sábado, fevereiro 26, 2011

Torne-se um Poliglota (pistas de acesso)


Como é que os poliglotas (pessoas que falam frequentemente várias línguas) se lembram de entre uma dúzia de idiomas de que língua provém cada palavra? Será mágia? No passado muitas pessoas tinham como certo de que havia algo diferente na neurologia do poliglota, algo que os fazia naturalmente mais hábeis para guardar cada língua em separado. Hoje, estudos de PNL (Dilts e Epstein, 1995 p.222) mostram que os poliglotas prestam especial atenção aos seus sistemas sensoriais auditivos e cinestésicos. Eles usam um tom de voz e um conjunto de posturas corporais diferentes para cada idioma. Alguém que usa apenas o sistema visual (e tenta ver cada palavra que dizem como se estivesse escrita) não achará tão fácil tornar-se fluente em vários idiomas.

Assim como o software Windows pode ser instalado em qualquer computador compatível, assim a "estratégia" que os poliglotas usam pode na realidade ser instalada em qualquer outra pessoa. Se é possível na neurologia duma pessoa, é possível na de qualquer uma. Tudo o que precisamos saber é exatamente que distinções sensoriais a primeira pessoa usa, e em que sequência. Para "instalar" uma nova estratégia, a PNL usa uma série de descobertas inéditas sobre o que acontece quando uma pessoa usa cada sistema sensorial. Por exemplo, nós usamos o facto de que os olhos duma pessoa se movem de forma diferente dependendo de que sentido está a usar para obter a informação.

A facilidade com que uma nova estratégia pode ser instalada é demonstrado por uma pesquisa feita na Universidade de Moncton no Canadá (Dilts e Epstein, 1995 p.409). Aqui a quatro grupos de soletradores médios pré-testados, foi dado o mesmo teste de soletração (usando palavras inventadas sem sentido e desconhecidas para eles). Cada grupo tinha instruções diferentes.

Grupo A: simplesmente aprender as palavras.

Grupo B: visualizar as palavras como método de aprendê-las.

Aos outros dois grupos C e D, a instrução era olhar numa certa direção enquanto as visualizavam.

Grupo C: olhar para cima à esquerda (posição dos olhos que segundo a PNL auxilia a memória visual).

Grupo D: olhar para baixo à direita (posição dos olhos que segundo a PNL auxilia a sentir cinestesicamente, mas pode esconder a visualização).

O grupo A teve o mesmo rendimento que o seu pré-teste. O grupo B rendeu 10% a mais. O grupo C rendeu 20 a 25% a mais. O grupo D teve resultado 15 % pior!.

Este estudo confirma 2 asserções da PNL:

a) a direcção para onde o aluno dirige os olhos, decide qual o sistema sensorial em que vai efectivamente processar a informação.

b) visual recordado é o melhor sistema sensorial para aprender a soletrar em inglês.

Mais do que surpreendente, isto demonstra que os estudantes podem ser ensinados com sucesso (em 5 minutos) a usar uma estratégia sensorial mais eficaz. Para um estudante cinestésico com um desempenho medíocre em soletrar, isto trará um resultado positivo imediato de 35 a 40%. Curiosamente num teste final, algum tempo depois (um teste de retenção de aprendizagem), os resultados do grupo C permaneceram constantes, enquanto os resultados do grupo A caíram 15%, uma queda consistente com os estudos de padrão de aprendizagem. A diferença final na memória entre os dois grupos foi de 61%.

Da mesma forma, qualquer estratégia de aprendizagem pode ser "modelada" de estudantes excelentes e ensinada a outros num tempo mínimo.

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