-la, como: "Eu odeio quando as pessoas não cumprem as suas promessas." Diga essa sentença para si próprio, e note como a representa internamente...
Agora, diga a mesma sentença para si próprio, mas precedida da palavra "Interessantemente", ou "Curiosamente", ou "Compreensivelmente", e preste atenção a como esta palavra muda sua experiência...
A maioria das pessoas experimenta mudanças subtis e profundas, porque a atenção é retirada de quão desagradável é o problema, e dirigida para o interesse e curiosidade sobre como ele acontece, ou como pode ser compreendido – um estado de prontidão e ânsia de aprender. Imagine como seria a sua vida se todas as frases e pensamentos começassem com "Interessantemente" ou "Compreensivelmente".
Isso pode ser muito interessante quando usado como um "retrocesso" com o outro. Muitas vezes, quando um cliente me descreve um problema, opto por tecnicamente, retornar a sua afirmação, começando com "compreensivelmente", ou outro qualificador que tenha a ver com curiosidade e aprendizado, e observo imediatamente as mudanças não verbais que indicam que está a pensar sobre o assunto de uma maneira mais tranquila e útil.
Um aspecto muito importante dos qualificadores cognitivos, é que cria um mundo universal e partilhado, um significado que abrange a nós dois. É muito diferente de dizer "Eu acho isso interessante", ou "Você acha isso interessante?", casos em que há uma separação ou diferença aparente entre nós. Quando eu digo "interessantemente", essa expressão estabelece um significado que simplesmente existe e é tido como normal, e que nós dois experimentamos juntos, sem a separação entre eu e o outro que muitas pessoas muitas vezes sentem. Isso transcende o rapport (empatia), porque o rapport pressupõe a diferença que ele interliga.
Surpreendentemente, por meio de um poderoso estado de interesse e curiosidade, muitos "problemas" simplesmente se esvaem à medida que a atenção se desvia de quão desagradável são esses problemas para simplesmente aprender de que maneira existem e funcionam, e o que podemos fazer para mudá-los. Mesmo quando os problemas não desaparecem, é um ponto muito mais útil por onde começar a trabalhar na direcção à compreensão e à solução. Interessantemente, a ideia de que tudo na vida é uma escola na qual temos lições a aprender é muito antiga e particularmente centrada em tradições espirituais. Não sei se isso é verdade ou não, mas é uma reorientação muito poderosa para a nossa vida como um todo, que a torna muito mais fácil e agradável, tanto para nós mesmos como para os outros.

sexta-feira, novembro 12, 2010

O Homem

Um cientista vivia preocupado com os problemas do mundo e estava decidido a encontrar meios de minorá-los. Passava os dias no seu laboratório em busca de respostas para suas dúvidas.
Um certo dia, o seu filho de sete anos invadiu o seu santuário decidido a ajudá-lo a trabalhar. O cientista nervoso pela interrupção, tentou que o filho fosse brincar noutro lugar.
Vendo que seria impossível demovê-lo, o pai procurou algo que pudesse ser oferecido ao filho com o objetivo de distrair a sua atenção. De repente deparou-se com o mapa do mundo, o que procurava! Com o auxílio de uma tesoura, recortou o mapa em vários pedaços e, junto com um rolo de fita adesiva, entregou ao filho dizendo:
- Gostas de quebra-cabeças? Então vou-te dar o mundo para consertar.
Aqui está o mundo todo quebrado. Veja se consegue consertá-lo! Faça tudo sozinho.
Calculou que a criança levaria dias para recompor o mapa. Algumas horas, depois, ouviu a voz do filho que o chamava calmamente:
- Pai, pai, já fiz tudo. Consegui terminar tudinho!
A princípio o pai não deu crédito às palavras do filho. Seria impossível na sua idade ter conseguido recompor um mapa que jamais havia visto. Relutante, o cientista levantou os olhos de suas anotações, certo de que veria um trabalho digno de uma criança. Para sua surpresa, o mapa estava completo. Todos os pedaços tinham sido colocados nos devidos lugares. Como seria possível? Como o menino tinha sido capaz?
Você não sabia como era o mundo, meu filho, como conseguiu? - Pai , eu não sabia como era o mundo, mas quando você tirou o papel da revista para recortar, eu vi que do outro lado havia a figura de um homem. Quando me deu o mundo para consertar, eu tentei mas não consegui. Foi aí que me lembrei do homem, virei os recortes e comecei a consertar o homem que eu sabia como era. Quando consegui consertar o homem, virei a folha e vi que havia consertado o mundo.
(desconhecido)

quarta-feira, novembro 10, 2010

A Arte de Dizer as Coisas

Uma sábia e conhecida história diz que, certa vez, um sultão sonhou que havia perdido todos os dentes. Logo que despertou, mandou chamar um adivinho para que interpretasse seu sonho.
- Que desgraça, senhor! - exclamou o adivinho - Cada dente caído
representa a perda de um parente de vossa majestade.

- Mas que insolente! - gritou o sultão enfurecido - Como te atreves a
dizer-me semelhante coisa? Fora daqui!

Chamou os guardas e ordenou que lhe dessem cem açoites. Mandou que
trouxessem outro adivinho e lhe contou sobre o sonho. Este, após ouvir o sultão com atenção, disse-lhe:

- Excelso senhor! Grande felicidade vos está reservada. O sonho significa que haveis de sobreviver a todos os vossos parentes.

A fisionomia do sultão iluminou-se num sorriso, e ele mandou dar cem
moedas de ouro ao adivinho. Quando este saía do palácio, um dos cortesãos lhe disse admirado:

- Não é possível! A interpretação que você fez foi a mesma que o seu
colega havia feito. Não entendo porque ao primeiro ele pagou com cem
açoites e a você com cem moedas de ouro.

- Lembra-te meu amigo - respondeu o adivinho - que tudo depende da maneira de dizer as coisas ... Um dos grandes desafios da humanidade é aprender a arte de comunicar. Da comunicação depende, muitas vezes, a felicidade ou a desgraça, a paz ou a guerra. Que a verdade deve ser dita em qualquer situação, não resta dúvida. Porém, a forma com que ela é comunicada é que pode provocar grandes problemas. A verdade pode ser comparada a uma pedra preciosa. Se a lançarmos no rosto de alguém pode ferir, provocando dor e revolta, mas, se a envolvermos em delicada embalagem, e a oferecermos com ternura, certamente será aceita com felicidade.

Como lidar com a rejeição


Uma das maiores dificuldades de compreensão no campo de desenvolvimento pessoal é porque motivo é tão difícil sair do lugar (zona de conforto), superar as dificuldades e crescer na busca de um “eu” mais equilibrado e satisfeito com a vida e as próprias conquistas. A resposta está no âmago da personalidade de cada um de nós: o nosso maior problema é a vaidade, o orgulho.
A maioria das pessoas consegue identificar pontos fracos a serem trabalhados e superados até o ponto em que esses problemas chegam no limite do ego. Daí para a frente, os traços mais difíceis e verdadeiros vilões na nossa vida ficam escondidos na nossa zona cega (desconhecida por nós e pelos outros). Somos incapazes de vê-los e se eventualmente outra pessoa os identificar e os expuser a nós, reagimos de forma agressiva, defendendo-nos e negando, ou seja, negamos ter tal problema ou defeito e reagimos com descrença e raiva, fechando-nos contra maiores ataques ao nosso ego ferido.
Essa postura imatura é o que mais dificulta o nosso crescimento e amadurecimento. De facto, a maior diferença entre uma pessoa verdadeiramente madura e outra imatura é o nível de orgulho de cada uma, entendendo-se aqui o “orgulho” como um defeito de carácter. A pessoa madura não tem medo de se magoar, pois o seu ego já está exposto e não tem vergonha de mostrar quem é e do que é (e não é) capaz, não tem receios de que os outros vejam as suas limitações e dificuldades. A pessoa imatura falha justamente ao tentar esconder os seus defeitos do mundo, tentando passar uma imagem de perfeição.
A timidez nasce exactamente neste ponto, pois a pessoa acha que “deveria” ser perfeita, mas sabe que não é, por isso, tem vergonha que os outros vejam a sua realidade, só se expondo quando acredita que a imagem que está a passar é a mais perfeita possível – do contrário, ela esconde-se, com medo de que alguém lhe possa apontar esses pontos fracos, sendo “ela” uma farsa, e que está muito longe de ser perfeita.
Um dos maiores medos que existe nas pessoas, é o de falar em público. Inúmeras pesquisas mostram que esse medo supera o medo da morte em muitas pessoas. Porquê é que as pessoas têm tanto medo de falar frente duma audiência? Porque nessas situações a pessoa está a expor-se ao máximo, pois todos os olhos estão voltados para ela, sabendo que está a ser julgada, observada, analisada. Quanto mais orgulhosa a pessoa, mais medo de falar em público terá! A mera possibilidade de rejeição mina qualquer motivação ou vontade que a pessoa possa ter de superar os seus medos, pois, no final das contas, o ego vence.
Mas qual seria a solução para tal problema? Se o orgulho é uma das mais poderosas forças que regem a nossa sociedade, como podemos superar esse medo da rejeição e amadurecermos mais rápido?
Uma das mais infalíveis técnicas é criar uma casca grossa, expor-se tanto e ser rejeitado tantas vezes que aprende na “explosão do problema”, através da própria experiência, percebendo que afinal esse orgulho como defeito é um equívoco da mente. O segredo é expor-se em situações em que a rejeição é quase certa, sem se importar com isso. O truque é ser-se rejeitado mesmo, diversas vezes! Quanto mais rejeição “coleccionar”, menos se importará com seu próprio orgulho e mais aprenderá que o medo é maior do que a rejeição em si. Desta forma podemos sempre ir ao cerne de qualquer situação, encontrando a nossa verdadeira essência, que muitas vezes vive ofuscada de medos e inseguranças recolhidas no caminho da nossa evolução.

Bem hajam.

terça-feira, novembro 09, 2010

O Elogio

Poucos meses depois de se mudar para uma pequena cidade, uma mulher reclamava ao seu vizinho sobre o péssimo serviço que tinha recebido de uma mercearia local. Ela sabia que o seu vizinho era amigo do proprietário e esperava que ele transmitisse a sua queixa.

Na visita seguinte que ela fez a mercearia o proprietário recebeu-a com um largo sorriso e disse o quanto estava feliz em vê-la novamente. Esperava que ela estivesse a gostar da sua cidade e, ainda, disse que teria imenso prazer em ajudá-los a estabelecerem-se.
Atendeu pronta e eficientemente o pedido que ela fez.

Mais tarde, a mulher relatou a miraculosa mudança ao seu novo amigo.
"Suponho que tenha dito a ele como achei mau o seu atendimento, não disse?" perguntou ela
"Bem, não", respondeu o vizinho. "A bem da verdade, espero que não se importe - disse-lhe que você estava surpresa de ele ter conseguido montar numa cidade pequena uma das mercearias mais bem organizadas que você já tinha visto."

Autor desconhecido

A Galinha e a Gaivota ou as Crenças Limitadoras

Certa vez uma gaivota pôs um ovo num galinheiro e depois teve que voar para longe.
As galinhas chocaram o ovo e adoptaram a pequena gaivota como se fosse uma delas.
A pequena gaivota foi crescendo e fazia como todas as outras: andava pelo galinheiro, debicava o chão, imitava as outras em tudo.
Mas um dia viu uma gaivota a voar no céu. Excitada chamou a atenção das outras galinhas para aquele objecto estranho e nunca visto. Ninguém lhe ligou e continuaram indiferentes. Mas a pequena gaivota estava com pulos no coração e insistiu, insistiu: vejam aquela coisa, que espectáculo, também gostava de fazer. Deixa-te disso, disseram as galinhas, aquilo não é para nós. Nós não voamos, somos galinhas! Come e cala-te!

A história tem dois finais:

A) A pequena gaivota conformou-se, continuou a debicar o chão e nunca voou, apesar de estar apetrechada para isso :-(

B) A pequena gaivota respirou fundo e acreditou nos pulos do seu coração. Um pouco afastada das outras galinhas começou a ensaiar pequenos voos. Falhou nas primeiras tentativas mas persistiu no seu sonho, apesar dos risinhos de algumas galinhas. Por fim conseguiu voar, aproveitou uma abertura na porta do galinheiro e lançou-se no ar. :-)

Cada um que escolha as suas "galinhas" que quer transformar em "gaivotas".

Teoria de Partes (Dalai Lama)

Se houvesse algo que não tivesse partes, esse algo poderia ser independente; mas não há nada que careça de partes.

Tenzin Gyatso XIV Dalai Lama

Modelo da Comunicação (Dalai Lama)

"Neste mundo não existe verdade universal. Uma mesma verdade pode apresentar diferentes fisionomias. Tudo depende das decifrações feitas através de nossos prismas intelectuais, filosóficos, culturais e religiosos."

(Dalai-Lama)